26 de jul. de 2021

Análise: Bateria Apple MagSafe… será que vale a pena pagar 109 euros?

 A Apple lançou ao mercado mais um produto que vem ajudar no desempenho do iPhone e dos seus AirPods com caixa de carregamento sem fios. Portanto, temos uma bateria que usa a tecnologia MagSafe e traz alguns trunfos para atrair o utilizador Apple a comprar o produto. À primeira vista é uma bateria com carregamento sem fios, branca e que em nada mais desperta a atenção. Custa 109 euros e traz o logótipo da Apple. Será que vale a pena comprar este “powerbank”?

O produto foi apresentado em meados deste mês de julho e tem como alvo a linha do iPhone 12. Depois de a usarmos, temos as nossas considerações sobre a capacidade, funcionalidades e preço.

Imagem Apple Battery Pack... a bateria MagSafe

Quando a Apple apresentou pela primeira vez a linha do iPhone 12 no ano passado, uma das características “inovadoras” era o MagSafe. Fizemos inclusive um artigo que descreve a evolução desta tecnologia, desde que a Apple a apresentou em 2006.

Portanto, o que apareceu agora no iPhone 12 não é mais que uma evolução de algo que a empresa de Cupertino já usara antes em vários dispositivos, até no iPad. No entanto, ao adicionar ímanes dentro do iPhone, a Apple abriu um novo mundo de possibilidades quando se trata de acessórios para iPhone. Até permite termos a carteira com os cartões presa na traseira do smartphone.

Apesar de ter quase duas décadas nos MacBooks, o MagSafe no iPhone ainda estava na sua infância, a maioria dos carregadores que vimos até agora exigem que sejam ligados a uma tomada. Contudo, com o passar dos meses, outras marcas começaram a colocar no mercado baterias portáteis MagSafe. Finalmente, após 10 meses, em meados deste mês, a Apple lançou a sua.

Imagem Bateria MagSafe Apple

Bateria Apple MagSafe

Vamos já começar pelo preço. 109 euros não é barato. Vem num só tamanho e apenas na cor branca. Tem uma porta física Lightning para ser carregada e um LED indicador de carregamento.

Para a podermos carregar temos de a ligar a uma fonte de alimentação com potência recomendada de 20 W e consegue carregar o dispositivo até 15 W de potência. Tem cerca de 11 mm de espessura e pesa 115 gramas.

Em termos de material de revestimento, a bateria externa MagSafe foi produzida com silicone macio, que evita que o iPhone seja arranhado pela bateria. Surpreendeu a força do acessório magnético. Contudo, no iPhone 12 Pro Max a bateria fica ali meio “a dançar” porque é mais pequena que a traseira do grande iPhone. O mesmo não acontece no iPhone 12 mini… este sim, é à justa. Aliás, esta bateria foi feita, sobretudo, para este iPhone mini. Pelo menos foi o que nos pareceu em vários aspetos.

Quando recebemos a bateria, ela vinha sem energia, mesmo 0%. Ligámos ao iMac e levou cerca de uma hora a chegar aos 100%.

A saída de carregamento sem fio é limitada a 5W, sim é pouco, mas por outro lado, esta velocidade não gera muito calor, o que maximiza a vida da bateria. Se quisermos que a bateria externa carregue o iPhone mais rápido, basta para isso ligar um cabo lightning com um carregador de pelo menos 20W e iremos obter velocidades de carregamento MagSafe de 15 W.

Claro que sendo um produto da Apple, se o acessório estiver muito quente, o carregamento será muito mais lento ou não ultrapassará 80%. Com este calor de verão, tenham isso em consideração, que podem mesmo não ver a bateria dar mais que os 80%… e pode mesmo parar de carregar sem razão aparente… já sabem, é a proteção da tecnologia contra o sobreaquecimento.

 

Carregamento reverso afinal sempre existe no iPhone 12

Falámos já no iPhone 11 que a Apple tinha tecnologia de carregamento reverso no dispositivo, mas estaria desligado o hardware. Mais tarde, com o aparecimento do iPhone 12, voltou-se a verificar que a bateria do iPhone 12 poderia carregar outros dispositivos, mas a Apple tinha essa funcionalidade desligada.

Agora, com o aparecimento deste novo acessório, um dos benefícios é a capacidade de desbloquear o carregamento sem fio reverso na linha do iPhone 12. Sim, é um trunfo sobre a concorrência para este tipo de acessório. A Apple guarda sempre um trunfo na manga.

Atenção que o carregamento reverso só funciona quando temos a bateria externa MagSafe ligada ao iPhone, mas a utilizar o cabo Lightning ligado ao smartphone. Ao fazer isto, estaremos a carregar o iPhone, mas o iPhone irá também carregar a bateria MagSafe, quando a sua bateria atingir os 100%.

