18 de mai. de 2021

Apple lançou iOS 14.6 RC, watchOS 7.5 RC, Big Sur 11.4 RC, entre outros

 Ao contrário do que aconteceu com o iOS 14.5, a nova versão iOS 14.6 teve apenas 3 versões beta e já foi lançada a versão final para os programadores. Assim, há algumas horas, a Apple entregou a versão Release Candidate das suas versões dos sistemas operativos. Portanto, se tem acesso a estas versões, pode já instalar o iOS 14.6 RC, watchOS 7.5 RC, Big Sur 11.4 RC, tvOS 14.6 RC e HomePod 14.6.

Nesta versão, além da correção de bugs, a Apple traz o suporte para Apple Music Lowless, Áudio Espacial e suporte para Dolby Atmos.

Imagem dispositivos Apple com iOS 14.6 assim como outros sistemas operativos

A Apple deverá muito em breve (provavelmente já na próxima segunda-feira) lançar para o público em geral o iOS 14.6. Para já, a empresa disponibilizou aos programadores uma versão final RC.

São poucas novidades de fundo, mas há sobretudo várias correções de bugs e a preparação para o Apple Music HiFi que a marca vai lançar para todos os assinantes da plataforma sem que haja um aumento do preço.

Imagem iPhone 12 Pro com iOS 14.6 RC

 

O que há de novo no iOS 14.6?

Apple Card Família

  • Apple Card pode ser partilhado até cinco pessoas, incluindo qualquer pessoa com 13 anos de idade ou mais no seu grupo de Partilha Familiar
  • Apple Card Family adiciona apoio às famílias para acompanhar as despesas, gerir as despesas com limites e controlos opcionais, e criar crédito em conjunto

Podcasts

  •  Apoio à assinatura de canais e espetáculos individuais

AirTag e Encontrar o Meu

  • Opção de modo perdido para adicionar um endereço de e-mail em vez de um número de telefone para o AirTag e acessórios da Rede Encontrar
  • O AirTag mostrará o número de telefone parcialmente mascarado do proprietário quando estiver sob escuta com um dispositivo com capacidade NFC

Acessibilidade

  • Os utilizadores do Voice Control podem desbloquear o seu iPhone pela primeira vez após um reinício utilizando apenas a sua voz

Esta versão também resolve:

  • Desbloqueio com o Apple Watch pode não funcionar após a utilização do iPhone Lock no Apple Watch
  • Lembretes podem aparecer como linhas em branco
  • As extensões de bloqueio de chamadas podem não aparecer nas Definições
  • Os dispositivos Bluetooth podem por vezes desligar-se ou enviar áudio para um dispositivo diferente durante uma chamada ativa
  • O iPhone pode ter um desempenho reduzido durante o arranque

 

O que há de novo no watchOS 7.5 RC?

  • Acesso ao conteúdo da subscrição na aplicação Podcasts
  • O Apple Card permite aos membros acompanhar as despesas, gerir os gastos e criar crédito juntamente com um grupo de Partilha Familiar
  • Apoio para a aplicação ECG no Apple Watch Series 4 ou posterior na Malásia e Peru
  • Apoio a notificações de ritmo cardíaco irregular na Malásia e no Peru

 

O que há de novo no Big Sur 11.4 RC?

Podcasts

  • As assinaturas do Apple Podcasts estão disponíveis para compra através de assinaturas mensais e anuais
  • Os canais agrupam coleções de espetáculos de criadores de podcasts

Esta versão também resolve:

  • Os favoritos no Safari podem ser reordenados ou movidos para uma pasta que pode aparecer oculta
  • Alguns sites podem não ser exibidos corretamente após o seu Mac acordar da pausa
  • Não podem ser incluídas palavras-chave ao exportar uma fotografia a partir da aplicação Fotos
  • A pré-visualização pode ficar sem resposta ao pesquisar documentos PDF
  • MacBook de 16 polegadas pode ficar sem resposta ao jogar Civilização VI

 

O que há de novo no tvOS 14.6 RC e HomePod 14.6 RC?

