21 de jun. de 2021

Regulador da concorrência da Alemanha levanta processo antitrust à Apple

 O regulador alemão para a concorrência, Bundeskartellamt (Federal Cartel Office), levantou um processo antitrust contra a Apple. O foco principal está na App Store, mas a entidade da concorrência também está a examinar o impacto mais amplo do ecossistema da Apple, como as aplicações pré-instaladas e o tratamento de serviços que competem com a Apple (como o Spotify).

A Apple é o quarto gigante da tecnologia a ser investigado desde que uma nova lei antitrust entrou em vigor em janeiro.

Ilustração Apple Alemanha processo antitrust

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Bundeskartellamt: regulador da concorrência alemão tem a Apple na mira

Os gigantes da tecnologia estão debaixo de fogo dos reguladores da concorrência na Europa. O caso mais recente tem como intervenientes o regulador alemão para a concorrência, o Bundeskartellamt, e a Apple. Segundo este organismo, em janeiro de 2021, entrou em vigor a 10.ª emenda à Lei da Concorrência Alemã (Lei de Digitalização GWB).

Como tal, uma nova disposição (Secção 19a GWB) permite que a autoridade intervenha mais cedo e de forma mais eficaz, em particular contra as práticas das grandes empresas digitais. Num procedimento de duas etapas, o Bundeskartellamt pode proibir empresas que são de importância primordial para a concorrência entre os mercados de se envolverem em práticas anticompetitivas.

Aliás, a Apple não é a primeira gigante debaixo de fogo, anteriormente o regulador já abriu investigações ao FacebookAmazon e Google.

 

União Europeia também está de olho na Apple

A entidade reguladora germânica referiu que iria entrar em contacto com a investigação paralela da Comissão Europeia sobre algumas das mesmas questões – em particular, reclamações sobre a gestão feita pela Apple na sua App Store.

Com base neste primeiro procedimento, o Bundeskartellamt pretende avaliar com mais detalhes as práticas específicas da Apple num possível procedimento posterior. A este respeito, a autoridade tem recebido várias reclamações relacionadas com práticas potencialmente anticoncorrenciais.

Estes incluem, entre outros, uma reclamação de associação da indústria de publicidade e multimédia contra a Apple restringindo o seguimento dos utilizadores com a introdução do seu sistema operativo iOS 14.5 e uma reclamação contra a pré-instalação exclusiva de aplicações da própria empresa possível com um tipo de auto-preferência proibida ao abrigo da Secção 19a GWB.

Os programadores de aplicações também criticam o uso obrigatório do próprio sistema de compra na aplicação (in app) da Apple e a taxa de comissão de 30% associada a isso. Neste contexto, as restrições de marketing para programadores de aplicações na App Store da Apple também são abordadas.

A última reclamação tem muito em comum com o processo em andamento da Comissão Europeia contra a Apple por esta impor restrições ao serviço de streaming Spotify e, portanto, preferir os seus próprios serviços. Sempre que necessário, o Bundeskartellamt estabelecerá contactos com a Comissão Europeia e outras autoridades da concorrência a este respeito.

 

EUA e UE: Antitrust é um assunto de dois gumes

Estas ações mostram e realçam novamente uma diferença fundamental entre a lei antitrust dos EUA e a europeia. Nos EUA, geralmente é o governo que tem de provar que os consumidores foram prejudicados por comportamentos anticoncorrenciais.

Na Europa, os governos têm o poder de agir quando o comportamento anticoncorrencial é provado, e existe potencial para os consumidores serem prejudicados no futuro. Os procedimentos antitrust alemães baseiam-se nesta abordagem, e procuram evitar que os consumidores sejam prejudicados antes que isso aconteça.

Depois da autoridade da concorrência francesa ter multado a Google em 220 milhões de eurospor abuso da sua posição dominante, parece que outras empresas estão também na mira dos reguladores. Apesar dos esforços destas entidades, estes processos podem levar anos até que haja uma conclusão.

Fonte: Pplware.

20 de jun. de 2021

iPhone 14 será o primeiro a trazer um chip de 3nm da TSMC

 Atualmente a Apple é a maior cliente da TSMC no que respeita à produção de chips feitos num processo de 5nm. Mas a taiwanesa está um passo à frente das rivais e já deu início também aos trabalhos da litografia de 3nm e às pesquisas para os 2nm e 1nm.

