10 de mar. de 2025

A Apple irá perder e muito se a Google tiver mesmo de vender o Chrome

 Uma das principais notícias do fim de semana foi a certeza de que a equipa do presidente Donald Trump vai manter a ideia de a Google ter de vender o Chrome. Este será um momento complicado, mas que parece inevitável. No rescaldo desta ideia, surge também uma certeza. A Apple também sairá prejudicada se esta venda tiver de acontecer. Descubra porquê! 

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Apple irá perder muitos milhões se este caso avançar

A notícia recente dá conta de que o Departamento de Justiça (DOJ) da administração Trump decidiu manter a proposta da era Biden de desmembrar o negócio de pesquisa da Google. Isso terá de resultar na venda do Chrome. Embora a mudança possa ser um duro golpe para o domínio da empresa no mercado de pesquisa online, a Apple também pode ser afetada por esta proposta.

Em agosto, o juiz federal Amit Mehta apresentou alegações contra a Google, concluindo que a gigante tecnológica adotou políticas monopolistas e deve vender o Chrome para as resolver. Segundo o último registo do DOJ, a venda deste browser "oferecerá uma oportunidade para um novo rival operar um portal significativo para pesquisas na Internet, livre do controlo monopolista da Google".

As soluções finais serão decididas em abril, e a Google corre agora o risco de perder um produto que detém mais de 66% da quota de mercado dos browsers em todo o mundo. No entanto, uma mudança destas no Chrome também poderá eliminar 20 mil milhões de dólares das receitas da Apple de forma direta.

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Google e o Chrome são fonte de receita para a Apple

Atualmente, a Google atua como motor de pesquisa padrão no browser da Apple, o Safari, e paga à empresa a impressionante quantia de 20 mil milhões de dólares para garantir esta posição. Uma possível alienação do Chrome da Google acabará com a presença da gigante das pesquisas no Safari como motor de pesquisa padrão.

Entretanto, a Apple parece não estar parada. Em janeiro, a fabricante do iPhone apresentou uma moção de emergência para suspender o caso, alegando que os seus interesses podem não ser representados de forma justa nos procedimentos. Embora o juiz federal Amit Mehta tenha rejeitado o pedido da Apple, permitiu que a empresa apresentasse as suas alegações pós-audiência e fornecesse argumentos.

A Apple já disse nos autos do processo que não tem nenhuma intenção de criar um motor de pesquisa exclusivo para rivalizar com a Google. Em vez disso, defendeu o acordo existente, argumentando que é necessária uma quantidade significativa de tempo e recursos para desenvolver um produto semelhante. No entanto, explora há muito tempo a ideia de uma alternativa para melhorar a sua experiência de software e manter uma moeda de troca contra a Google.

Fonte: Pplware.