Tanto o tvOS 14.6 quanto o HomePod 14.6 oferecem correções de bugs. Com o anúncio de hoje do Apple Music Lossless, o tvOS 14.6 e o ​​HomePod 14.6 serão capazes de oferecer suporte a áudio de alta qualidade quando o serviço for lançado em junho.

HomePod 14.6 é a segunda atualização da coluna inteligente da Apple recebida após ter sido descontinuado há dois meses.

Fonte: Pplware.

Análise Apple AirTag: o melhor localizador de objetos para o iPhone

 A Apple deixou algumas pistas no passado que indicavam que iria lançar um dispositivo de localização e que o nome eventualmente seria AirTag. No fundo, seria um localizador como tantos outros que já existiam no mercado. Aliás, nós por cá já havíamos falado no Tile, na Lapa e noutros do mesmo naipe. Contudo, a Apple tinha e tem um trunfo para que esta nova rede de localizadores tenha algo mais a oferecer. Depois de termos testado durante algum tempo, esta é a nossa apreciação sobre os AirTags da Apple.

De forma simples, podemos dizer que os AirTags são muito fáceis de configurar e localizam com precisão os objetos perdidos.

Imagem AirTags da Apple

A Apple no passado recente desvendou o seu chip U1 e com ele uma série de novas funcionalidades relacionadas com a localização.

Um produto que foi anexado ao leque de dispositivos com esta tecnologia foi o AirTag. Estas etiquetas localizadoras trazem vários chips, entre eles o U1.

 

O AirTag muda o paradigma dos dispositivos de localização

O Apple AirTag é um dispositivo que veio para ajudar todos aqueles que se esquecem dos objetos, que os perdem, e que necessitam de ajuda para os localizar. Portanto, há um número vasto de possíveis utilizadores interessados. Assim, a Apple criou um localizador com uma estrutura maior que suporta este e outros dispositivos agregados a tecnologias que fazem parte da Rede Find My (em português de Portugal, a rede Encontrar).

Voltando um pouco atrás, no ano de 2010 a empresa de Cupertino criou uma plataforma que se chamava Find my iPhone. Neste sistema, tinha um serviço de monitorização dos seus dispositivos, como o iPhone e iPad (mais tarde acrescentou o Mac na rede Find My Mac).

Imagem iPhone 4S com Find my iPhone

App Find my iPhone (Encontrar iPhone) que antecedeu o sistema que hoje está em funcionamento

Na base desta plataforma estava a aplicação Find my iPhone que ao longo dos anos se estendeu a vários dispositivos iOS, computadores Mac, Apple Watch, e AirPods. A par desta plataforma, a Apple tinha o Find my Friends. Em 2019, fundiu a plataforma Find My iPhone com a Find My Friends no iOS 13 e iPadOS 13.

Então, nessa altura, a plataforma foi rebatizada e nasceu a plataforma Find My (Encontrar, em português de Portugal).

Este foi o caminho para o aparecimento da Rede Encontrar. Esta rede integra agora a localização de Pessoas, de Dispositivos e de Objetos.

 

App Encontrar é a base da Rede Encontrar

Na localização de Pessoas está compreendida a partilha da localização permitida por utilizadores que queiram permanentemente ou temporariamente disponibilizá-la. Por exemplo, os membros da família podem estar neste grupo onde todos sabem a localização de todos (quando estes usam o iPhone ou iPad com o recurso ativo).

No caso da categoria Dispositivos, continuam a fazer parte a localização dos aparelhos Apple, como o iPhone, o iPhone, Apple Watch, Macs e AirPods.

Já no caso dos Objetos, local onde foram implementadas as maiores novidades, após o lançamento dos AirTags podemos encontrar estas etiquetas localizadoras (com os objetos a elas agarrados) e podemos adicionar outros objetos suportados.

Ora, é neste último que a Rede Encontrar se expande para fora do âmbito Apple. Isto é, agora objetos de terceiros podem incluir a tecnologia de localização Apple (fazer parte da Rede Find My) e a possibilidade de serem localizados com o sistema da empresa de Cupertino.

