Gjøvik, inspirada por outros relatos públicos de sexismo na companhia, começou a tweetar sobre sua experiência na Apple no final de julho. Em entrevista ao The Verge, a gerente afirmou que durante meses, levantou preocupações com anos de experiências com sexismo, um ambiente de trabalho hostil, assédio sexual, condições de trabalho inseguras e retaliação dentro da empresa.
Ao solicitar uma investigação sobre o assunto, a Apple ofereceu licença médica e terapia pelo programa de assistência aos empregados. "Eu disse a eles que isso não fazia sentido e disse que eles deveriam falar com minha liderança e estabelecer supervisão e limites", pontua Gjøvik.
De acordo com a funcionária, a empresa aparentemente não fez nada e ainda teria tentado abafar o caso. A gerente, então, forneceu à empresa cerca de 558 peças de evidência para apoiar suas afirmações em uma segunda denúncia.
Em um tweet feito em 3 de agosto, Gjøvik compartilhou uma captura de tela de uma conversa que supostamente ilustra o tipo de discriminação sexual enfrentado por ela. Na discussão, um funcionário homem de alto escalão fornece feedback sobre uma apresentação recente, dizendo que a gerente "se saiu muito bem" ao se abster de levantar a voz no final das frases. Os gerentes afirmaram que a inflexão fazia as declarações soarem como perguntas.
A Apple tem observado um aumento no ativismo dos funcionários nos últimos meses. Em maio, funcionários da fabricante do iPhone expressaram preocupação com a contratação do ex-gerente de publicidade do Facebook Antonio Garcia Martinez.
No livro autobiográfico Chaos Monkeys: obscene fortune and random failure in Silicon Valley, publicado em 2016, Martinez reflete visões controversas sobre mulheres e pessoas negras. Ele foi despedido horas depois da contratação.
Fonte: Tecmundo