Quando o iPhone 13 foi lançado e começou a chegar a alguns especialistas em reparações, percebeu-se que ao trocar o ecrã do novo iPhone fora dos canais oficiais, o Face ID deixava de funcionar. Contudo, já se descobriu uma técnica para realizar a operação sem que com isso se perca o Face ID ou tenha de se pagar à Apple para o fazer.
Basicamente o que a iFixit descobriu foi que ao “transplantar” um pequeno chip do ecrã, no momento da substituição deste componente, poderia "enganar" o sistema e assim deixar todos os sistemas operacionais, com um painel OLED de terceiros.
Já há um truque para "enganar" o iPhone 13
Em setembro passado, uma análise mais profunda, realizada por um conhecido Youtuber dedicado às reparações, revelou uma realidade que não era esperada. Ao trocar o ecrã do iPhone 13 fora dos canais oficiais, o Face ID deixa de funcionar.
Ao tentar fazer a troca dos ecrã, o dispositivo dava conta dessa mudança e alertava que o componente não era genuíno, como tal, o Face ID estaria desativado.
Assim, e depois de várias semanas em volta do assunto, o canal iFixit trouxe mais detalhes sobre como fazer a alteração com qualidade. Isto é, de acordo com o site, a restrição só acontece devido a um pequeno chip do ecrã. Este chip é capaz de autenticar o painel OLED ao número de série do dispositivo.
Portanto, caso o código do componente seja diferente do esperado, o smartphone não irá reconhecer o painel como genuíno, mesmo que seja original, conforme mostra o vídeo.
Apple dificulta colocação de componentes por terceiros
A Apple por várias vezes já referiu que as limitações impostas nos seus dispositivos à utilização de componentes não oficiais, deve-se à política de compromisso de qualidade com os utilizadores. Por outras palavras, a empresa não quer que terceiros, não autorizados, coloquem componentes que não sejam certificados Apple.
Ao longo dos anos, a empresa já tentou de várias maneiras fazer esta restrição, desde o botão Home, passando pelo leitor de impressões digitais, até à bateria.
Além disso, a empresa quer beneficiar os seus serviços e o dos seus parceiros. Este procedimento é realizado através de uma app conhecida como Apple Services Toolkit 2, restrita a parceiros da empresa de Cupertino.
Contudo, descobriu-se que ao “transplantar” o chip do ecrã antigo para o novo, o Face ID funciona corretamente. No entanto, o processo não é simples e requer ferramentas especiais para remover o chip do painel antigo sem o danificar e soldar o mesmo no novo ecrã.
Em resumo, o processo além de mais trabalhoso, torna-se mais caro às assistências que irão necessitar de mais conhecimento, especializar-se no método e terão de investir em ferramentas para o fazer. No fim de contas, resta saber se o que se poupa no novo painel não oficial irá chegar para pagar o serviço desta natureza.
Preços de substituição do ecrã do iPhone 13
A Apple, na sua página de informação, tem os preços praticados para a substituição dos ecrãs dos vários modelos de iPhone. Os preços apresentados são para o mercado dos Estados Unidos e para unidades já sem garantia.
Apesar de noutros mercados haver discrepâncias, estes valores servem de guia para percebermos o valor deste serviço:
- iPhone 13 Pro Max - 329 dólares (cerca de 285 euros)
- iPhone 13 Pro - 279 dólares (cerca de 241 euros)
- iPhone 13 - 279 dólares (cerca de 241 euros)
- iPhone 13 mini - 229 dólares (cerca de 200 euros)
Os preços não são de todo amigáveis, mas não se enganem, todos os smartphones com este tipo de ecrã têm preços altos porque o painel em si é caro.
Fonte: Pplware.