Em carta aberta enviada ao CEO da Apple Tim Cook na sexta-feira (25), a Ucrânia pediu à empresa que interrompa a venda de produtos e o fornecimento de serviços na Rússia, incluindo um bloqueio à App Store, como resposta à invasão do país. O documento foi assinado pelo vice-primeiro-ministro ucraniano Mykhailo Fedorov.
“Apelo a você e tenho certeza de que você não apenas ouvirá, mas também fará todo o possível para proteger a Ucrânia, a Europa e, finalmente, todo o mundo democrático de uma agressão autoritária sangrenta — para parar de fornecer serviços e produtos da Apple para a Federação Russa”, escreveu Fedorov. A carta, publicada no Twitter, tem mais de 7,5 mil curtidas até o momento.
No texto, o representante do governo ucraniano cita ataques a bairros residenciais do país, jardins de infância e hospitais, feitos pelos russos, além de comentar as consequências que um possível bloqueio teria. “Temos certeza de que tais ações motivarão a juventude e a população ativa da Rússia a interromper proativamente a vergonhosa agressão militar”, finalizou.
A gigante de Cupertino, que recentemente abriu um escritório na Rússia, cumprindo as exigências do governo para permanecer no país, ainda não respondeu ao pedido de Fedorov. Mas, no mesmo dia da divulgação da carta, Cook publicou um tweet afirmando estar “extremamente preocupado” e que a sua empresa apoia a ajuda humanitária local.
Restrições já afetam o Apple Pay
Sanções aplicadas pelos Estados Unidos e a União Europeia à Rússia, por conta da invasão ao território ucraniano, já afetaram pelo menos um dos serviços da big tech. Trata-se do Apple Pay, que substitui os cartões físicos e dinheiro nos pagamentos por aproximação e em compras online.
Como os cinco principais bancos russos estão proibidos de processar pagamentos com instituições estrangeiras, usuários da carteira digital da Maçã no país que são clientes das instituições afetadas não conseguem finalizar as transações. O bloqueio também atingiu o Google Pay.
Fonte: Tecmundo.