29 de jan. de 2024

Por que razão os jovens nos EUA não querem o WhatsApp e usam o iMessage da Apple?

 Apesar de ser a aplicação de conversa mais popular do mundo, com cerca de dois mil milhões de utilizadores ativos mensais, o WhatsApp está cada vez mais em desuso entre os jovens americanos. Eles preferem usar o iMessage (Mensagem em português), a app da Apple. Mas por que razão?

Ilustração iMessagem sobre WhatsApp

É rara a pessoa que não tem WhatsApp em Portugal. Este serviço de mensagens tornou-se indispensável no país, tanto para mensagens pessoais como para trabalho. É também o caso em muitos países, mas não nos Estados Unidos.

No país de Biden, Trump, Zuckerberg e afins, é o iMessage que está em vantagem. Até afeta o nível social, com os jovens americanos a julgarem a "qualidade" dos seus contactos apenas pela cor das bolhas na aplicação. Mas porque é que isto só acontece nos EUA e o que é que tornou o iMessage (Mensagens) tão poderoso nos EUA?

É uma questão de preço?

Não há consenso sobre a razão exata, mas em vários cantos das redes fala-se dos preços antigos dos SMS como uma possível causa.

Se o nosso leitor já tem uma idade adulta, a partir dos 40, então deve lembrar-se da era "pré-histórica" dos telemóveis. Quando a norma era ter um Nokia onde se telefonava, enviava mensagens de texto e jogava o jogo da cobra. O SMS de 140 caracteres era o mais parecido com as mensagens instantâneas que tínhamos na altura, e enviar um SMS custava alguns "escudos".

Imagem Nokia 3310 com o jogo da serpente

Nos Estados Unidos, mesmo antes de Portugal, o envio de SMS era muito mais barato ou até vendiam planos com mensagens SMS ilimitadas. Isto significa que, enquanto noutros países se economizava no envio de mensagens SMS, nos Estados Unidos o público habituou-se a enviar mensagens SMS.

É talvez por isso que o aparecimento do WhatsApp, uma aplicação que consumia dados móveis (e nos EUA inicialmente eram muito caros) teve na Europa maior tração.

Outra razão que alguns americanos referem tem a ver com o facto da app iMessage (Mensagens) vir nativamente instalada nos iPhones, e o iPhone é o smartphone mais popular do país. Não é necessário descarregar nada da App Store para começar a enviar mensagens aos seus contactos, está simplesmente lá. Esta é a vantagem que a Apple obteve ao integrar o seu serviço de mensagens com o próprio SMS tradicional.

UE quer mudar tudo com a interoperabilidade exigida

No entanto, esta diferença histórica pode mudar muito num futuro próximo. Tal como o iOS 17.4 oferecerá lojas de aplicações alternativas à App Store, os serviços de mensagens terão de se adaptar aos novos regulamentos europeus.

E este regulamento pode ser resumido numa palavra: interoperabilidade. A União Europeia quer que possamos enviar mensagens para vários serviços a partir da aplicação da nossa escolha: se quisermos enviar um WhatsApp a partir do Telegram, podemos fazê-lo. E vice-versa, claro. Deve ser o consumidor a escolher o cliente a utilizar.

Além disso, o iMessage vai integrar-se na norma RCS para poder enviar conteúdos multimédia para telemóveis Android. Assim, é possível que, dentro de algum tempo, o cliente que utilizamos para conversar a partir do nosso iPhone deixe de ter tanta importância.

A UE, ao exemplo de outras mudanças, está aqui também a obrigar a Apple a ser "igual" às demais. Isto levanta uma importante questão: mas o que irá diferenciar depois as várias ofertas? Serão todas iguais e copiam-se umas pelas outras dentro das regras da UE?

Fica a questão que os próximos anos irão responder.

Fonte: Pplware. 

HomePod com ecrã tátil da Apple chega este ano. Quais as novidades?

 O HomePod foi anunciado em 2017 e chegou ao mercado em 2018. Mais tarde, a Apple lançava em 2020 uma versão mini, da sua coluna inteligente. No passado ano de 2023, a versão mais recente do primeiro produto trouxe algumas novas funcionalidades. Contudo, em nenhuma destas apareceu um ecrã que a permitisse gerir com uma interface própria. Será que vem em 2024 o HomePod com ecrã tátil?