Há, por agora, dois exemplos populares, que são as concorrentes dos AirTags: o Chipolo ONE Spot e as bicicletas elétricas VanMoof S3 e X3.

 

Mas qual é o trunfo desta Rede Encontrar?

O sistema é fácil de explicar. Se tivermos um objeto com um AirTag preso, e o perdermos, vamos à app Encontrar e, nesse AirTag, ativamos o Modo perdido. A partir deste momento, milhões de iPhones no planeta estão aptos a enviar informações anónimas para a rede Encontrar sempre que se cruzarem com a AirTag.

Este é o principio de qualquer sistema que use as etiquetas localizadores. Mas, noutros casos, como, por exemplo, no Tile, só os utilizadores que têm a app instalada no smartphone é que estão aptos a dar informações ao proprietário do objeto perdido. Nesta rede da Apple são milhões de iPhones.

Vários dispositivos de localização que usam sistemas idênticos e outros que usam plataformas mais evoluídas.

Se uma pessoa com um iPhone passar ao lado do objeto perdido com um AirTag, sem essa pessoa sequer desconfiar, o seu iPhone enviará, de forma totalmente anónima, dados que identificam o AirTag e a sua localização.

Mas atenção, somente o proprietário desse AirTag saberá que foi detetado e está no sítio referido pelas tais coordenadas partilhadas anonimamente.

Mas há ainda outra situação. Se alguém encontrar uma mochila, por exemplo, que tenha um Airtag agarrado, a pessoa poderá “ler” informação disponibilizada pelo proprietário usando NFC. Isto é, sendo um Android ou um iPhone, basta aproximar o AirTag à traseira do smartphone e poderá ser apresentado um endereço.

Ao clicar nele, o utilizador irá receber uma página onde é possível ler a tal mensagem (que pode ser um número de telefone) e informação da Apple sobre o que foi descoberto.

Imagem AirTag com smartphone Android

 

Conhecer melhor os AirTags

O AirTag tem um formato redondo, pouco maior que uma moeda de dois euros e traz uma parte plástica (invólucro) e uma parte metálica (a tampa) que traz o logotipo da Apple e as inscrições normais de criação e fabrico. Na parte da cápsula em si, vem a placa eletrónica com as diversas tecnologias, como o chip U1 para UWB ou o BLE (Bluetooth Low Energie, ou Bluetooth de baixo consumo) e a fonte de alimentação que é uma pilha tipo botão, uma CR2032.

Esta pilha é fácil de substituir. Retirando a tapa do AirTag, facilmente se troca a bateria gasta por uma nova.

Vida útil da bateria: O AirTag usa uma bateria de célula tipo moeda CR2032 padrão, que, segundo a Apple, dura mais de um ano. Claro que a Apple poderia ter escolhido uma bateria recarregável. Contudo, o tamanho do localizador seria seguramente maior… ou teria uma durabilidade muito inferior.

A Apple vende este dispositivo individualmente no seu site por 35 euros, ou num pacote de 4 unidades ao preço de 119 euros. Na encomenda, o utilizador pode gravar umas inscrição na parte traseira do dispositivos.

Depois de adquirido e recebido o AirTag, este vem numa caixa ao estilo do que a Apple nos habituou, onde aparece o dispositivo e folhetos informativos de utilização. Existe uma banda plástica a revestir o Airtag, que faz o corte de energia entre a pilha e a eletrónica.

Removida esta banda plástica, automaticamente o dispositivo dá sinal de vida e o iPhone mais perto recebe indicação do acordar do AirTag. A partir daqui, segue-se a configuração do dispositivo com a inclusão do mesmo dentro do ID Apple do utilizador.

É importante frisar que cada ID Apple pode no máxima emparelhar 16 AirTags.

 

Como emparelhar o AirTag ao ID Apple

Quando o iPhone deteta a presenta do AirTag, ele dispara uma janela de identificação do objeto detetado e parte para o emparelhamento do mesmo. Nessa altura, a Apple solicita que seja atribuído um nome AirTag, que seja registado num ID Apple e que seja associado a um número de telefone.

