13 de ago. de 2022

Quando o 5G 'real' chega na minha cidade? Confira o calendário


 A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) anunciou a liberação, na próxima terça-feira (16), do sinal 5G "puro", o standalone — que utiliza faixas de dedicação exclusiva — nas cidades de Curitiba (PR), Goiânia (GO) e Salvador (BA).

Falando ao G1, o conselheiro da agência, Moisés Moreira explicou que o projeto inicial previa o funcionamento da tecnologia em todas as capitais brasileiras até 31 de julho, mas o prazo teve que ser adiado pela Anatel, e agora a expectativa é de que todas as capitais tenham o 5G funcionando até o dia 27 de novembro.

Confira abaixo o calendário atualizado.

Cidades onde o 5G SA já está ativado

A primeira cidade brasileira a contar com o 5G foi Brasília (DF), no dia 6 de julho. Em seguida, vieram Belo Horizonte (MG), João Pessoa (PB) e Porto Alegre (RS), em 29 de julho, e, no dia 4 de agosto, foi a vez de São Paulo (SP).

Cidades que já contam com data de ativação da tecnologia

Nessa sexta-feira (12), uma reunião do Gaispi, grupo criado pela Anatel para supervisionar a implantação da internet 5G na faixa de 3,5 GHz, fixou novo calendário de ativação:

16 de agosto

  • Curitiba (PR)
  • Goiânia (GO)
  • Salvador (BA).

Cidades que estão "na fila", mas ainda sem data definida

De acordo com Moreira, a chegada do 5G em 15 capitais teve que ser postergada porque as operadoras estão aguardando a chegada de alguns equipamentos que deverão ser instalados para que o sinal da nova tecnologia não interfira em serviços profissionais de satélite existentes.

Dessa forma, Rio de Janeiro (RJ), Vitória (ES), Florianópolis (SC) e Palmas (TO) terão o sinal ativado, no máximo, até o dia 29 de setembro. Quanto àquelas 15 capitais que aguardam equipamentos, o prazo máximo de implantação comercial será prorrogado em 60 dias, somente "por uma questão de cautela e prudência", segundo Moreira.

Até 29 de setembro

  • Rio de Janeiro (RJ)
  • Vitória (ES)
  • Florianópolis (SC)
  • Palmas (TO)

Até 27 de novembro

  • Recife (PE)
  • Fortaleza (CE)
  • Natal (RN)
  • Aracaju (SE)
  • Maceió (AL)
  • Teresina (PI)
  • São Luís (MA)
  • Campo Grande (MS)
  • Cuiabá (MT)
  • Porto Velho (RO)
  • Rio Branco (AC)
  • Macapá (AP)
  • Boa Vista (RR)
  • Manaus (AM)
  • Belém (PA)

A chegada do 5G

Quando se fala em 5G "puro", isso ocorre porque algumas operadoras nacionais já anunciam, desde 2020, a disponibilização do chamado 5G DSS (Compartilhamento Dinâmico de Espectro, na sigla em inglês). Essa tecnologia, embora ofereça conexões mais rápidascontinua usando as mesmas frequências do 4G, mas logicamente não entrega o mesmo potencial da quinta geração das redes móveis.

Na verdade, o "5G" que funciona no Brasil desde 2020 é apenas uma atualização de software que obtém o mesmo alcance do 4G, no entanto com velocidade até 12 vezes maior. Nessa configuração, são utilizadas as mesmas antenas, redes, equipamentos e infraestruturas de quarta geração.

Mas, e o 5G puro?

Na verdade, o 5G de verdade mesmo, que está sendo implantado nas capitais brasileiras, é o 5G SA (standalone) que, diferentemente do 5G DSS e do 5G NSA (non-standalone), usa frequência e núcleo de rede 5G. Isso significa uma internet super-rápida e com baixa latência, leia-se downloads rapidíssimos e jogos sem atraso, além de aplicações industriais inéditas.

Para viabilização plena da nova tecnologia, são necessários novas estruturas e equipamentos, além de hardwares e softwares específicos para fazer a transmissão de sinal. Para se ter uma ideia da velocidade, a conexão chega a ser 100 vezes mais rápida do que o 4G que conhecemos. No novo ecossistema, é possível pensar na universalização da Internet das Coisas (IoT), expansão da Inteligência Artificial e instrumentalização de universos virtuais.

Fonte Tecmundo.