15 de jul. de 2021

Pânico entre os anunciantes do Facebook: a eficácia dos anúncios do iPhone cai a pique

 Com o iOS 14.5, a Apple lançou uma medida que passa aos utilizadores o controlo dos seus dados de visitas online. Era este cenário que o Facebook, assim como outras empresas, tinham receio. Isto é, em maio passado, 96% dos utilizadores do iOS 14.5 solicitaram às aplicações que deixassem de seguir as suas atividades. Com o sistema App Tracking Transparency (Seguimento) a gerar um grande impacto, os anunciantes entraram em pânico devido aos resultados causados.

Segundo as estimativas, estes números alteraram-se, mas o cenário continua a não ser nada animador. Atualmente, apenas 25% dos utilizadores aceitaram o seguimento e isso está a cortar severamente os dados que o Facebook consegue receber e rentabilizar.

Imagem

Uma medida “devastadora” para a maioria dos anunciantes

Segundo alguns analistas, a medida está a castigar de sobremaneira os anunciantes após a introdução no iOS 14.5 do sistema App Tracking Transparency. Com isto, os anunciantes estão a virar-se agora para o Android, mas há diferenças grandes entre os dois sistemas operativos.

O Facebook, num estudo encomendado à empresa Comscore, tentou visar a Apple referindo que a política que a empresa de Cupertino aplica na sua App Store, desincentiva instalações de apps de terceiros. Isto é, poderá aqui estar em causa a produtividade do trabalho dos programadores que orbitam nas várias lojas da Apple.

A Apple rebateu totalmente esta acusação, até porque o estudo tem informações que não são tão diferentes assim no sistema concorrente, o Android. Portanto, as aplicações nativas, serão sempre as apps mais usadas em muitas das ações. No entanto, a Apple tem referido que há um crescimento no valor pago em comissões aos programadores.

Agora a Bloomberg revela como os utilizadores estão a dizer “não” ao seguimento e quais os efeitos isso está a produzir. Na mesma análise estimou-se o impacto da introdução do iOS 14.5 nas contas do Facebook. Se apenas 20% dos utilizadores aceitarem o seguimento, a sua receita será reduzida em 7%. Mas se apenas 10% permitissem, o impacto negativo seria quase o dobro, 13,6%.

Imagem CEO do Facebook

 

Facebook trabalha em novos caminhos para os anunciantes

O primeiro trimestre em que o sistema anti-seguimento da Apple estará presente do início ao fim é o terceiro. Assim, teremos ainda que esperar até outubro para a rede social apresentar os seus resultados. Claro, estes números devem ser vistos com cautela até então, porque ainda haverá outros impactos colaterais que só mais tarde serão possíveis de detetar.

Os anunciantes são afetados em três formas ao usar a plataforma de anúncios do Facebook. Estas ações que sofreram o impacto têm como base o investimento feito pelos anunciantes na rede social.

Então, em causa estão estas três situações com a implementação do App Tracking Transparency:

  1. Torna-se difícil determinar quando um utilizador faz uma compra como resultado de um anúncio.
  2. O sistema dificulta o chamado redirecionamento. Os anúncios que “perseguem” noutros sites e aplicações um utilizador que já viu os produtos online e até os adicionou a um carrinho, sem finalizar a compra.
  3. O anunciante perde acesso aos dados fundamentais para a construção de uma campanha “sósia pública” ou semelhante para o seu cliente-alvo.

Portanto, todas estas funções são o que os anunciantes valorizam e pagam à rede social. Ora se esta é a informação mais valiosa, que até agora era obtida em grandes quantidades e permitiam um enorme número de campanhas, apesar do utilizador não dar contas, atualmente isso já não acontece.

Com o utilizador no controlo do que quer ou não revelar quando usa o iOS 14.5 e seguintes, os dados que captavam 95% das vendas, agora o nível médio é de apenas 57%. Além disso, os anunciantes deixam de saber se o seu investimento consegue obter o retorno do dinheiro aplicado.

