O software de vigilância Pegasus, que estaria sendo usado para monitorar jornalistas, advogados e ativistas dos direitos humanos em vários países, pode driblar até mesmo os mais recentes recursos de segurança e privacidade do iPhone. É o que revela uma investigação feita pelo Laboratório de Segurança da Anistia Internacional, divulgado nesse domingo (18).
Desafiando a reputação da Apple, o spyware da empresa israelense NSO Group infectou o celular da Maçã “dezenas de vezes” nos últimos anos, conforme relatos dos pesquisadores. Entre os modelos hackeados, estavam um iPhone 12 Pro Max e dois iPhones SE de segurança geração, todos rodando as últimas atualizações do iOS.
Uma das pessoas que teve o iPhone monitorado remotamente foi a francesa Claude Mangin, cujo marido é um ativista político preso há mais de uma década no Marrocos. Segundo o The Washington Post, o iPhone 11 dela faz parte de uma lista de 50 mil números de telefone invadidos por meio do Pegasus.
A publicação afirma que o malware pode coletar e-mails, postagens em redes sociais, senhas, listas de contatos, registros de chamadas e histórico de navegação. Ele também consegue acessar fotos, vídeos, gravações de áudio, correio de voz e a localização do usuário, além de ativar câmeras e microfones à distância.
Apple se defende
Os ataques de clique zero a partir do iMessage foram a principal maneira utilizada para instalar o Pegasus no iPhone, conforme as investigações. A gigante de Cupertino condenou os ataques cibernéticos, mas disse que eles não são uma ameaça para a “esmagadora maioria” dos usuários do smartphone.
De acordo com o chefe de Engenharia e Arquitetura de Segurança da Apple Ivan Krstic, esse tipo de ataque é "altamente sofisticado, tem alvos específicos e vida útil curta". Ao jornal americano, o especialista ressaltou que a empresa tem aprimorado suas ferramentas atuais e trabalhado em novas formas de proteção para todos os clientes.
Fonte: Tecmundo.