21 de mar. de 2023

Rússia proíbe funcionários de usar iPhones com receio de serem espiados

 O Kremlin disse às autoridades envolvidas nos preparativos para a eleição presidencial de 2024 na Rússia que parassem de usar os iPhones da Apple devido a preocupações de que os dispositivos sejam vulneráveis ​​às agências de inteligência ocidentais, informou o jornal Kommersant. De que tem medo Putin?

iPhone na mão dos políticos acaba este mês na Rússia

A notícia, partilhada pela Reuters, foi divulgada pelo jornal Kommersant. A política aplica-se a qualquer funcionário do país que esteja “envolvido nos preparativos para as eleições presidenciais de 2024 na Rússia”.

Numa reunião para “funcionários envolvidos na política doméstica”, o chefe da administração presidencial da Rússia, Sergei Kiriyenko, deu aos funcionários até 1.º de abril para abandonar os seus smartphones Apple.

Smartphones não devem ser usados ​​para negócios oficiais. Qualquer smartphone tem um mecanismo bastante transparente, independentemente do sistema operativo - Android ou iOS. Naturalmente, eles não são usados ​​para fins oficiais.

Disse Peskov quando questionado sobre o assunto na segunda-feira.

Segundo referiu o jornal Kommersant, o Kremlin pode fornecer outros dispositivos com sistemas operativos diferentes para substituir os iPhones, acrescentando que a ordem de cessar o uso de iPhones foi direcionada aos envolvidos na política doméstica – pela qual Kiriyenko é responsável.

Durante a reunião, um dos funcionários disse que o iPhone estava acabado, incitou mesmo as pessoas a deitar fora ou entregar às crianças para elas brincarem. E deixou bem claro que a ordem é para cumprir já, nestes poucos dias que sobram de março.

Imagem Putin com um iPhone

O presidente russo, Vladimir Putin, usa um iPhone para pesquisar na internet. Imagem captada antes de uma reunião com o presidente filipino, Rodrigo Duterte. 10/10/2017 - (Mikhail Svetlov/Getty Images)

Esta decisão poderá ter a ver também com o facto de a Apple ter interrompido todas as vendas na Rússia quando o país invadiu a Ucrânia no ano passado.

O presidente Vladimir Putin sempre disse que não tem smartphone, embora Peskov tenha dito que Putin usa a internet de tempos em tempos.

Fontes: Pplware

Falhanços de design que a Apple apresentou ao mundo

 A Apple é conhecida pelo seu cuidado em termos de design quer dos equipamentos, quer do próprio software. Mas nestes quase 50 anos de existência, a marca da maçã cometeu alguns falhanços quase inacreditáveis. Hoje mostramos 5 produtos que já nasceram inquinados!

Ainda hoje são relembrados produtos como o iMac G3 ou o primeiro iPhone de 2007. Mas a empresa tem muitos exemplos, como o Macbook Air, o próprio iPod trouxe tecnologia revolucionária acrescentando também um avanço no design dos comandos, com a Click wheel.

Bom, mas há outros produtos que são nitidamente um passo atrás. Vamos conhecer alguns desses.

Teclado borboleta

Depois de anos com um bom teclado nos seus produtos, a Apple decide introduzir nos portáteis um novo teclado mais fino e elegante. Esta tecnologia, que terá seguramente escapado ao olhar de aço de Jony Ive, apareceu em 2015 com o novo Macbook de 12 polegadas.

Em vez do tradicional mecanismo de tesoura debaixo de cada tecla, este teclado tinha um novo design que era muito mais fino e permitia muito menos movimento das teclas do que antes. Claro, isso permitiu que o portátil fosse muito fino e leva, mas custou uma confiabilidade terrível (e muitos processos movidos contra a Apple).

Mesmo a migalha mais pequena poderia emperrar as teclas e torná-las inconstantes e erráticas. O conforto também padeceu, pois escrever neste teclado parecia estarmos a tocar numa superfície sólida e imóvel, o que tornava os erros cada vez mais comuns. A Apple finalmente abandonou o teclado borboleta em 2019 e não olhou para trás desde então.

 

Magic Mouse 2

Este rato não é espetacular, isso não é, mas ainda hoje, ao olharmos para ele, não nos sai da ideia a pergunta "onde estariam com a cabeça quando projetaram este rato?". 

O teclado borboleta pode ter sido abandonado, mas o Magic Mouse 2 ainda está entre nós. Se comprar hoje um Magic Mouse 2 verá que é uma verdadeira dor de cabeça, quando o quer carregar e não tem outro à mão!

