Pese o facto de algumas forças de segurança referirem que conseguem entrar no armazenamento de dados de qualquer smartphone, o cenário de fazer pode ser mais complexo que o dizer. Aliás, já no passado, desbloquear um iPhone fez correr muita tinta, num confronto entre o FBI e a Apple.
Anos depois, com outro crime por trás da cena, continuam as dificuldades em desbloquear um iPhone, supostamente com dados relevantes sobre o atirador da Florida.
FBI com dificuldades em desbloquear o iPhone do atirador da Florida
O FBI ainda não conseguiu desbloquear o iPhone do atirador por trás do ataque à Base Aérea Naval em Pensacola, Florida. Segundo as mais recentes informações, o iPhone em questão foi danificado. Contudo, o FBI conseguiu reconstruir o equipamento nos seus laboratórios.
Apesar dos esforços, os especialistas da força de segurança ainda não foram capazes de desbloquear o dispositivo e ter acesso aos dados armazenados no mesmo. Isto foi revelado pelo diretor do FBI Christopher Wray enquanto respondia às perguntas do republicano Matt Gaetz da Florida no Comité Judiciário da Câmara.
Wray confirmou que o FBI está “atualmente envolvido com a Apple” na esperança de obter melhor ajuda deles para que o iPhone possa ser desbloqueado.
Apple é pressionada pelo Governo dos EUA e mesmo por Trump
O Procurador Geral dos EUA William Barr e o Presidente Donald Trump chamaram publicamente a Apple para ajudar o FBI a desbloquear o iPhone do atirador. Na verdade, o Presidente Trump acusou e apontou publicamente a Apple no Twitter por não ter desbloqueado o iPhone do atirador.
We are helping Apple all of the time on TRADE and so many other issues, and yet they refuse to unlock phones used by killers, drug dealers and other violent criminal elements. They will have to step up to the plate and help our great Country, NOW! MAKE AMERICA GREAT AGAIN.
64 mil pessoas estão falando sobre isso
Por sua vez, a Apple já entregou gigabytes de dados iCloud do atirador para a agência de aplicação da lei.
A empresa de Cupertino foi rápida em rejeitar a alegação de que não prestou assistência substantiva ao FBI na investigação. Posteriormente, a Apple até emitiu uma declaração sobre o assunto e referiu que não pode criar uma “backdoor” nos seus produtos para as forças da lei, pois também poderia ser potencialmente explorada por outros.
O atirador da Florida foi encontrado com dois iPhones, iPhone 5 e iPhone 7. Os dados deste último podem ser recuperados recorrendo a ferramentas avançadas, uma vez que há um conhecido bootrom exploit checkm8 disponível para ele.
Fonte: Pplware.