8 de ago. de 2021

Apple: Executiva diz que foi dispensada depois de levantar preocupações sobre sexismo

 Embora estejam presentes no dia a dia da maioria das pessoas, o que acontece nas gigantes tecnológicas, internamente, é uma incógnita. Contudo, por vezes, surgem reclamações e testemunhos que revelam que não será “um mar de rosas”. Por exemplo, uma executiva da Apple alega ter sido colocada de licença, após levantar preocupações relacionadas com sexismo.

A funcionária estará de licença por tempo indeterminado.

Ilustração Apple no Ranking Fortine 300

Ashley M. Gjøvik, uma gerente sénior do programa de engenharia da Apple, revelou que foi colocada em licença administrativa, por tempo indeterminado, na quarta-feira. A decisão surgiu após a executiva ter levantado preocupações sobre sexismo, um ambiente de trabalho hostil e condições de trabalho inseguras.

Ao The Verge, Ashley disse que pediu à Apple que tentasse mitigar esses problemas que haviam sido levantados durante vários meses. Enquanto os investigava, a Apple ofereceu-lhe duas opções: terapia através do Employee Assistance Program ou licença médica.

Disse-lhes que isso não fazia sentido e disse-lhes que deviam falar com a minha administração e estabelecer supervisão e limites.

Revelou Ashley, acrescentando que a Apple não fez qualquer esforço para estabelecer esses limites e, além disso, colocou-a em licença administrativa, insinuando que não a queria, pelas suas preocupações relacionadas com as políticas da empresa. Mais do que isso, a funcionária revelou que a Apple sugeriu que não se encontrasse com outras funcionárias para discutirem preocupações semelhantes que pudessem ter.

Apple

Funcionária da Apple insatisfeita com políticas e resposta da empresa

No final do mês passado, Ashley retweetou um conteúdo do The New York Times onde eram mencionadas várias mulheres que tinham passado pela sua situação, mas na Google. Aliás, na situação delas, também foram propostos apoios, ou licenças, e a investigação relativamente às queixas arrastou-se durante vários meses.


Para a investigação, Ashley revelou ter fornecido à Apple 558 elementos de prova, além de ter tweetado screeshots do alegado sexismo a que se referia. Este incluiu ter-lhe sido dito para não “subir uma oitava” nas suas intervenções, pois soaria menos autoritária.

De acordo com as informações, a Apple impediu Ashley de levantar mais preocupações durante uma investigação anterior que entretanto foi encerrada, com a conclusão de nada de inadequado tinha ocorrido.

Estamos e sempre estivemos profundamente empenhados em criar e manter um local de trabalho positivo e inclusivo. Levamos todas as preocupações a sério e investigamos exaustivamente sempre que uma preocupação é levantada e, por respeito à privacidade de quaisquer indivíduos envolvidos, não discutimos assuntos específicos dos funcionários.

Disse a Apple, em comunicado, à Fox News.

Fonte: Pplware.