Com o dispositivo já dentro do nosso ID Apple, podemos ter acesso a várias ações de localização através da aplicação Encontrar e podemos mesmo ter acesso ao dispositivo “perdido” com uma nova funcionalidade chamada Localização exata.

 

Desempenho

Como outros localizadores de chaves e localizadores de objetos, o AirTag oferece conectividade Bluetooth para localização por proximidade. No entanto, este gadget da Apple vai um passo além com banda ultra larga (UWB). Assim, se o utilizador possuir um iPhone 11 ou iPhone 12 , ambos com chip U1, poderá usar o recurso Localização exata do AirTag.

Com esta nova funcionalidade, que é uma espécie de bússola digital, o iPhone usa a UWB para determinar a distância e direção do objeto perdido. Depois, analisa o caminho até ao destino recorrendo à câmara do seu telefone, ARKit, acelerómetro e giroscópio.

Quando se juntam todos estes recursos, o utilizador obtém pistas visuais, táteis e de áudio para direcioná-lo ao seu objeto perdido.

A Apple afirma que o AirTag oferece um alcance de cerca de 10 metros, mas isso dependerá de muitos outros fatores.

É interessante notar que, conforme me aproximava do AirTag, a seta mexia-se para apontar na direção correta e o iPhone vibrava. Como a mochila estava escondida debaixo de algumas outras coisas, para tentar descobrir acionei a opção Reproduzir som. O som não é tão alto como outras tags que testamos, mas ajudou a mostrar com certeza onde se encontrava a mochila perdida.

Este sistema funciona relativamente bem. Contudo, temos de ter alguma paciência para deixar o sistema analisar o ambiente ao seu redor e detetar o Airtag.

Ilustração do uso da Airtag para stalking

 

Privacidade e perseguição (stalking)

Como é fácil de perceber, com esta capacidade de localização “quase em tempo real”, a tecnologia poderá ser usada para vigiar e/ou perseguir alguém colocando um Airtag num qualquer objeto de uso corrente. No entanto, a Apple pensou nisso e desenvolveu uma série de salvaguardas no AirTag para proteger a privacidade de terceiros e evitar a vigilância e perseguição (stalking). Não obstante ao que foi feito, na nossa opinião é ainda uma área na qual a Apple poderá melhorar.

Em termos de privacidade do proprietário do AirTag, a Apple desenvolveu um sistema capaz. Por exemplo, só o utilizador pode ver onde o seu AirTag está e os seus dados de localização e histórico nunca são armazenados no AirTag. A Apple também diz que todos os dados de localização são criptografados e que não sabe a localização do seu AirTag.

Para desencorajar a localização de pessoas, o nosso iPhone pode notificar-nos se um AirTag (que não o nosso) está durante um tempo determinado a “viajar” connosco. Como medida cautelar, ao ser detetado, a “vítima” pode obter instruções sobre como desativá-lo.

Um AirTag que está separado do seu proprietário por um período de tempo não especificado começará a reproduzir um som quando for movido, alertando as pessoas ao redor da sua presença. Infelizmente, a Apple não especifica quanto tempo leva para receber esse alerta de segurança, o que é preocupante. Além disso, assim que chegar a casa, a pessoa “vigiada” também receberá um alerta de segurança, caso um AirTag não registado para essa pessoa seja detectado.

Há outros cenários em que o AirTag se anuncia quando está num modo fora do enquadramento “legal”. Até um Android tem a possibilidade de receber um alerta da presença de um AirTag “estranho”, mas há ainda alguns parâmetros que necessitam de mais tempo para se entender. Observe que o utilizador só receberá um alerta se estiver a executar no seu iPhone o iOS 14.5 ou superior.

Em resumo, estamos a falar de um dispositivo que, pela quantidade de iPhones no planeta, se tornará no localizador com a maior comunidade. Tem pontos que pode melhorar, como o aspeto, e poderia ser útil fazer um ping no AirTag para o iPhone, como outras marcas disponibilizam.

Por fim, e tendo em conta o tamanho da rede e a localização tão expedita, a Apple terá de trabalhar mais o aspeto da privacidade.

Apple AirTagFonte: Pplware.