Relógios, pulseiras inteligentes e outros dispositivos vestíveis não são exatamente novidade. O primeiro Apple Watch e a primeira Mi Band, por exemplo, chegaram ao mercado em 2014, e nesse meio tempo ganharam não somente popularidade, como também direcionamento para o acompanhamento esportivo e de saúde.
Muita gente também não enxerga muita necessidade em ter um dispositivo assim, o que é compreensível. No Brasil, o mais recente Apple Watch (Series 5) custa a partir de R$ 3.999, o Galaxy Watch Active2 (40mm) a partir de R$ 2.799 e o Huawei Watch GT2 (42mm) a partir de R$ 1.499.
O que todos esses produtos têm em comum é a aposta em novos recursos rastreadores de saúde que vão além da medição dos batimentos cardíacos. Alguns podem rastrear atividades de natação, outros
podem mensurar o SpO2 (saturação do oxigênio no sangue).
Em 2020, existem bons motivos motivos para se comprar um smartwatch, e o principal deles é que existem cada vez mais opções no mercado.
O smartwatch amadureceu
Na mesma medida em que o conceito de relógio inteligente amadureceu, uma série de recursos de saúde também foram adicionados e até pedidos por usuários. Mas, claro, vamos primeiro entender como anda o mercado destes dispositivos.
No terceiro trimestre de 2019, segundo dados da empresa de pesquisa e estatística Canalys, o mercado de dispositivos vestíveis (wearables) teve crescimento de 65% nas vendas, atingindo 45,5 milhões de unidades no mundo todo.
Com o lançamento de novos dispositivos no último ano, a Xiaomi tomou a liderança no período (27% do volume de vendas) e a Apple (15%) ficou em segundo lugar. Huawei (13%), Fitbit (8%) e Samsung (6%) correspondem as outras empresas de destaque no setor. Inclusive, no último ano, o Google
fechou a compra da empresa Fitbit.
Já a Statista, empresa de estatística e análise de mercado, aponta que no volume de vendas do ano todo, a Apple é quem liderou com 31,7% do mercado. A Xiaomi vem segundo com 12,4%, a Samsung em terceiro com 9,2% e a Huawei em quarto com 8,3%.
Versatilidade e praticidade
O que é um smartwatch nos dias atuais? Mais do que um companheiro para o seu smartphone, alguns modelos já funcionam de maneira independente. Este é o caso dos modelos de Apple Watch compatíveis com tecnologia Cellular.
Graças a ela, o relógio pode se conectar com redes móveis de operadoras compatíveis. Assim, é possível sair sem o celular e ainda conseguir atender ligações, responder mensagens de texto, ouvir músicas e podcasts e usar aplicativos que precisem da rede.
Isto só mostra o quão versáteis se tornaram os relógios inteligentes. Eles sempre foram essa extensão do que é o nosso smartphone, mas permitem que nos mantenhamos conectados ao mesmo tempo que nos lembram de cuidar de nossa saúde.
De uma forma geral, relógios inteligentes normalmente trazem aplicativos de autocuidado. Os próprios sistemas operacionais (watchOS, Wear OS, Tizen) possuem alertas para você se levantar e se esticar depois de longos períodos sentado, para tomar água e até para respirar.
Este último, por exemplo, faz parte de modos de respiração que ajudam a aliviar a ansiedade e manter a calma.
Um smartwatch não limita totalmente a experiência de uso de aplicativos, nem interação com o mundo digital. A diferença, por outro lado, é que você possui muito menos distrações e aplicativos com menos recursos, se comparados com os celulares. Eles emitem alertas de mensagens e redes sociais, de aplicativos de notícias, lembretes.
Eles também podem se conectar com dispositivos Bluetooth, como fones de ouvido, o que permite fazer uma caminhada ou corrida sem precisar levar o smartphone, mas ainda ouvindo música. Inclusive, eles também podem se conectar com assistentes inteligentes (Alexa, Assistente, Siri) para realizar comandos e controlar outros dispositivos inteligentes.
Esporte e saúde
O que todos os relógios inteligentes atuais têm em comum, por outro lado, são recursos de monitoramento. Alguns mais focados em esportes, mas todos com algo relacionado à saúde. Eles ainda não se tornaram ferramentas de diagnóstico, mas já atingem ótimos resultados e criam parâmetros para prevenção.
Praticamente todos eles também podem fazer o acompanhamento da frequência cardíaca do usuário, têm um contador de passos, resistência contra água e podem monitorar uma série de exercícios pré-definidos.
O novo Apple Watch, por exemplo, ganhou recursos que detectam quedas e aciona sozinho a emergência, além de um medidor de ruído que pode ajudar a reduzir danos na audição. Já o Huawei Watch GT2, com foco em esportes, pode monitorar a frequência cardíaca na natação e traz aplicativos específicos voltados ao monitoramento da respiração.
Algumas companhias apostam mais no visual dos relógios inteligentes, mas todas focam na ideia de levar uma vida mais saudável aos usuários. Com os dados coletados por eles, é possível identificar algum comportamento anormal, como sintomas que podem passar despercebidos, e procurar um médico.
Além destes recursos, os dispositivos passam a monitorar o sono e o nível de estresse dos usuários, que podem ser usados para monitorar sua saúde mental. Alguns, certamente, com mais opções de rastreamento que outros.
Qual comprar?
Os relógios inteligentes se tornaram ótimos companheiros para treinar e acompanhar o condicionamento físico, e agora entregam mais parâmetros de saúde. Eles ainda não podem ser usados de forma clínica, embora sirvam como medida de prevenção.
Ter um dispositivo desses no pulso também é uma atividade interessante. Com os dados de rastreamento à vista, você acaba tendo mais ideia se tem andado muito ou pouco, se os batimentos cardíacos estão muito altos ou baixos, o nível de estresse, se tem dormido ou não com qualidade.
Esse tipo de dado também pode ser acompanhado no smartphone em uma interface maior e mais confortável. Nos aplicativos de cada smartwatch, é possível acompanhar dados do dia, semana, mês ou ano e entender o que está tudo bem e o que pode ser feito para ajudar a melhorar a nossa saúde.
Mas, apesar das inúmeras qualidades, os relógios inteligentes ainda possuem dois pontos negativos: alguns têm bateria com duração média de um dia, e os preços, em alguns casos, ultrapassam os dos próprios smartphones.
Decidir qual smartwatch comprar é uma tarefa de trazer às suas necessidades um dispositivo para acompanhá-las. Ou, neste caso, de entender qual é o seu tipo de uso e optar pelo melhor smartwatch para as suas atividades, por exemplo.
Abaixo, listamos os modelos mais populares, que vão de R$ 300 a R$ 3.500 e apresentam bons recursos:
Fonte: Tecmundo.