6 de set. de 2023

China proíbe funcionários governamentais de usarem o iPhone no trabalho

 Os problemas e as tensões entre os EUA e a China parecem não estar a abrandar, atingindo agora novos patamares. A mais recente notícia dá conta de uma limitação imposta e que proíbe que os funcionários governamentais chineses usem o iPhone no seu trabalho.

iPhone China trabalho EUA

Esta não é uma medida que seja nova no mundo da política, mas agora parece estar a tomar novos contornos. Já vários governos limitaram a utilização de equipamentos de determinadas marcas no seu contexto de trabalho, sempre com a justificação da eventual recolha de dados.

A mais recente medida veio do governo da China e dá conta de que o iPhone e outros dispositivos de tecnologia estrangeira foram proibidos de serem usados nas agências governamentais do país. Os trabalhadores não estão mais autorizados a usar esses dispositivos para trabalhar, nem mesmo trazê-los para o escritório.

Curiosamente, e neste caso, esta parece ser uma medida que alarga significativamente uma política de longa data de Pequim. O país quer reduzir a dependência de tecnologia estrangeira, ainda mais agora, com ameaças estrangeiras à sua segurança cibernética.

iPhone China trabalho EUA

Esta decisão choca com o facto de o iPhone e a Apple deterem a participação maioritária nas vendas de smartphones de última geração na China. Isto resulta, em parte, porque as marcas nacionais estão ainda a desenvolver equipamentos competitivos após as sanções dos EUA.

A imposição desta proibição ao uso de dispositivos Apple em instalações governamentais tem o potencial de causar impacto na imagem da Apple na China. Aumentará os rumores de possível espionagem ou interferência, e possivelmente resultará numa redução das vendas.

Choca também contra a aura de segurança que o iPhone tem há vários anos. Dá razão aos críticos que argumentam que a Apple enfraquece a segurança do iPhone na China para cumprir as leis locais. Por fim, vem aumentar a tensão entre os dois países, ao limitar a utilização de equipamentos dos EUA em território da China.

Fonte: Pplware.

AirTag ajudou jovem americano a recuperar 12 mil dólares “perdidos” no aeroporto de Bruxelas

 Um adolescente, que perdeu a sua bicicleta de 12.000 dólares (cerca de 11 mil euros) enquanto voava da Europa para os EUA, encontrou-a num aeroporto recorrendo a um AirTag. Contudo, há um estranho comportamento das companhias aéreas envolvidas no assunto e o caso tornou-se complicado. O que aconteceria se ele não tivesse colocado na sua bicicleta um dispositivo de localização?

Imagem de Gray Barnett com a sua bicicleta de 12 mil dólares da Cannondale monitorizada por um AirTag

Gray Barnett é um jovem ciclista de 16 anos que veio para a Europa participar numa prova de ciclismo. O ciclista da equipa EF Pro Cycling esteve a um passo de "perder" o seu equipamento, uma bicicleta Cannondale no valor de 12 mil dólares. Segundo o que o seu pai contou à CNN nos EUA, a bicicleta foi despachada, mas, pelo meio dos voos de ligação, o equipamento simplesmente desapareceu.

Depois de terem chegado aos Estados Unidos, a bicicleta não estava junto da restante bagagem de porão. A companhia aérea que os levou da Europa até casa, a United Airlines, nada sabia e as várias tentativas que a família do ciclista intentou junto das empresas, não deu em nada.

Airtag sabia onde estava a Cannondale

O jovem havia colocado junto da sua bicicleta uma etiqueta localizadora da Apple, o AirTag. A par das diligências dos pais e equipa, o jovem conseguiu localizar remotamente o equipamento. Segundo é referido, a perda deu-se durante um voo de ligação em Bruxelas.

Apesar de saberem agora onde estava a bicicleta, as empresas envolvidas não se mostraram muito cooperantes. Já com a localização precisa, passaram-se dias de conversações com as duas companhias aéreas com as quais Gray viajou - United e Brussels - que, segundo Barnett, não ajudaram nos seus pedidos.

Eu dizia-lhes: "Só precisava que alguém se preocupasse o suficiente para demorar 15 minutos a ir lá buscar a mala".

Disse Barnett à CNN.

Ella Dollinschi fez de tudo para recuperar a bicicleta de Barnett no aeroporto de Bruxelas.

Frustrado com a falta de progresso e trabalhando com um prazo de 10 dias para que a bagagem estivesse disponível para ser retirada, Barnett divulgou a sua história no Twitter/X. O jovem ciclista apresentou uma queixa ao Departamento de Transportes dos EUA. Ainda assim, disse à CNN, não havia qualquer movimento para encontrar a bicicleta - até que decidiu contactar o Aeroporto de Bruxelas.

Foi então que a família de Barnett disse à CNN que, após várias tentativas falhadas, conseguiu finalmente contactar alguém - Ella Dollinschi, uma agente de apoio ao cliente no Aeroporto de Bruxelas. Ela trabalhou para localizar a bicicleta usando a localização do Apple AirTag e enviou a bicicleta num voo de volta para Greenville, Carolina do Sul.

