16 de mai. de 2021

App Store: Apple evitou 1,5 mil milhões de dólares em fraudes com aplicações

 A Apple deixou esta semana um relatório referente ao seu trabalho de supervisão da App Store. Segundo a tecnológica, mais de 215 mil aplicações iOS foram bloqueados pela equipa de revisão em 2020. Além disso, a empresa rejeitou também outras 150.000 por enviarem spam ou enganar os utilizadores. Mas não é tudo, foram bloqueadas as publicações de 48.000 apps na loja por terem recursos não documentados ou ocultos.

Muitos esquemas foram montados para tentar enganar os clientes iOS. Nesta tarefa de defesa foram também removidas 95 mil apps por usarem táticas de phishing. Num total, a empresa de Cupertino diz ter travado mais de 1,5 mil milhões de dólares em fraudes.

Imagem iPad Pro com App Store a loja de aplicações

Milhares de tentativas de aplicações fraudulentas

A Apple esta semana deixou informação relevante sobre a sua atividade na vigilância e avaliação das aplicações que chegam à App Store. Assim, segundo o que foi descrito, durante 2020, quase 1 milhão de novas aplicações problemáticas e quase 1 milhão de atualizações das apps foram removidas ou rejeitados pela equipa de análise de aplicações.

Estas ações são descritas pela empresa como “uma linha de defesa essencial” que, por vários motivos, trava a chegada dos mais diversos projetos à App Store.

Apenas nos últimos meses, por exemplo, a Apple rejeitou ou removeu aplicações que mudaram de funcionalidade após a análise inicial para se tornarem aplicações de jogos de azar com dinheiro real, emissores de empréstimos predatórios e centros de pornografia; usaram sinais no jogo para facilitar a compra de drogas; e utilizadores recompensados por difusão de conteúdos ilícitos e pornográfico através de chat de vídeo.

Revelou a empresa num comunicado.

 

Apple: 1,5 mil milhões de dólares em fraudes evitadas por ano

Um número bem mais preocupante diz respeito às tentativas de “roubo” que a Apple diz ter conseguido travar. Segundo o relatório, a empresa de Cupertino afirmou ter protegido os seus utilizadores em cerca de 1,5 mil milhões de dólares que teriam sido pagos em transações potencialmente fraudulentas ao longo de 2020.

Também evitou o uso de mais de 3 milhões de cartões roubados nas plataformas de lojas online da Apple e proibiu cerca de 1 milhão de contas de fazerem novas transações.

Informações financeiras e transações são alguns dos dados mais confidenciais que os utilizadores partilham online. A Apple investiu recursos significativos na construção de tecnologias de pagamento mais seguras, como Apple Pay e StoreKit, que são usadas por mais de 900.000 aplicações para vender bens e serviços na App Store.

Por exemplo, com o Apple Pay, os números do cartão de crédito nunca são partilhados com os comerciantes – eliminando um fator de risco no processo de transação de pagamento.

Acrescentou a Apple.

 

Reforço de vigilância pode ter a ver com o caso da Epic Games

Embora a Apple não tenha revelado exatamente o motivo por trás do reforço de esforços de prevenção de fraudes do ano passado, o momento sugere que isso estará relacionado com o processo que tem na justiça com a Epic Games.

Conforme sabemos, o processo foi desencadeado pela Apple que removeu o Fortnite da App Store em agosto de 2020. Em causa esteve um sistema de pagamento que a Epic implementou na sua app que era contra as regras da loja de aplicações da Apple.

Como tal, com esse esquema, a Epic fugia ao pagamento da taxa de 30% nas transações efetuadas na App Store.

O documento que a Apple publicou agora provavelmente foi emitido para lançar luz sobre como os seus sistemas de proteção de pagamento e App Review defendem os clientes e não então a sufocar a competição, como a Epic Games disse em documentos judiciais [PDF] arquivados no ano passado.
No processo antitrust movido contra a Apple, a Epic Games não procura nenhuma indemnização, mas apenas uma medida cautelar para forçar a Apple a “permitir uma concorrência justa” na App Store.
Fonte: Pplware.