 

Dados que ainda requerem mais tempo para análise

Claro que há números e percentagens que são ainda muito inconsistentes. Poderemos não ter números certos à vírgula, porque tudo está ainda a ser tratado na base das probabilidades.

O iOS 14.5 não proíbe este tráfego de dados, como quer o Facebook pressionar a Apple. O sistema operativo obriga sim as empresas a aplicar regras nas suas aplicações e serviços que entregam ao utilizador esse poder, esta decisão de dar ou não aos anunciantes e ao Facebook o resultado das suas ações online.

Facebook culpa a Apple, a Apple diz que quem tem de decidir é o utilizador.

Fonte: Pplware.

Apple é a primeira empresa pública dos EUA a valer $2,5 biliões

 Depois de dois dias conturbados, a Apple bateu o recorde enquanto primeira empresa pública (empresa cotada em bolsa) dos Estados Unidos da América a conseguir atingir a marca dos 2,5 biliões de dólares de Capitalização de Mercado.

A empresa de Cupertino conseguiu, finalmente, um novo recorde relacionado com o valor das suas ações.

Apple

Conforme adianta a AppleInsider, as ações da gigante de Cupertino subiram mais de 2% durante as horas de trading, ontem, dia 14 de julho. Isto promoveu uma valorização de mercado inédita, superior a 2,5 biliões de dólares. Recorde-se que em agosto de 2020 a Apple atingiu a marca dos 2 biliões.

As ações da empresa têm vindo a subir e, desde o início do ano de 2021, subiram 14,33%. Neste momento, a gigante de Cupertino é a única empresa cotada em bolsa dos EUA capaz de ultrapassar a marca de avaliação de 2,5 biliões de dólares de Capitalização de Mercado.

Apple

Timo Lenzen/The New York Times

Apple cresce a cada dia

Segundo o Tech Times, vários eram os analistas que previam que a Apple iria ser capaz de atingir a marca dos 3 biliões de dólares de Capitalização de Mercado. Antes dos vários lançamentos que a empresa protagonizou ao longo do último ano, o analista Gene Munster observou, em agosto de 2020, que, com o 5G e outras funcionalidades relacionadas com a saúde, a empresa tinha um “caminho bastante claro” em direção a esse valor estimado.

Embora os setores da Apple tenham conhecido um abrandamento, após o anúncio oficial da sua gama com o SoC M1, a empresa registou um aumento das vendas do Mac. Mais do que isso, apesar da pandemia, o mundo conheceu o iPhone 12 e é, então, o telefone 5G mais vendido do mundo.

Desde o marco dos 2 biliões de dólares em Capitalização de Mercado, a Apple tem introduzido produtos como o Apple Fitness+ no pacote Apple One, novos AirTags, um iMac de 24 polegadas redesenhado e a TV 4k da marca.

Ora, parada a Apple não tem estado e os esforço parece ver-se recompensado.

Fonte: Pplware.

Zero-day exploit permitiu que hackers russos extraíssem informações de dispositivos iOS

 Isto é uma espécie de jogo entre o gato e o rato. Se por um lado a Apple trabalha constantemente para melhorar a segurança dos seus dispositivos, os hackers estão sempre à procura de novas formas de violar os sistemas de segurança encontrados no iPhone, iPad, Mac e outros dispositivos. No início deste ano, um zero-day exploit encontrado no motor do Safari, o WebKit, permitiu que os hackers extraíssem informações de login de dispositivos iOS.

A falha foi explorada quando funcionários do governo clicaram em links nas mensagens do LinkedIn.

Ilustração Hacker do iOS zero-day exploit

Zero-day exploit: Apple, Google e Microsoft na mira dos hackers

Como foi relatado pela primeira vez pelo Grupo de Análise de Ameaças do Google, um zero-day exploit, encontrada em algumas versões do iOS 14, permitiu aos hackers do SolarWinds redirecionar os utilizadores para domínios que executavam código malicioso em iPhones e iPads. Os mesmos hackers também visavam utilizadores do Windows, de acordo com a pesquisa.

