24 de ago. de 2021

Apple já está a verificar os e-mails à procura de material de abuso de crianças

 A Apple quer mesmo remover do seu ecossistema qualquer material que seja relacionado com abuso de crianças. Esta ação levou já à deteção e acusação de um utilizador que tinha mais de 2 mil imagens e vídeos na sua conta iCloud.

Apesar de só agora se estar a abordar mais o tema, porque é um sistema que será incluído no iOS 15 e iPadOS 15, a Apple já o utilizava no iCloud Mail.

Imagem iCloud Mail

Muitos fãs Apple ficaram aborrecidos com o plano da empresa de começar a monitorizar os uploads de fotografias para o iPhone e iPad, no iOS 15, de material relacionado com abusos de crianças (CSAM). Contudo, a Apple já o fazia no iCloud, mais concretamente no serviço de email.

A empresa já tinha o sistema ativo para detetar pornografia infantil no correio eletrónico do iCloud, apesar de não o fazer no iCloud Fotografias ou no iCloud Drive.

Aliás, foi justamente com o serviço ativo que a empresa detetou que um médico guardava mais de 2 mil imagens e vídeos na sua conta iCloud.

Imagem iCloud Mail da Apple com CSAM

Quando começou a Apple a usar o sistema de deteção CSAM?

Muito embora só agora a empresa tenha anunciado com mais detalhe a utilização do sistema que irá monitorizar os uploads de imagens para os iPhone e iPad, a Apple já o usava há algum tempo.

Segundo o que foi revelado na CES em janeiro de 2020, o sistema de deteção Child Sexual Abuse Material ou CSAM, começou a ser usado no iCloud Mail em 2019. Diz a gigante de Cupertino que as contas que tenham conteúdo CSAM violam os seus termos e condições, e serão desativadas.

Depois do anúncio recente, houve um coro de vozes de discordância do novo sistema. No entanto, é de total interesse dos responsáveis que avance o rastreio.

 

O sistema preserva a privacidade dos utilizadores?

A Apple assegura que todos os utilizadores terão total privacidade e segurança. O novo sistema de deteção de material de abuso sexual infantil (CSAM) utiliza a aprendizagem automática para analisar anexos de imagem e determinar se uma foto é sexualmente explícita.

funcionalidade é concebida de modo a que a Apple não tenha acesso às imagens.

Apesar da explicação da Apple, os defensores da privacidade não gostam deste sistema. Alguns dos próprios funcionários da Apple manifestaram as suas preocupações a este respeito.

As organizações de direitos têm exortado Tim Cook a matá-lo antes mesmo de começar a chegar aos iPhones e iPads nos Estados Unidos. Contudo, a monitorização CSAM não é novidade na Apple.

Tal como os filtros de spam no correio eletrónico, o nosso sistema utiliza assinaturas eletrónicas para encontrar suspeitas de exploração infantil. Validamos cada correspondência com análise individual.

Contas com conteúdo de exploração infantil violam os nossos termos e condições de serviço, e quaisquer contas que encontrarmos com este material serão desativadas.

Referiu a empresa de Cupertino.

Ilustração abuso de crianças CSAM

 

A Apple aumenta a monitorização de material CSAM

As razões por detrás da decisão da Apple de expandir a digitalização CSAM ainda não são completamente claras. Mas de acordo com uma conversa entre funcionários da Apple em 2020, descoberta como parte das alegações na batalha legal em curso entre a Apple e a Epic Games, o responsável anti-fraude Eric Friedman descreveu a Apple como "a maior plataforma para a distribuição de pornografia infantil".

Apesar desta afirmação, acredita-se que o número total de casos CSAM descobertos pela Apple no iCloud Mail em cada ano é "medido às centenas". Isso não parece tão significativo - embora apenas um seja totalmente inaceitável - considerando que milhares de milhões de dispositivos Apple são utilizados a nível mundial.

A expansão poderá sim ter algo a ver com o facto de alguns dos rivais da Apple, incluindo a Microsoft, estarem também a procurar conteúdo CSAM. A Apple pode ter sentido que não fica bem "na fotografia" se não avançar como outras plataformas estão a fazer.

Fonte: Pplware.

10 anos de Tim Cook: veja a evolução da Apple no período


Em 24 de agosto de 2011, há exatos 10 anos, o executivo Tim Cook se tornou CEO da Apple, após Steve Jobs renunciar ao cargo. Durante a última década, a companhia lançou uma geração de produtos memoráveis e se tornou a 1ª empresa privada a alcançar um valor de mercado de US$ 1 trilhão.