Imagem carregamento reverso iPhone 12 Pro

Sim, é um trunfo, mas não é nada que iremos utilizar no dia a dia, mas, pelo menos, sabemos que é possível o carregamento reversivo, o que nos poderá indicar que a empresa de Cupertino tem mais planos para esta tecnologia e que pode desvendar algo mais no próximo iPhone 13.

Quando usamos a bateria MagSafe para carregar o nosso iPhone em temperaturas ideais, a estrutura tem uma boa capacidade de dissipar o calor e não se nota um aquecimento exagerado. No bolso, por exemplo, não se nota aquecimento. Tenham só atenção que é recomendado usar um adaptador de corrente USB‑C de 20 W ou superior.

Este acessório MagSafe também pode ser usado como um carregador sem fio compatível com a tecnologia Qi padrão para carregar outros dispositivos. É aqui que para nós já ganha mais uns pontos. Isto é, a bateria permite carregar os AirPods, iPhones mais antigos e até mesmo dispositivos Android, se necessário. Apenas entenda que terá uma saída de 5W e ao testarmos carregar um iPhone X, notamos que aqueceu bastante ambos os dispositivos, pois utiliza bobinas de carregamento Qi.

Imagem iPhone 12 Pro com bateria MagSafe

 

Integração com o iOS

Logo que a bateria chegou, ligámos a mesma ao iMac para a carregar e depois testámos logo num iPhone 12 Pro Max. Hmmmm… carregava, mas não aparecia a animação. Claro, essa máquina estava a correr a beta 3 do iOS 15 e não mostra a animação quando ligamos a bateria MagSafe, mas mostra quando ligamos o carregador MagSafe e até acessórios, como a carteira com MagSafe.

Imagem animação no iOS do acessório MagSafe

Então vamos lá testar com o iOS 14.7 e afinal a animação lá apareceu.

Além desta animação, o iOS (do 14.7 em diante) mostra também a bateria externa MagSafe no widget Baterias no nosso ecrã inicial.

Imagem widgets baterias no iOS 14.7

 

Características técnicas

Para que não haja qualquer outro entendimento, deixamos já a nossa opiunião que a bateria MagSafe é cara e tem uma capacidade menor do que produtos semelhantes. Mas vamos dissecar então a parte mais técnica do acessório.

Como já referimos, a bateria MagSafe da Apple não ultrapassa 5W para carregamento sem fio. Por este preço já temos no mercado (eventualmente até mais baratas) opções que carregam a 15W ou mais. Portanto, embora possamos espremer algumas horas extras do nosso iPhone com a bateria MagSafe, não temos ambições que esta vá carregar rápido em modo mobilidade.

Já em cima falámos na temperatura, cuidado com os carregadores que usa para a carregar. Calor a mais… ela para.

Por último, a “MagSafe Battery Pack” tem cerca de 1460 mAh (7,62V, 11,13Wh). Mas tenha em mente que o pacote de bateria MagSafe tem uma classificação de watt mais alta e o dobro aproximado da tensão (7,62), o que indica haver duas células dentro. Assim, a corrente de descarga aumenta de 1460 mA para 2920 mA.

Estes números não são confirmados pela Apple, mas se olharmos à matemática, pelas nossas contas, deve andar por estes números.

Sim, há produtos com muito mais capacidade e por metade do preço. No entanto, a concorrência não se integra diretamente ao iOS em si, nem há recursos de carregamento “inteligentes” (mais eficientes), o que poderia fazer o preço valer a pena.

 

Veredito:

O que traz de bom esta bateria?

  • Integração totalmente com o iOS 14.7 e posterior
  • Tamanho bastante compacto
  • Desbloqueia o carregamento sem fio reverso do iPhone 12
  • Pode ser usado como um carregador MagSafe com fio
  • Carrega outros dispositivos compatíveis com Qi

O que traz de menos bom esta bateria?

  • O preço, é muito cara
  • Pouca capacidade
  • Disponível apenas em branco
  • Não carrega o Apple Watch

Portanto, se vale os 109 euros? Na nossa opinião não vale. Mas a Apple poderá tirar algumas ilações e a partir daqui, colocar no mercado acessórios destes com mais opções, entre elas, o carregamento do Apple Watch. Fica a dica!

Fonte: Pplware.

Apple lança iOS 14.7.1 com correção para bug de desbloqueio do Apple Watch…

 A Apple lançou no passado dia 20 deste mês o iOS 14.7. Pouco tempo depois alguns utilizadores detetaram que o iPhone não desbloqueava o Apple Watch. Para resolver tal problema, foi disponibilizado há poucos momentos o iOS 14.7.1 que corrige este bug e não só.

