Uma onda de crimes invadiu São Paulo, principalmente a capital, no último mês: cidadãos tiveram seus celulares roubados e logo depois suas contas bancárias esvaziadas. Após uma das maiores operações organizadas pela polícia paulista contra as quadrilhas no final de 2020, um dos criminosos disse que era capaz de desbloquear qualquer modelo de iPhone, "do 5 ao 11".
De acordo com Fabiano Barbeiro, responsável pela prisão da quadrilha, para conseguir "desbloquear" os aparelhos, os criminosos retiravam o chip e o inseriam em outro dispositivo desbloqueado. A partir dali, era feito um levantamento das redes sociais, utilizando o número de telefone, em busca de informações sobre o dono do aparelho e dados como endereço de e-mail.
Com o endereço de e-mail em mãos — que priorizava extensões como @gmail.com e @icloud.com —, eles baixam os arquivos da nuvem e passavam a procurar informações ligadas à palavra "senha". Também foi dito que os criminosos facilmente encontravam dados de acesso ao celular e às contas bancárias.
Roubo de iPhones
Ao adquirir as informações, eles devolvem o chip para o aparelho original e entregam ao membro da equipe que é responsável pelos acessos, transferindo o máximo de dinheiro que pudessem para contas de laranjas.
O Procon-SP tem cobrado medidas de empresas de telefonia e bancos. Uma vez que, depois da polícia, elas são as principais preocupadas com os ataques, considerando possíveis ações judiciais e ressarcimento. A fundação ainda tem mantido programas de orientações aos consumidores.
Uma pesquisa realizada pelo Mobile Time cita que mais de 60% dos brasileiros tiveram seus celulares roubados. De acordo com a averiguação do Folha de S. Paulo, sete de oito vítimas do esquema eram usuárias de iPhone, dos modelos 10 e 11. Questionada nesta terça-feira (6), a Apple informou que não comentará o ocorrido.
Fonte: Tecmundo.