No entanto, segundo as mais recentes informações, a TSMC já fechou um novo acordo com a marca da maçã. E o iPhone 14 será o primeiro a receber um chip com uma litografia de 3nm.

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A Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC) é das mais poderosas fabricantes de chips do mundo. E, atualmente, tem em mãos a produção de componentes para as mais importantes marcas e produtos do mercado.

A Apple é uma das grandes clientes da fabricante taiwanesa, detendo grande grande parte das encomendas da litografia de 5 nm para integrar nos chips do atual iPhone 12. Além disso, a TSMC já iniciou a produção dos chips que virão com o próximo iPhone 13, os quais se estima serem de 4nm.

E a marca da maçã parece estar bastante satisfeita com esta parceria, pois tudo indica que o trabalho conjunto irá manter-se a longo prazo.

iPhone 14 será o primeiro a trazer chip de 3nm

Atualmente já muito se fala sobre o processo de fabrico de 3nm. E, perto do final de 2020, noticiámos que a Apple já havia reservado para si a primeira encomenda de chips desta litografia à TSMC.

Mas segundo as últimas informações, a linha iPhone 14 será a primeira do mercado a trazer consigo chips de 3nm. As informações foram avançadas por pessoas com acesso aos planos da fabricante, tendo confirmado que o chip A16 Bionic será produzido com esta litografia avançada.

Contudo, ainda vai demorar até que este equipamento chegue às mãos dos consumidores: Isto porque, tal como esperado, o iPhone 14 só deverá chegar em 2022.

Tal como já aqui foi revelado, os chips de 3nm da TSMC são 15% mais rápidos do que os atuais de 5nm.

Fonte: Pplware.

O Wi-Fi do seu iPhone poderá estourar depois de se juntar a este hotspot

Surgiu um bug curioso que estoura com o Wi-Fi do iPhone depois deste se tentar ligar a um hotspot com um SSID específico. Quando é ativada a ligação o iPhone fica impossibilitado de se ligar a uma rede Wi-Fi.

O problema é que, mesmo depois de reiniciar o iPhone, o utilizador não conseguirá ligar o WiFi. Mas o bug não acontece em todos!

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Este bug poderá ser explorado por pessoas mal intencionadas dando o nome ao hotspot para Wi-Fi gratuito o que irá criar problemas aos utilizadores com iPhone.

 

Código no nome do hotspot estoura o seu iPhone

A história é contada de forma simples. Esta semana, Carl Schou, especialista em engenharia reversa, deparou-se com um problema quando se ligou ao seu hotspot Wi-Fi pessoal chamado:

%p%s%s%s%s%n

Isto é, ele deu este nome à sua ligação WiFi (SSID) e tentou ligar a essa “internet Wi-Fi” o seu iPhone. Logo que se ligou o Wi-Fi do smartphone desligou-se, e sempre que tentava ativar novamente, este desligava-se rapidamente, mesmo que ele reiniciasse o dispositivo ou desse um nome diferente ao hotspot:

Depois de renomear o meu Wi-Fi pessoal com o SSID ‘%p%s%s%s%s%n’, o meu iPhone desativou permanentemente a sua funcionalidade WiFi. Nem o reiniciar, nem a alteração do SSID o corrige.

Tweeted Schou.

O engenheiro estava a usar um iPhone XS com a versão iOS 14.4.2 instalada.

 

O problema ainda não está resolvido

Segundo o que foi testado, a versão iOS 14.6 continua a mostrar que a funcionalidade Wi-Fi do iPhone é desativada após a ligação com a rede sem fio, batizada com este tal nome estranho.

Quando se coloca este nome na ligação Wi-Fi, a opção de ativar ou desativar o Wi-Fi no iPhone começa a funcionar de forma errática. Mas acaba por não deixar o sistema funcionar corretamente.

Nalguns iPhones nem era possível fazer a ligação a esse nome e noutros aparecia o comportamento descrito por Schou, onde a configuração de Wi-Fi do iPhones seria desativada e não se conseguia ligar novamente, conforme mostrado abaixo:

A única maneira de resolver o problema e restabelecer o acesso ao Wi-Fi do iPhone é restaurar as configurações de rede do iPhone.