Trabalhámos com o Sr. Barnett para reencaminhar a sua bicicleta para o Aeroporto Internacional de Greenville-Spartanburg assim que a outra companhia aérea no-la deu. Pedimos desculpa ao Sr. Barnett pelo atraso e fornecemos créditos de viagem para usar num voo futuro.

Disse a United Airlines numa declaração.

A bicicleta chegou ao destino, passados mais de 10 dias, mas poderia nunca ter sido encontrada e muito menos despachada. O sentimento de indiferença pelas preocupações dos passageiros levou a família a apresentar várias queixas e reclamações e mesmo assim o processo parecia cair na gaveta.

Eu só precisava de alguém que se preocupasse e finalmente encontrei alguém que se preocupou.

Referiu Barnett à CNN.

Os AirTags da Apple, assim como outros localizadores que funcionam de forma mais global, estão a ser usados cada vez mais. Sobretudo para seguirem o caminho das bagagens nos aeroportos, visto que o problema das malas extraviadas é um dos maiores problemas e leva a perdas consideráveis dos seus legítimos proprietários.

Por vezes perdidas, outras vezes roubadas, as bagagens têm agora um aliado.

Fonte: Pplware.

Apple prepara os seus chips para o futuro e faz parceria com a Arm por mais de duas décadas

 A Apple Silicon, divisão dirigida por Tim Cook e responsável pela conceção dos seus chips, está a dar à empresa de Cupertino muitos motivos de satisfação. Por isso, a gigante de tecnologia não perde tempo e faz parceria com a Arm até além de 2040.

 

A família de processadores M1 e M2 mostraram-nos que são muito competitivos em termos de desempenho por watt, o que confirma o trabalho realizado pelos engenheiros da Apple. No entanto, há um ingrediente sem o qual esta receita não seria possível.

Os processadores Apple Silicon são implementados na arquitetura ARM, a mesma arquitetura utilizada pelos chips Qualcomm presentes em muitos dos smartphones e tablets existentes no mercado. No entanto, a lista de empresas que licenciaram as tecnologias da Arm é muito longa. A Apple inspirou-se nas suas famílias de processadores M1 e M2, mas o seu futuro está em grande parte nas mãos da gigante Arm Limited.

 

Apple quer aproveitar a IPO da Arm Limited para selar a sua parceria

A Arm Limited, a empresa britânica proprietária da arquitetura ARM, é atualmente detida a 100% pelo grupo financeiro japonês SoftBank. O seu desempenho financeiro e as suas perspetivas de futuro colocam-na numa boa posição para se tornar pública, e é exatamente isso que planeia fazer. Mas não de uma forma qualquer. De facto, pretende ser a maior IPO (Initial Public Offering) deste ano, com uma avaliação máxima de mais de 52 mil milhões de dólares.

 

735 milhões de dólares em ações...

O grupo SoftBank inicialmente planeou que a avaliação da Arm rondasse os 64 mil milhões de dólares, mas embora pareça que a sua avaliação final será menor, a multinacional japonesa, que em 2016 pagou cerca de 29 mil milhões de dólares para assumir o controlo total da Arm, vai-se sair muito bem. Quatro anos depois, a NVIDIA concordou em entregar à SoftBank 40 mil milhões de dólares para assumir o controlo da Arm, mas os reguladores impediram a compra. A IPO é uma consequência direta do fracasso do acordo entre a SoftBank e a NVIDIA.

No entanto, para as empresas que têm uma relação próxima com a Arm, esta é uma oportunidade perfeita para reforçar os seus laços. De facto, a Intel, a NVIDIA, a Google, a TSMC e a Samsung estão entre as empresas que planeiam investir na Arm, aproveitando a sua IPO. A Apple, como era de esperar, também mostrou o seu interesse em adquirir ações do designer britânico de processadores, embora o valor total do seu investimento ainda não tenha sido divulgado. O que a Arm confirmou é que irá receber um valor preliminar de 735 milhões de dólares em ações.

No entanto, se nos cingirmos à relação entre a Apple e a Arm, sabemos de outra coisa que vale a pena referir: as duas empresas acordaram uma parceria que durará para além de 2040. Esta é, sem dúvida, uma boa notícia para a Apple, que continuará a contar com a cumplicidade da Arm no processo de conceção dos seus chips. E também para a Arm, que tem garantido o apoio financeiro da Apple durante quase mais duas décadas.

Fonte: Pplware.

Dentes de aço: mulher rouba um iPhone 14 Plus ao morder o cabo antirroubo

 É possível roubar um iPhone 14 Plus preso por um cabo com os dentes? Qualquer pessoa dirá que não, mas a realidade por vezes ultrapassa a imaginação. Na China, uma mulher conseguiu roubar um iPhone 14 Plus de uma loja da Apple, ao morder o cabo antirroubo até o telemóvel se libertar.

