Lançada em 2011, a Siri tornou-se uma grande companheira de várias pessoas. Contudo, a assistente de voz da Apple não tem condições de ser tão poderosa quanto a plataforma de inteligência artificial ChatGPT da OpenAI.
Ex-engenheiro da Maçã, John Burkey contou ao New York Times que a Siri tem um “código desajeitado” que dificulta a adição de novos recursos. O profissional atuou na Gigante de Cupertino entre 2014 e 2016 com a exata função de trazer melhorias para a assistente.
De forma resumida, a Siri responde a perguntas e comandos, como “Você pode tocar essa música”, ao acessar um banco de dados na nuvem. Então, um grupo de engenheiros é responsável por alimentar um “diretório de palavras” que expande as capacidades.
Contudo, o ex-funcionário da Apple sugere que o banco de dados em questão é “uma grande bola de neve”. Exigindo muitas revisões apuradas, é necessário até seis semanas para adicionar novas frases que serão interpretadas pela assistente de voz.
Segundo Burkey, uma integração para pesquisas avançadas, semelhante ao ChatGPT, poderia demorar até um ano para ser implantada. Por fim, o especialista apontou o "código complicado e desatualizado” como culpado pelo lento processo de adição de recursos.
Ao Business Insider, a Apple não respondeu ao pedido de comentários sobre o assunto. John Burkey também não retornou o contato do portal norte-americano para novos detalhes.
Aposentadoria dos assistentes de voz
Coincidentemente, as revelações sobre a Siri foram publicadas pouco depois do anúncio do ChatGPT-4. Com diversos recursos impressionantes, a nova plataforma avançada pode tornar a tecnologia de assistentes de voz obsoleta.
Adam Cheyer, cocriador da Siri, já afirmou que a ampla capacidade do chatbot da OpenAI faz os assistentes atuais “parecerem estúpidos”. A opinião é semelhante à de Satya Nadella, CEO da Microsoft, que disse que a Siri e a Alexa são “burras como uma pedra”.
Vale lembrar que a Amazon fez cortes na divisão da assistente de voz Alexa no fim de 2022. O motivo seria a perda de mais de US$ 3 bilhões da divisão no ano passado, considerado “uma falha colossal” por ex-funcionários.
Fonte: Tecmundo.