Por um lado, a sua forma de baixo perfil pode causar desconforto com uso prolongado. Há pessoas que não se adaptaram e tiverem mesmo de mudar por dores no pulso. Claro, o seu suporte a gestos multi-toque é ótimo, mas será que isso vale a pena a possíveis problemas nas articulações? Ninguém pensou nisso na Apple?

Mas calma, o rato tem algo ainda mais bizarro. Sim, vamos à solução encontrada pela Apple para passar de um Magic Mouse a pilhas para um Magic Mousa a bateria. A porta de carregamento.

A Apple localizou desconcertantemente a porta de carregamento na parte inferior do dispositivo. Isso significa que não se pode utilizá-lo e carregá-lo ao mesmo tempo e, em vez disso, é preciso colocá-lo de costas como um roedor que se faz de morto. Isso parece bastante apropriado, na verdade.

 

Rato "disco de hóquei" do iMac G3

Mesmo sendo a Apple a pioneira no que respeita ao aparecimento do rato, tal como o conhecemos hoje, a verdade é que a empresa deu alguns "tiros fora de mira". Se no exemplo em cima os falhanços não foram tanto no aspeto, mas mais na usabilidade, o exemplo que trazemos agora combina o mau gosto com o desacerto da engenharia.

Há coisa de 15 anos antes, a Apple lançou o iMac G3, um dos ícones da empresa e que mudou também o mundo da computação. Nesse pacote vinha um rato. Se a empresa de Cupertino no computador fez história, seguramente que do rato, do seu design... ninguém se lembra.

Com o nome técnico de Apple USB Mouse (M4848), também conhecido como Hockey puck mouse (rato de disco de hóquei), foi lançado pela primeira vez com o Bondi Blue iMac G3 em 1998 e incluído em todos os Macs desktop sucessivos nos dois anos seguintes. Fica na historia, contudo, por ter sido o primeiro rato da Apple lançado comercialmente a usar o formato de ligação USB e não o Apple Desktop Bus (ADB).

O seu aspeto redondo, era pouco apelativo. A sua forma arredondada falhava porque girava pela força do cabo, e esse mesmo cabo era curto. Com um só botão, o rato colecionava um conjunto de falhas que não lhe deu grande esperança média de vida e acabou por desaparecer sem mérito algum.

 

Macbook Touch Bar

Esta foi mais um "enorme" lançamento que falhou completamente. Tirando o aparecimento do botão Power com leitor biométrico, a barra não trouxe qualquer utilidade, bem pelo contrário, só retirou botões físicos que são muito mais úteis na utilização convencional.

Esta novidade apareceu quando a Apple lançou o MacBook Pro redesenhado em 2016. Este novo Mac trouxe um trunfo (ou dois, que um outro foi o teclado borboleta ) e na apresentação a Apple deu-lhe uma importância grandiosa. Basicamente estávamos a falar numa tira de ecrã sensível ao toque que proporcionaria atalhos úteis para aplicações específicas sempre que fosse necessário e permitiria até digitar rapidamente emojis em qualquer mensagem. Era tudo o que os utilizadores queriam!!!

O tempo parece ter dado razão aos críticos. As suas falhas tornaram-se aparentes ao longo do tempo. Embora algumas aplicações tivessem suporte integrado para a Touch Bar desde o início, muitas não o tinham, e a sua utilização era lenta. Não demorou muito até que a Touch Bar se sentisse como se estivesse estagnada e incapaz de estar à altura do seu potencial.

Apple acabou por reintroduzir uma chave de escape físico em iterações posteriores, mas a ausência de uma fila de funções adequada foi sentida com grande entusiasmo. A Apple corrigiu este erro quando deixou cair a Touch Bar em 2021.

 

1.ª Geração da Apple Pencil

Ao vermos com se carregava esta caneta, que tinha um porta "macho" Lightning, invade-nos a ideia que deveria ter sido o mesmo que desenhou a porta Lightning "fêmea" do Magic Mouse.

Não me interpretem mal, eu gosto da Apple Pencil, uso-a no meu dia a dia (a 2.ª versão) e tem uma qualidade impressionante, do ponto de vista da precisão. Aliás, mesmo a primeira geração tem uma firmeza de traço incrível. E com o iPad, traz-nos um conjunto de trabalho com poucos concorrentes neste mercado dos tablets.

Agora, não podemos deixar de olhar para a porta Lightning na sua extremidade superior. Para carregar o dispositivo, é necessário ligá-lo à porta Lightning do iPad (dos mais antigos, dado que os recentes são USB-C). Nesse momento, o iPad parecia que tinha uma cauda, ereta. Vá, parecia uma raia, com o chicote hirto.  Uma espécie de membro tecnológico bizarro.

