A última jogada do presidente Trump está a fazer vítimas que não sabiam que iam ser envolvidas. As novas tarifas anunciadas, reveladas como sendo um movimento para reestabelecer a justiça nos mercados, vão fazer disparar o preço de muitos produtos. Entre eles estão o iPhone e outros produtos da Apple, que assim vão passar a custar muito mais aos americanos e não só.
Preços do iPhone e produtos Apple devem disparar
A novidade caiu como uma bomba sobre as principais empresas tecnológicas americanas. Ao anunciar uma série de novas tarifas contra a China, a Europa e vários países asiáticos, Donald Trump está a reacender a guerra comercial e a visar os gigantes digitais que fabricam os seus produtos no estrangeiro. A Apple, estando na linha da frente, pode ser forçada a aumentar os seus preços drasticamente.
Ainda que tenha mostrado o seu apoio claro a Donald Trump, a Apple parece estar agora a ser vítima das ações do presidente americano. A empresa esforçou-se em diversificar a sua cadeia de produção para evitar tornar-se dependente da China, isto parece não ter funcionado. Isto porque, infelizmente, as tarifas de Trump também afetam os países onde tem produção.
A Apple fabrica iPhones e AirPods na Índia, e as importações alfandegárias estão sujeitas a um imposto de 27%. O Vietname, que produz AirPods, iPads, Apple Watches e Macs, enfrenta uma taxa alfandegária de 46%. Da mesma forma, temos outros exemplos, como 24% para a Malásia, 37% para a Tailândia e 20% para a Irlanda.
Culpa é de Trump das tarifas que vai aplicar
Uma solução possível seria a Apple absorver todas as novas tarifas, mas é algo que parece pouco provável. A fabricante goza de uma margem considerável, mas tem ainda de comportar aqui outras despesas (marketing, salários, etc.) para além do fabrico. A margem líquida da Apple é muito mais baixa, mas ainda assim muito confortável.
Estima-se que seria necessário um aumento de 40% no preço nos dispositivos para compensar o custo das tarifas. Um iPhone 16 de 799 dólares custaria mais de 1.100 dólares. A Apple tem ainda a opção de fabricar os seus produtos nos EUA, mas não é possível transpor a produção global de forma rápida. E mesmo que a empresa o conseguisse, os dispositivos fabricados nos EUA ainda custariam mais: os salários americanos são muito mais elevados do que os da China, Índia ou Vietname.
Há ainda as repercussões das tarifas americanas no resto do planeta. Os países visados por Trump não têm intenção de deixar que isso aconteça sem reagir. A UE prepara medidas que podem afetar a Apple, tributando os serviços de forma mais pesada. Os consumidores americanos devam preparar-se para o aumento dos preços, mas os clientes na Europa e outros países também podem ser vítimas da escalada interminável de preços.
Fonte: Pplware.