 

Problema parece resolvido no iOS 14.7 beta e iOs 15 beta

Metemos mão na massa e testamos nós este bug. Configuramos no nosso router o SSID em causa e colocamos à prova vários iPhones. Um com iOS 14.6, um com iOS 14.7 beta 3 e iOS 15 beta.

No caso do iPhone 12 Pro Max com iOS 14.6, o problema foi tal e qual o explicado. Depois do iPhone se ligar ao SSID estranho, o Wi-Fi desligou e nada o fez voltar. Solução: repor definições de rede.

Usamos então um iPhone SE 2020 com a versão iOS 14.5 e nada aconteceu assim como com o iOS 14.7 beta 3 e o mesmo com iOS 15 beta.

A mensagem em todos estes últimos foi “Não foi possível aceder a %p%s%s%s%s%n“. Portanto, presumimos que há um bug, mas que não atinge todas as versões e nas mais recentes, ainda em versão beta, isto já não acontece.

 

Como repor as definições de rede

Visto que depois do iPhone cair neste loop sem permitir que o Wi-Fi funcione corretamente, a única solução é repor as definições de rede.

Assim, vamos a Definições > Geral > Repor e depois escolher a opção Repor as definições de rede. Depois o iPhone irá restaurar as definições de fábrica apenas para as ligações, não será feito qualquer restauro que leve a perder dados guardados no iPhone.

Depois de reposto, tudo fica direito e volta a ter acesso às opções Wi-Fi. Contudo, se alguma vez vir este SSID (nome de ligação a uma rede Wi-Fi) nunca se ligue.

 

Também acontece no Android?

Não, Segundo alguns testes este bug não parece afetar o sistema operativo da Google.

 

Provável vulnerabilidade de formatação de string

Outros investigadores de segurança que viram o tweet de Schou acreditam saber o problema.

Quando uma string com sinais “%” existe em nomes de pontos de acesso Wi-Fi, o iOS pode estar a interpretar de forma errada as letras após “%” como especificadores de formato de string, quando não o são.

Fonte: Pplware. 

Android tem cerca de 47 vezes mais malware do que o iOS, segundo Tim Cook

 No mundo da tecnologia vai sempre haver marcas que são rivais umas das outras. E um bom exemplo dessa rivalidade são os sistemas Android e iOS. Como tal, os fãs de ambos os sistemas operativos móveis aguardam sempre por notícias que favoreçam a sua marca.

As notícias recentes dão agora uma vantagem ao sistema da Apple. Segundo declarações do CEO Tim Cook, existe 47 vezes mais malware no sistema Android do que no iOS.

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Há 47 vezes mais malware no Android do que no iOS

De acordo com as informações, Tim Cook, CEO da Apple, falou recentemente numa entrevista virtual na conferência VivaTech ao canal Brut India. E o dono da marca da maçã referiu que o número de malware para o sistema Android é cerca de 47 vezes superior ao que existe para iOS.

Segundo o que foi revelado, Cook adiantou que:

Durante décadas, temo-nos concentrado em proteger a privacidade dos utilizadores da Apple. Steve Jobs uma vez disse que a privacidade é explicar aos utilizadores que estes estão a assinar documentos em linguagem simples e obter a permissão dos utilizadores. Essa permissão deve ser solicitada repetidamente e temos trabalhado muito para conseguir isso.

O CEO terá também sublinhado que a Apple apenas tem uma “App Store” e que todas as apps passam por um rigoroso escrutínio antes de ficarem disponíveis em loja. Por outro lado lembra que o Android conta com várias lojas.

Veja a entrevista na íntegra:

Foi ainda abordado o assunto da Inteligência Artificial e Realidade Aumentada, onde Tim Cook adiantou que a Apple pretende lançar um equipamento RA dentro de um ou dois anos.

Tim Cook já havia também deixado clara a sua posição sobre a regulamentação da UE da lei dos Mercados Digitais. Para o CEO, esta regulamentação irá destruir a segurança do iPhone e muitas das iniciativas de privacidade que foram criadas na App Store.

Fonte: Pplware.