29 de jan. de 2025

iPhones passam a suportar a ligação Starlink com o iOS 18.3 nos Estados Unidos

 A Apple disponibilizou o iOS 18.3 e, apesar de não dar grandes pistas nas notas de lançamento, há boas novidades que são agora relevadas. Segundo o que foi descoberto, nos EUA, os iPhones passam a suportar a ligação Starlink.

Ilustração iPhone com suporte Starlink com a T-Mobile nos EUA

Apple aumenta suporte para comunicações via satélite

A partir do iOS 18.3, os assinantes da T-Mobile com iPhones compatíveis podem agora ligar-se diretamente aos satélites Starlink. Esta nova funcionalidade foi desenvolvida graças a uma colaboração discreta entre a Apple, a SpaceX e a T-Mobile, como explica a Bloomberg.

A parceria entre a T-Mobile e a Starlink foi anunciada em 2022 e, em dezembro de 2024, foi lançado um programa beta que permite aos utilizadores da T-Mobile enviar mensagens de texto via satélite em zonas sem cobertura de rede.

Inicialmente, este programa estava limitado aos smartphones Samsung. Mas com a disponibilidade do iOS 18.3, a T-Mobile convidou um número limitado de utilizadores de iPhone a testar a funcionalidade, adicionando uma nova definição nas suas definições para ativar a ligação por satélite.

Uma mensagem enviada aos assinantes selecionados diz o seguinte:

Está a participar na versão beta do T-Mobile Starlink. Agora pode manter-se ligado por texto via satélite a partir de praticamente qualquer lugar. Para começar a usufruir desta cobertura, actualize para o iOS 18.3.

Um serviço limitado mas... promete!

Atualmente, a conetividade com a Starlink apenas permite o envio de mensagens, mas a T-Mobile e a SpaceX têm planos para alargar esta funcionalidade de modo a incluir dados e voz num futuro próximo.

Entretanto, um iPhone sem cobertura de rede da T-Mobile poderá ligar-se automaticamente aos satélites da Starlink para enviar mensagens, desde que não exista uma rede móvel nas proximidades.

É também de salientar que o iPhone 14 e posteriores já suportam a conetividade por satélite para mensagens de texto através do serviço da Apple em parceria com a Globalstar. Os utilizadores do Starlink poderão assim escolher entre os dois serviços, ambos acessíveis apenas quando não existe uma rede móvel tradicional.

Por enquanto, o acesso à versão beta do Starlink é limitado, mas a T-Mobile planeia alargar esta fase de teste a mais assinantes. Os clientes interessados podem inscrever-se diretamente no sítio Web da T-Mobile.

Note-se que esta funcionalidade só está atualmente disponível nos EUA e é gratuita durante o período de teste.

Fonte: Pplware.

DeepSeek: segredo por trás da eficiência da IA pode ter sido descoberto por pesquisadores


 

Os modelos DeepSeek conseguem ligar e desligar largas seções da rede neural, mas sem impactar na qualidade dos outputs. Um desses cortes está nos chamados “parâmetros”, componente das redes neurais que transformam as entradas (o input) em texto. Quanto mais parâmetros são utilizados, maior a demanda por processamento, basicamente.

No artigo “Parameters vs. FLOPs: Scaling Laws for Optimal Sparsity for Mixture-of-Experts Language Models”, os pesquisadores da Apple e do MIT destrincham como a performance de modelos pode variar ao explorar técnica similar de esparsidade.

A DeepSeek afirma que o novo modelo DeepSeek-R1 consegue se equiparar ao modelo o1 da OpenAI em diferentes benchmarks raciocínio lógico e programação.

paper tenta descobrir se há um ponto ideal de esparsidade para modelos generativos como o da DeepSeek. Este ponto ótimo serviria como equilíbrio máximo entre demanda computacional (energia e processamento) e a qualidade dos resultados. O documento conclui que é possível quantificar a esparsidade usando o percentual de seções desligadas da rede neural.

Embora a publicação date de 2025, o estudo foi conduzido em bibliotecas de código lançadas em 2023 por pesquisadores da MegaBlocks, grupo composto por profissionais da Microsoft, do Google e de Stanford. Contudo, a teoria pode ser aplicada às tecnologias mais recentes, como pode ser o caso do modelo chinês.

Esparsidade não é novidade

A esparsidade não é um conceito novo, e é aplicado há anos no setor de tecnologia. Uma das empresas que adota o conceito é a Intel, que há anos percebe o fenômeno como a chave para suceder no setor.

No caso do DeepSeek, o segredo está na boa implementação do método. Conforme destaca o professor Tongliang Liu em publicação no site da Universidade de Sydney, a DeepSeek adotou uma nova técnica para enxugar o total de parâmetros do modelo e continuou o desenvolvimento apenas com esses dados.

“Como resultado, [os modelos da DeepSeek] precisaram de bem menos treinamento do que uma abordagem tradicional”, pontuou Liu no texto.

O avanço nos estudos sobre esparsidade tem uma ampla variedade de aplicações, incluindo na implementação de modelos mais baratos e com menor custo computacional. No caso da DeepSeek, isso pode ter permitido que o modelo seja mais eficiente que as contrapartes ocidentais, mas com resultados ainda interessantes e úteis para o usuário final.

Você pode conferir a publicação completa no repositório arXiv.

Fonte: Tecmundo.