4 de abr. de 2023

Afinal, a Apple também vai começar a demitir

 A Apple foi muito cautelosa nas contratações em tempos de pandemia e isso fez com que tivesse resistido à onda de despedimentos que assolou as grandes empresas tecnológicas do mundo. Mas o mercado mudou e a empresa de Tim Cook vai mesmo começar a demitir.

Afinal, a Apple também vai começar a demitir

Corte nos custos começa a dar lugar a despedimentos

A Apple prepara-se para demitir algumas pessoas nas suas equipas de vendas. Esta notícia está a ser avançada pelo Bloomberg que cita "pessoas com conhecimento do assunto". Trata-se, portanto, dos seus primeiros cortes de empregos internos conhecidos desde que assumiu um corte nos custos durante o ano passado. Sendo que muitos cortes já tinham sido feitos em trabalho terceirizado, incluindo engenheiros contratados, recrutadores e até segurança-

Serão pessoas ligadas ao desenvolvimento e preservação, responsáveis pela construção e manutenção das lojas de vendas da Apple de de outras instalações da empresa espalhadas pelo mundo.

O número de empregos que serão eliminados não foi contabilizado, mas as notícias apontam para que sejam poucos, principalmente, comparando com as ondas de despedimentos que foram acontecendo nas grandes empresas de tecnologia nos últimos meses. Mas há que pensar que este pode ser apenas o primeiro passo neste processo.

Segundo é avançado, a Apple pretende dar apoio aos trabalhadores afetados neste processo de "esforço de racionalização". 

A resistência da Apple à onda de demissões

A Apple foi uma das empresas que mais resistiu à onda de demissões das grandes tecnológicas e foram mesmo apontados alguns fatores para isso. Em primeiro lugar, a Apple é mais cautelosa do que outras empresas de tecnologia quando se trata de expansão. Por exemplo, enquanto outros gigantes da tecnologia aumentaram o seu número de funcionários em algo na faixa de 57% a 100%, a contratação da Apple foi mais contida (em cerca de 20%).

A empresa de Tim Cook evitou também o erro cometido por empresas como a Meta e Google: contratar muitos funcionários para projetos que provavelmente não darão lucro tão cedo. O investimento maciço da Meta no metaverso é o exemplo mais óbvio deste cenário.

Outro dos fatores apontados vai para o facto da Apple tender a gerir as condições de trabalho dos funcionários de forma mais rígida que os demais gigantes da área tecnológica, que gastam muito dinheiro com regalias. No Apple Park, por exemplo, os funcionários pagam os seus próprios almoços na cantina, ao contrário da comida gratuita disponível em empresas como o Google.

Fonte: Pplware.