Apesar da árdua tarefa de substituir um dos empresários mais importantes e bem-sucedidos de todos os tempos, Cook lidou bem com a missão e tornou a Apple uma marca que é sinônimo de qualidade. Além disso, o executivo redirecionou a companhia para garantir crescimento fora do mercado de produtos, investindo em uma gama de serviços que levam o logo da Maçã.

Veja, a seguir, um pouco da trajetória e dos fatos mais relevantes que marcaram os 10 anos de Tim Cook no comando da Apple.

Valor de mercado

Apple já era uma gigante antes de Tim Cook substituir Steve Jobs. Ao final de 2011, a companhia valia aproximadamente US$ 370 bilhões. Em agosto de 2018, a marca alcançou um valor de mercado (que soma todas as ações da empresa) de US$ 1 trilhão. A empresa não parou por aí e bateu o número inimaginável de US$ 2 trilhões no ano passado.

Atualmente, ela é a empresa de capital aberto mais valiosa do mundo, sendo estimada em US$ 2,4 trilhões (cerca de R$ 12 trilhões na conversão direta). A Maçã está à frente de outras concorrentes de peso, como Microsoft, Amazon e Google.

Apple

Receita

O salto nos números também se deu na receita da empresa. Enquanto divulgou um valor de US$ 28,5 bilhões em vendas no 3° trimestre fiscal de 2011, no mesmo período em 2021 os valores chegaram a US$ 81,4 bilhões.

Sozinho, o iPhone foi responsável por uma receita de US$ 39,6 bilhões, mais do que todo o valor que a marca arrecadava há 10 anos, quando Tim Cook assumiu o cargo de CEO.

Apple

Preço das ações

As cifras superlativas da Apple também estão, obviamente, no mercado de ações e fazem a alegria de investidores. Se algum felizardo apostou na troca de comando da empresa lá em 2011 e resolveu investir US$ 1 mil em ações da empresa, nesta terça-feira (24) as ações valeriam nada menos do que US$ 16,8 mil (cerca de R$ 88,5 mil na cotação atual). O retorno foi de mais 32% por ano.

Apesar dos bons rendimentos e retorno quase garantido, a Apple tem adotado uma estratégia diferente nos últimos anos no comando de Tim Cook. A empresa tem recomprado as próprias ações no mercado. O CFO da companhia, Luca Maestri, disse que somente em julho deste ano foram gastos mais de US$ 450 bilhões em recompras de dividendos.

Apple

Inovação em produtos

Um dos maiores desafios de Cook foi manter a qualidade dos produtos da marca, já que Steve Jobs sempre foi e continua sendo uma referência no quesito. Apesar de não ser tão bom igual ao falecido amigo e colega de trabalho, Cook conseguiu lançar produtos importantes na indústria.

Entre os mais notáveis estão o Apple Watch e os AirPods. O primeiro foi lançado em 2015 e se tornou um dos devices mais importantes na categoria de smartwatches. Apesar de não revelar o número de unidades vendidas, uma empresa que realiza pesquisas de mercado afirma que a companhia vendeu cerca de 33,9 milhões de relógios inteligentes em 2020. O número a deixaria na liderança do setor, muito à frente da Huawei, que vendeu 11 milhões de relógios no período.

Já os AirPods viraram referência no setor de fones de ouvido sem fio e explodiram em popularidade. Lançados em 2016, a revenda dos produtos gera mais receita do que empresas inteiras juntas. De acordo com estimativas de mercado, os fones geraram US$ 12 bilhões em 2019, o que representa um valor maior do que toda a receita alcançada por Spotify, Twitter, Shopify e Snap juntas no período.

Apple

Aposta em serviços

Uma das medidas comerciais que alavancou o crescimento no valor de mercado da Apple foi a maior aposta em serviços. Além das tradicionais linhas de produtos eletrônicos, a marca tem assinaturas pagas como iCloud, Apple Music, App Store, Apple News+ e outros.

Para concorrer com a Netflix, que domina há alguns anos o setor de streaming de séries, filmes e documentários, a Apple lançou, em 2019, a Apple TV+. Apostando em produções originais como Ted Lasso, Little America, For All Mankind, See, Servant, Hala e outros. O investimento tem dado retorno, já que as produções do streaming foram indicadas a 35 prêmios Primetime Emmy Award neste ano.

No ano fiscal de 2011, o setor de serviços da Apple gerou US$ 2,9 bilhões em receita. O número saltou para US$ 53,7 bilhões no ano fiscal de 2020, um aumento de incríveis 1.751% no período.

Fonte: Tecmundo.