Na última sexta-feira (29), a Apple deu início a um processo judicial contra a startup Rivos, classificada como “furtiva” — que não compartilha informações aprofundadas para evitar criar expectativas em investidores e possíveis clientes. A empresa estaria roubando segredos comerciais obtidos por ex-funcionários da Apple, que se tornaram réus do caso.
Segundo o comunicado, a startup teria contratado mais de 40 de ex-funcionários da Apple e iniciado uma “campanha coordenada” para alcançar funcionários que possuíam acesso a informações secretas do desenvolvimento de chips. Os ex-colaboradores da Maçã teriam copiado dados sigilosos de dispositivos corporativos logo antes de deixarem a companhia.
Dentre outros ex-funcionários, o destaque vai para Bhasi Kaithamana e Wen Shih-Chieh. A Apple anunciou que já havia entrado em contato com a Rivos sobre as obrigações de confidencialidade dos antigos colaboradores, mas a startup nunca respondeu.
“Entre 26 de julho de 2021 e 29 de julho de 2021, o Sr. Wen transferiu cerca de 390 gigabytes de seu computador da Apple para um disco rígido externo pessoal. Entre os dados transferidos estão documentos confidenciais da Apple que descrevem segredos comerciais da Apple, incluindo aspectos da microarquitetura dos SoCs anteriores, atuais e não lançados da Apple”, diz o texto do processo.
Dados sobre os processadores (tanto os lançados, quanto os ainda em desenvolvimento) foram compartilhados através de HDs e pelo AirDrop. Segundo o AppleInsider, a empresa ainda afirma que os acusados consultaram despesas com advogados e realizaram pesquisas sobre multas ou processos que poderiam sofrer.
A Apple pede uma liminar contra os ex-funcionários, que eles devolvam a propriedade roubada, além de uma indenização para a Rivos — de forma que a startup seja impedida de utilizar as informações que obteve de maneira irregular.
Fonte: Tecmundo.