24 de ago. de 2021

10 anos de Tim Cook: veja a evolução da Apple no período


Em 24 de agosto de 2011, há exatos 10 anos, o executivo Tim Cook se tornou CEO da Apple, após Steve Jobs renunciar ao cargo. Durante a última década, a companhia lançou uma geração de produtos memoráveis e se tornou a 1ª empresa privada a alcançar um valor de mercado de US$ 1 trilhão.

Apesar da árdua tarefa de substituir um dos empresários mais importantes e bem-sucedidos de todos os tempos, Cook lidou bem com a missão e tornou a Apple uma marca que é sinônimo de qualidade. Além disso, o executivo redirecionou a companhia para garantir crescimento fora do mercado de produtos, investindo em uma gama de serviços que levam o logo da Maçã.

Veja, a seguir, um pouco da trajetória e dos fatos mais relevantes que marcaram os 10 anos de Tim Cook no comando da Apple.

Valor de mercado

Apple já era uma gigante antes de Tim Cook substituir Steve Jobs. Ao final de 2011, a companhia valia aproximadamente US$ 370 bilhões. Em agosto de 2018, a marca alcançou um valor de mercado (que soma todas as ações da empresa) de US$ 1 trilhão. A empresa não parou por aí e bateu o número inimaginável de US$ 2 trilhões no ano passado.

Atualmente, ela é a empresa de capital aberto mais valiosa do mundo, sendo estimada em US$ 2,4 trilhões (cerca de R$ 12 trilhões na conversão direta). A Maçã está à frente de outras concorrentes de peso, como Microsoft, Amazon e Google.

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Receita

O salto nos números também se deu na receita da empresa. Enquanto divulgou um valor de US$ 28,5 bilhões em vendas no 3° trimestre fiscal de 2011, no mesmo período em 2021 os valores chegaram a US$ 81,4 bilhões.

Sozinho, o iPhone foi responsável por uma receita de US$ 39,6 bilhões, mais do que todo o valor que a marca arrecadava há 10 anos, quando Tim Cook assumiu o cargo de CEO.

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Preço das ações

As cifras superlativas da Apple também estão, obviamente, no mercado de ações e fazem a alegria de investidores. Se algum felizardo apostou na troca de comando da empresa lá em 2011 e resolveu investir US$ 1 mil em ações da empresa, nesta terça-feira (24) as ações valeriam nada menos do que US$ 16,8 mil (cerca de R$ 88,5 mil na cotação atual). O retorno foi de mais 32% por ano.

Apesar dos bons rendimentos e retorno quase garantido, a Apple tem adotado uma estratégia diferente nos últimos anos no comando de Tim Cook. A empresa tem recomprado as próprias ações no mercado. O CFO da companhia, Luca Maestri, disse que somente em julho deste ano foram gastos mais de US$ 450 bilhões em recompras de dividendos.

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Inovação em produtos

Um dos maiores desafios de Cook foi manter a qualidade dos produtos da marca, já que Steve Jobs sempre foi e continua sendo uma referência no quesito. Apesar de não ser tão bom igual ao falecido amigo e colega de trabalho, Cook conseguiu lançar produtos importantes na indústria.

Entre os mais notáveis estão o Apple Watch e os AirPods. O primeiro foi lançado em 2015 e se tornou um dos devices mais importantes na categoria de smartwatches. Apesar de não revelar o número de unidades vendidas, uma empresa que realiza pesquisas de mercado afirma que a companhia vendeu cerca de 33,9 milhões de relógios inteligentes em 2020. O número a deixaria na liderança do setor, muito à frente da Huawei, que vendeu 11 milhões de relógios no período.

Já os AirPods viraram referência no setor de fones de ouvido sem fio e explodiram em popularidade. Lançados em 2016, a revenda dos produtos gera mais receita do que empresas inteiras juntas. De acordo com estimativas de mercado, os fones geraram US$ 12 bilhões em 2019, o que representa um valor maior do que toda a receita alcançada por Spotify, Twitter, Shopify e Snap juntas no período.

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Aposta em serviços

Uma das medidas comerciais que alavancou o crescimento no valor de mercado da Apple foi a maior aposta em serviços. Além das tradicionais linhas de produtos eletrônicos, a marca tem assinaturas pagas como iCloud, Apple Music, App Store, Apple News+ e outros.

Para concorrer com a Netflix, que domina há alguns anos o setor de streaming de séries, filmes e documentários, a Apple lançou, em 2019, a Apple TV+. Apostando em produções originais como Ted Lasso, Little America, For All Mankind, See, Servant, Hala e outros. O investimento tem dado retorno, já que as produções do streaming foram indicadas a 35 prêmios Primetime Emmy Award neste ano.

No ano fiscal de 2011, o setor de serviços da Apple gerou US$ 2,9 bilhões em receita. O número saltou para US$ 53,7 bilhões no ano fiscal de 2020, um aumento de incríveis 1.751% no período.

Fonte: Tecmundo.