Pior, este arranjo colocou a Apple Penci, num enorme risco de avaria. Se por azar fosse dado um toque no iPad enquanto a caneta carregava, a porta poderia avariar ou partir. Pode ter sido um dispositivo fino, mas o seu peculiar - e arriscado - método de carregamento era um desenho que tinha tudo para falhar.

Felizmente, a Apple mudou a forma de carregar a Apple Pencil na segunda geração.

 

A "lata de lixo" Mac Pro

Este foi um design arriscada. Recebeu logo o cognome de ‘trash can’ Mac Pro.

Quando o responsável de marketing da Apple, Phil Schiller, revelou o novo Mac Pro em 2013, ele proferiu uma das linhas mais infames da história de eventos de lançamento: "Can’t innovate anymore, my ass (em português"Já não se pode inovar, o tanas"). A ironia é que o desenho que ele revelou impediu realmente a Apple de inovar mais no futuro.Como vê, o Mac Pro 2013 (conhecido informalmente como o "caixote do lixo" Mac Pro) era um dispositivo bastante inteligente, com todos os seus componentes concebidos à volta de uma câmara de arrefecimento cilíndrica. Foi uma maravilha de engenharia e altamente proprietário. Mas o problema com os desenhos proprietários é que são muito difíceis de atualizar no futuro.

A Apple admitiu-o em 2017, quando um Schiller, incaracteristicamente cândido, disse que o Mac Pro estava "limitado termicamente", o que "restringiu a nossa capacidade de o atualizar". Como resultado, o Mac Pro de 2019 era muito mais modular. O modelo de 2013, entretanto, é um grande exemplo de como um desenho que não foi bem pensado, pode, a curto prazo, levar a dores de cabeça a longo prazo.

 

AirPods Max Smart Case

Este é um hino ao que não se deve fazer. Então uns auscultadores premium, com detalhes de construção fantásticos, uma qualidade de som superior, um preço na casa dos 600 euros... e vem com um saco destes?

O "estojo inteligente" dos AirPods Max pode ser o produto com o nome mais irónico que a Apple alguma vez lançou. Isto porque mal é um estojo, e definitivamente não é uma escolha inteligente. Repare, quando colocamos os AirPods Max dentro da case, eles ficam expostos e logo com a pior parte, as conchas de alumínio.

Bom, não é nada uma mala de mão, não têm nada a ver com as formas de um sutiã. É uma proteção, mal conseguida, mas que dá informação aos auscultadores que estão guardados e que devem ficar em modo desligado, hibernbado à espera que sejam de novo solicitados. COm isto a bateria dos mesmos é poupada.

Se não usar este estojo, provavelmente vai ver os seus AirPods Max a ficar sem bateria num instante. O que é aborrecido e não faz grande sentido., mas, lá está, a Apple parece que quer, de quando em vez, alimentar a caderneta de falhanços.

 

The Newton MessagePad

Apesar de estarmos a falar do avó dos smartphones e dos tablets (eventualmente também dos PDAs e dos Palmtop), este dispositivo da Apple não singrou.

Olhando para trás, e o iPad tem sido um enorme sucesso para a Apple, mas não existiria se não fosse o Newton MessagePad, este assistente pessoal digital portátil (PDA) lançado em 1993, foi flagelado com problemas quase desde o início.

O MessagePad - e talvez o mundo - simplesmente não estava pronto para este lançamento. O seu software de reconhecimento da caligrafia era tão impreciso que até foi ridicularizado no The Simpsons, mas o dispositivo ainda foi empurrado para fora antes do tempo, talvez porque era o projeto de estimação do então CEO da Apple, John Sculley.Em última análise, o Newton foi uma grande ideia mal concebida. Quando Steve Jobs regressou à Apple no final da década de 1990, ele encabeçou toda a divisão de Newton da empresa. No entanto, com tecnologia mais madura e alguns ajustes de design (incluindo deixar cair o lápis), a ideia do MessagePad continuou a viver sob a forma do iPad e também muito para o iPhone.

Portanto, estes são alsguns dos icónicos falhanços da Apple que ainda hoje fazem parte da história não só da empresa como do mundo da tecnologia. São também vistos, alguns, como exemplos que ajudaram a chegar a produtos com ótimo design e usabilidade sem precedentes. Cada falhanço pode ser um degrau para melhorar.


Fonte: Pplware