O consumidor tem direitos que são complicados de conjugar com a evolução das tecnologias e com as vontades das empresas, proprietárias dessas tecnologias. A Apple, por exemplo, tem uma política que prevê a evolução das capacidades dos seus dispositivos até determinados anos. Depois, os mesmos podem perder faculdades face aos seus sucessores. A lei é que nem sempre está em concordância com a política da Apple. Como tal, numa contenta judicial com os proprietários do iPhone 4, a empresa de Cupertino concordou pagar 18 milhões de dólares pelo facto de o FaceTime ter sido “desligado”.
Os dispositivos que não conseguiram ser atualizados com a versão iOS 7 ficaram impedidos de usar o FaceTime.
Patente de terceiros faz a Apple deixar cair FaceTime nos iPhones antigos
Quando a Apple lançou o iOS 7, em 2013, a empresa mudou a forma como o FaceTime opera. Nessa altura, por imposições de propriedade intelectual, a empresa alterou o serviço para um novo padrão peer-to-peer que não infringia as patentes de uma empresa chamada VirnetX. A mudança permitiu à Apple, como costuma fazer, ser proprietária de toda a experiência. A mudança, entretanto, “desativou” o FaceTime para dispositivos que não conseguiram atualizar para o iOS 7.
Contudo, a empresa parece estar disposta a pagar um acordo de 18 milhões de dólares numa ação judicial na Califórnia para ultrapassar o assunto. De acordo com informações disponibilizadas, 90% dos membros da ação coletiva envolvidos no caso receberão uma indemnização. A firma de advocacia que trata do caso receberá 30% do acordo, com 7500 dólares a ir para os queixosos originais e cerca de 3 dólares a cada membro da ação coletiva.
Aqueles que recebem indenização são aparentemente definidos como aqueles que possuem um iPhone 4 ou 4S com iOS 6 ou instalado anteriormente no seu aparelho.
Às portas do iOS 14, os utilizadores do ecossistema Apple ainda exigem suporte em dispositivos com mais de 6 anos. O iPhone 4 e iPhone 4S ainda têm um mercado significativo de utilizadores.
Fonte: Pplware.