A Apple vai pagar indenização de US$ 30 milhões aos funcionários de unidades da Apple Store na Califórnia (Estados Unidos) que processaram a empresa por conta da sua política de revista de bolsas após o trabalho. A ação coletiva foi movida em 2013, mas a aprovação só ocorreu recentemente, conforme noticiou o 9to5Mac na segunda-feira (15).
No processo, os trabalhadores afirmam que eram submetidos a revistas obrigatórias de bolsas, mochilas, malas e dispositivos pessoais após o expediente. Em algumas ocasiões, eles esperavam até 45 minutos para a conclusão da busca, mas não recebiam pagamento por esse período extra no serviço.
Em sua defesa, a Apple disse que as revistas de funcionários eram necessárias para garantir que eles não estivessem roubando produtos da Apple Store. As alegações da empresa foram aceitas por um juiz americano em 2015, rejeitando a ação inicial.
Porém, o grupo recorreu e obteve vitória em fevereiro de 2020, quando a Suprema Corte da Califórnia decidiu que a Apple deveria pagar aos trabalhadores pelo período de espera para a revista. A gigante de Cupertino concordou em fazer o pagamento em novembro do ano passado, acordo aprovado agora pelo juiz do Tribunal Distrital dos EUA, William Alsup.
Tim Cook desconhecia a política
Com a decisão aprovada pela justiça, a indenização equivalente a mais de R$ 152 milhões pela cotação atual será distribuída entre 12 mil atuais e ex-funcionários da loja da Apple na Califórnia. Cada um deles terá direito a US$ 1.328 (R$ 6,7 mil), em média, enquanto os advogados ficarão com US$ 10 milhões (R$ 50,9 milhões).
Uma curiosidade revelada durante o processo é que o CEO da big tech, Tim Cook, desconhecia a política de revistas da loja da Apple, descontinuada em 2015. Quando questionado por dois funcionários, o executivo encaminhou a mensagem para o RH da empresa, perguntando se “aquilo era verdade”.
Fonte: Tecmundo.