Ilustração HomePod 4.ª geração com ecrã

Acredita-se que a Apple esteja a trabalhar n um novo HomePod de tamanho normal que trará um ecrã sensível ao toque pela primeira vez. Há rumores de que o dispositivo será lançado já no primeiro semestre deste ano, então aqui está tudo o que os rumores vaticinaram até agora.

O analista do mercado Apple, Mark Gurman da Bloomberg, foi o primeiro a sugerir em 2021 que a Apple trabalha ativamente nos novos HomePods com ecrãs e câmaras. O sistema operativo do HomePod agora é baseado no tvOS, e parece que as bases para um HomePod com um ecrã foram lentamente colocadas em segundo plano por algum tempo.

Design e funcionalidade

O primeiro relatório específico da intenção da Apple de lançar um novo modelo HomePod com um ecrã veio do analista da Apple Ming-Chi Kuo em março de 2023. Ele disse que o dispositivo contará com um ecrã de 7 polegadas fornecida pela empresa chinesa Tianma.

Em outubro de 2023, o "leaker" da Apple e colecionador de protótipos conhecido como "Kosutami" partilhou informações sobre um próximo modelo HomePod com um ecrã LCD.

O dispositivo terá um design praticamente idêntico ao HomePod de segunda geração, mas com um grande ecrã tátil LCD na parte superior em vez da matriz LED utilizada em todos os modelos HomePod até à data.

Este relatório foi posteriormente corroborado por outras fontes, que acrescentaram que o modelo está em desenvolvimento ativo sob o nome de código "B720". O código no tvOS 17 sugere aparentemente que o Apple Music e o Apple Podcasts estão entre as primeiras aplicações a serem reescritas para serem compatíveis com o novo ecrã, que mostrará uma animação desfocada baseada nas cores da arte do álbum quando uma música ou podcast estiver a tocar. O ecrã poderá também mostrar notificações importantes.

Em dezembro, Kosutami partilhou mais imagens do protótipo do dispositivo, mostrando um ecrã LCD curvo e convexo para apresentar conteúdos no topo.

Chip que equipará o novo HomePod

Possivelmente a Apple equipará a coluna com um novo chip. O HomePod 2023 contém o chip S7, o mesmo chip usado no Apple Watch Series 7 de 2021. Apesar da introdução do chip S8 no final de 2022 no Apple Watch Series 8, Apple Watch Ultra e Apple Watch SE de segunda geração, a Apple optou por usar o chip S7.

Os modelos mais recentes do Apple Watch da Apple incluem o chip S9, que é significativamente mais capaz do que todos os seus antecessores, uma vez que se baseia no A15 Bionic. Muitos pedidos da Siri são processados localmente, o que significa que a capacidade de resposta poderia beneficiar de um chip melhorado.

O S9 também poderá abrir a possibilidade de consultas relacionadas com a saúde e a boa forma física, mas desconhece-se o chip exato que o dispositivo irá utilizar.

Recursos adicionais

O ecrã da próxima geração do HomePod poderá facilitar uma integração mais profunda com outros produtos de hardware da Apple, acredita Kuo. Por exemplo, um novo HomePod poderia introduzir uma experiência de Handoff de baixa latência com o chip Ultra Wideband de segunda geração usado no iPhone 15 e no iPhone 15 Pro.

Poderá também apresentar hardware de áudio e microfones melhorados, bem como atualizações de especificações como o suporte de Wi-Fi 6E.

Data de lançamento

No seu relatório original de março de 2023, Kuo afirmou que o novo HomePod seria lançado na primeira metade de 2024. Não há rumores concretos sobre quaisquer outros novos HomePods de tamanho normal no momento. Enquanto isso, Kuo disse que a Apple começará as remessas em massa do HomePod mini de segunda geração no segundo semestre de 2024.

Não está claro se o HomePod com tela sensível ao toque será um substituto direto para o HomePod de segunda geração ou uma nova oferta de ponta na programação, mas pode não demorar muito para sabermos com certeza.

A longo prazo, acredita-se que a Apple está a repensar a sua estratégia de casa inteligente e trabalha alegadamente num dispositivo combinado Apple TV e HomePod, bem como num HomePod com um ecrã montado num braço robótico.

Este ano poderá ser também o ano em que a Apple lançará a Siri com idioma português de Portugal e com isso abrirá a porta à chegada ao mercado nacional (pelo menos através da Apple Store) da sua coluna inteligente.

Fonte: Pplware.