O mercado global de smartphones pode estar de rastos, mas o iPhone 13 continua a vender bem, e a Apple espera que o seu próximo iPhone 14 faça ainda melhor. As expectativas ligeiramente superiores da Apple para o próximo iPhone sublinham uma crença crescente entre os analistas de Wall Street de que as vendas da empresa Cupertino são suscetíveis de se aguentarem melhor do que a indústria mais ampla de smartphones se as grandes economias entrarem em recessão.
O iPhone para muitos é o primeiro dispositivo do ecossistema Apple, depois o Apple Watch, AirPods e toda uma gama de iPads e Macs.
Apple vende bem mesmo com o mercado a cair
A Apple, que reporta os seus lucros do terceiro trimestre fiscal a 28 de julho, transmitiu as suas expectativas aos fornecedores naquilo que são as previsões iniciais, à medida que realiza a produção experimental do iPhone 14. Estas informações, partilhadas por fontes com conhecimento direto do assunto, foram publicadas pela Reuters.
Com a Apple posicionada no extremo superior do mercado, os analistas acreditam que a inflação em itens essenciais como alimentos e combustíveis tem um menor impacto na sua base de utilizadores com mais disponibilidade financeira. Quem o refere são os analistas da indústria, tais como o presidente da Fubon Securities Investment Services Co, Charles Hsiao. Estes especialistas acreditam que a procura de produtos eletrónicos de consumo irá abrandar globalmente este ano e no próximo.
A pandemia na China ainda afeta o mercado dos smartphones
Uma desaceleração económica na China já deu um enorme abanão ao mercado dos smartphones. As vendas globais caíram 10%, face ao mesmo período do ano anterior. Segundo a Counterpoint Research, em maio passado venderam-se 96 milhões de unidades. É apenas a segunda vez em quase uma década que o número mensal desceu abaixo dos 100 milhões de dispositivos, disse a empresa.
Contudo, duas fontes da cadeia de fornecedores da Apple para o produto iPhone, com conhecimento direto do assunto, revelaram que as vendas do iPhone continuam com excelentes números neste mês de julho, apesar dos sinais de arrefecimento da procura do mercado para outros fabricantes.
Outras informações revelam que os envios de julho para o iPhone 13, numa das principais fábricas de produção, foram um terço superiores aos de julho do ano passado.
Este padrão foi especialmente invulgar porque as vendas dos atuais modelos do iPhone tendem a abrandar em julho e agosto à medida que os consumidores aguardam novos modelos que a Apple tradicionalmente lança em setembro.
Consumidores chineses foram importantes no aumento de vendas da Apple
O iPhone continuou a vender bastante tarde no seu ciclo, em parte porque "a procura da China recuperou acentuadamente após o fim dos confinamentos e o iPhone foi um beneficiário" de um feriado de compras de junho na China, escreveu o analista da Cowen Krish Sankar numa nota aos clientes.
De acordo com o seu calendário anual, a Apple iniciou a produção experimental do sucessor do iPhone 13 com o objetivo de aumentar a produção em massa em agosto para que os dispositivos possam começar a ser enviados no outono. A previsão inicial de expedição que a Apple deu aos fornecedores é "ligeiramente superior" à do iPhone 13 há um ano, disse a segunda fonte.
Para o recém-encerrado terceiro trimestre fiscal, alguns analistas de Wall Street estão a preparar-se para um ligeiro declínio nos envios do iPhone 13, mesmo que os volumes sejam mais elevados em algumas fábricas individuais. Mas os analistas ainda esperam que o iPhone se saia melhor do que os seus rivais. Cowen, por exemplo, espera que os envios de dispositivos Apple baixem cerca de 1% para o último trimestre, enquanto que o total dos envios de dispositivos poderá descer até 13%.
Um dos beneficiados com estes números da Apple é a Samsung, mais concretamente, a unidade de ecrãs. Com o aumento de vendas dos iPhones, a fornecedora dos ecrãs irá sair beneficiada, apenas do mercado Android estar em queda.
Fonte: Pplware