Se tem o seu iPhone à mão, atualize já.

Imagem iOS 14.7.1

A Apple disponibilizou o iOS 14.7.1 ao público hoje, exatamente uma semana após o lançamento do iOS 14.7. Isso ocorre depois que alguns utilizadores se queixarem que o seu iPhone não desbloqueava automaticamente o Apple Watch.

Além de resolver o bug do desbloqueio, esta pequena atualização do iOS também corrige problemas de segurança. Nesse sentido é mesmo importante que os utilizadores procedam à atualização do sistema.

Como é normal, se a atualização não aparecer de imediato para download, continue a verificar, pois, às vezes leva alguns minutos para ser distribuída para todos os utilizadores. Pode saber mais aqui.

A Apple também lançou também o iPadOS 14.7.1 e o macOS Big Sur 11.5.1 hoje. Para pretender atualizar de forma manual, pode usar os seguintes links:

iOS 14.7.1

iPadOS 14.7.1

Fonte: Pplware.

Apple ganha mais dinheiro a vender AirPods do que a Mastercard ou a Uber num ano inteiro

 Apesar de haver centenas de opções para auscultadores sem fios no mercado, os AirPods são sem sombra de dúvida os que mais brilham neste segmento. A Apple mudou o paradigma da utilização dos earbuds quando forçou o mercado a deixar o jack 3,5 mm. Contudo, só fez quando já tinha preparado o seu trunfo, o dispositivo que haveria de trazer muitas vendas à empresa. Agora, segundo as estimativas com base nos resultados aprestados em 2020, a Apple ganha mais dinheiro a vender AirPods do que a Mastercard ou a Uber num ano inteiro.

Este “novo” mercado da empresa de Cupertino é realmente valioso, além dos AirPods clássicos, a oferta inclui os AirPods Pro e AirPods Max. Em breve haverá mais um elemento na família.

Imagem AirPods da Apple

A Apple é uma empresa que não deixa o mercado indiferente. Cada vez mais tentacular, tem numa alargada gama de produtos liderança nos respetivos segmentos e uma força própria para criar tendências e orientar os utilizadores num determinado sentido de consumo. No mundo, não há muitas marcas que o consigam fazer como a Apple.

Com uma alteração arrojada na sua oferta, ao retirar os auscultadores tradicionais, com fio, das caixas dos iPhones e ao tirar dos iPhones a porta jack 3,5 mm, deu um incentivo ao mercado para se apostar mais nos auscultadores sem fios e resultou!

Desde 2017, ano após ano, a rubrica “acessórios” tem crescido na apresentação de resultados da empresa, muito por culpa dos AirPods.

Imagem AirPods da Apple

 

Os AirPods fazem a diferença?

De acordo com uma publicação de Thung Phan, editor e analista canadiano, seguidor do mercado Apple, há uma estimativa da receita muito interessante que envolve a venda dos AirPods e de outras vendas de gigantes mundiais, relativa a 2020.

Segundo o analista, a Apple terá vendido no passado ano algo como 16 mil milhões de dólares só de AirPods. Portanto, será mais do que as vendas globais de empresas como a Adobe, eBay, Uber ou mesmo Mastercard.

Se dúvidas houvesse que os acessórios que a Apple vende são uma enorme fonte de receita para a empresa, olhando para os valores apresentados, percebemos que não é ao acaso. Cada cabo, cada bracelete, uma capa ou um carregador, vendido aos milhares de milhões, fazem um bolo enorme.

Isto é, a empresa declarou como da receita da divisão de acessórios e wearables (vestíveis), 30.620 milhões de dólares em 2020. Sim, aqui estão incluídos produtos como os AirPods ou Apple Watch. No entanto, e segundo as tais estimativas da Canalys, mais de metade da receita têm proveniência da venda dos auscultadores sem fios da marca.

 

Auscultadores dão saúde financeira só por si

Se a Apple só vendesse auscultadores, só isso daria uma boa saúde financeira à empresa de Cupertino.

Amanhã, dia 27 de julho, saberemos se esta divisão continua a dar bons resultados numa nova informação à imprensa relativa aos valores do último trimestre fechado.

Segundo os rumores, e conforme já referimos também, a Apple planeia apresentar os seus AirPods de terceira geração com o iPhone 13 e poderá lançá-los ao mercado entre o outono deste ano e o início de 2022. Além disso, também se fala em 2022 serem apresentados os novos AirPods Pro, o que viria dar continuidade a um elemento cada vez mais preponderante para a marca.

Fonte: Pplware.