Após alguma investigação, foi revelado que o mesmo grupo de hackers estava por detrás de outro zero-day exploit encontrado em dispositivos iOS. Este exploit, identificado como “CVE-2021-1879“, permitiu aos hackers recolher informações de login de vários sites, incluindo Google, Microsoft, LinkedIn, Facebook, e Yahoo.

Numa publicação da Google nesta quarta-feira, os investigadores Maddie Stone e Clement Lecigne disseram que um “provável elemento apoiado pelo governo russo” explorou a vulnerabilidade então desconhecida, enviando mensagens para funcionários do governo pelo LinkedIn.

Para quem não está familiarizado com o termo, um zero-day exploit é basicamente uma vulnerabilidade recentemente descoberta que os criadores do sistema afetado ainda desconhecem a correção.

Neste caso em particular, a Apple corrigiu subsequentemente esta falha de segurança com o iOS 14.4.2, mas, na verdade, os hackers continuaram a ter a capacidade de executar código malicioso em versões recentemente lançadas do iOS.

Imagem iOS zero-day exploit

 

Quem está por trás deste ataque?

Segundo os investigadores, os ataques visam a vulnerabilidade CVE-2021-1879, e uma vez que o exploit é detetado, este redireciona os utilizadores para domínios que instalam componentes maliciosos nos iPhones totalmente atualizados. Os ataques coincidiram com uma campanha dos mesmos hackers que injetaram malware aos utilizadores de Windows.

Este ataque é muito parecido com um que foi detetada em maio pela Microsoft. Nesse caso, a Microsoft disse que o Nobelium – o nome que a empresa usa para identificar os hackers por detrás do ataque à cadeia de fornecimento SolarWinds – conseguiu primeiro comprometer uma conta pertencente à USAID, uma agência governamental dos EUA que administra ajuda externa civil e assistência ao desenvolvimento.

Com o controlo da conta da agência para a empresa de marketing online Constant Contact, os hackers poderiam enviar e-mails que pareciam usar endereços conhecidos pertencerem à agência dos EUA.

O governo atribuiu o ataque à cadeia de fornecimento, ocorrido ano passado, a hackers que trabalham para o Serviço de Informações Externas da Rússia (abreviado como SVR). Durante mais de uma década, o SVR tem levado a cabo campanhas de malware contra governos, grupos de reflexão política, e outras organizações em países como a Alemanha, Usbequistão, Coreia do Sul e os EUA.

Os alvos incluíam o Departamento de Estado dos EUA e a Casa Branca. Outros nomes utilizados para identificar o grupo são APT29, os Dukes e Cozy Bear.

Ilustração hackers da Rússia

 

A vulnerabilidade zero-day continua ativa

Os ataques ao iOS fazem parte de um exploit zero-day. No primeiro semestre deste ano, o grupo de investigação sobre vulnerabilidade do Projecto Zero do Google registou 33 exploits zero-dayutilizadas. Isto é, houve mais 11 ataques que no mesmo número total de dias em 2020.

O crescimento tem várias causas, incluindo uma melhor deteção pelos sistemas de defesa e melhores softwares de defesa que requerem múltiplas artimanhas para o comprometeram.

A vulnerabilidade do iOS foi um dos quatro “in-the-wild zero-days” detalhados no Google na quarta-feira. Os outros três foram:

Apesar de ser sempre importante os equipamentos terem a versão mais recente do sistema operativo, para este tipo de vulnerabilidades, isso nem sempre é o suficiente.

Apesar disso, este tipo de ataque é muito dirigido, tem como alvo pessoas ou instituições que interessam particularmente a quem está por trás do ataque.

Fonte: Pplware.