Imagem da mulher a roer o cabo de metal que segura o iPhone 14 Plus

Quero um iPhone... nem que tenha de usar os dentes

Ao que as imagens indicam, a ladra estava "armada até aos dentes", no sentido mais literal. Não temos dúvidas de que os dentes desta mulher serão melhores do que os de muitos leitores que estão a ler este artigo. Aliás, se os dentes dela foram capazes de roer um cabo de metal, o que cai naquela boca tem um fim moído!

O caso foi partilhado no Twitter/X e mostra um assalto peculiar. Não pelo roubo (de um iPhone), mas pela forma estranha de cortar as amarras. Tudo foi captado pelas câmaras de segurança. Também, se não fossem as imagens, como iriam os funcionários da loja explicar este roubo?

Claro que, poucos minutos depois dos funcionários terem dado conta, a mulher foi detida pela polícia e tem ainda na sua posse a arma do crime, assim como o objeto furtado.

Moral da história

Não há dúvida de que este método de roubo apanhou as pessoas de surpresa, e as redes sociais foram rápidas a divulgar as imagens. É também notável que ninguém tenha reparado que um cliente estava a roer um cabo, mas por vezes todas as condições são propícias a estas tentativas de roubo tão peculiares. Afinal, quem pensaria que um cabo antirroubo poderia ser desmontado com alguns dentes saudáveis?

As Apple Stores, ou lojas físicas da Apple, estão espalhadas pelos quatro cantos do planeta e sofrem das mais variadas tentativas de furto. Pela forma estudada como estão expostos os produtos, é uma tentação, para muitas pessoas, pegar e andar... se não fossem os cabos de segurança claro. Já foram notícia assaltos à mão armada, método arrastão, carros contra as montras, entre muitos outros métodos mais convencionais. Agora... com os dentes?

Fonte: Pplware.

Apple e Microsoft querem que a UE abra uma exceção à Lei dos Mercados Digitais

 A Lei dos Mercados e Serviços Digitais é juridicamente aplicável, na União Europeia (UE), desde 25 de agosto. Contudo, a Apple e a Microsoft não querem que esta se aplique a todos os seus serviços, devendo ser deixados de fora o iMessage e o Bing, respetivamente.

União Europeia

A Lei dos Mercados e Serviços Digitais tem por objetivo pôr termo a algumas práticas abusivas conduzidas por grandes empresas tecnológicas. Embora sejam obrigadas a cumprir as regras, há duas que estão a procurar uma saída para proteger alguns dos seus serviços.

É o caso da Apple e da Microsoft, que argumentam que os seus serviços não são suficientemente populares para estarem sujeitos a regulamentação.

 

Por um lado, a Microsoft...

Segundo o Financial Times, a Microsoft não quer que o Bing seja considerado um gatekeeper.

De acordo com a Lei dos Mercados e Serviços Digitais, esta designação aplica-se a empresas com uma capitalização bolsista superior a 75 mil milhões de euros, que forneçam um serviço web básico e que tenham um tráfego mensal de 45 mil milhões de utilizadores ativos.

Embora a lista de serviços considerados gatekeepers não tenha sido publicada, a Microsoft está a tentar convencer a UE a deixar o seu Bing de fora.

A empresa tecnológica argumenta que este tem apenas 3% da quota de mercado, pelo que obrigá-lo a cumprir as regras prejudicaria a sua posição face ao Google.

Bing

Entre outras coisas, a lei obriga a uma interoperabilidade entre os serviços das várias empresas e exige que estas partilhem os seus dados com as pequenas empresas.

A fim de promover a concorrência, as grandes empresas tecnológicas não poderão dar prioridade aos seus serviços em relação aos dos concorrentes mais pequenos, nem impedir os utilizadores de desinstalar uma aplicação ou um programa predefinido.

De acordo com os números mais recentes do Bing, o motor de pesquisa da Microsoft atingiu pouco menos de 100 milhões de utilizadores ativos diários, em março.

Mesmo com a implementação do ChatGPT, os números não se alteraram muito, e o Google continua a ser um rival de peso. O Bing e o Edge ganharam terreno nos últimos meses, embora não o suficiente para serem considerados gatekeepers.

 

Por outro, a Apple...

Semelhante à Microsoft, a Apple também considera que o iMessage não é suficientemente popular para estar sujeito à Lei dos Mercados e Serviços Digitais imposta pela UE.

Afinal, embora esteja instalado por predefinição no iPhone, a sua popularidade continua muito aquém da do WhatsApp.

iMessage

Se o iMessage assumir a posição dos serviços de mensagens mais populares, a Apple terá de assegurar a sua interoperabilidade. Mas apesar de a possibilidade de enviar mensagens entre plataformas ser um pedido constante dos utilizadores, a empresa de Cupertino tem mantido o seu ecossistema fechado.

Sabe-se que a UE designará de gatekeepers plataformas como o Instagram, Facebook e TikTok, bem como motores de pesquisa, como o Google, e outros serviços da Amazon e da Meta. Para o Bing e o iMessage ainda haverá esperança, pois a UE poderia iniciar uma investigação para determinar se faz ou não sentido que fiquem sujeitos à lei.

Fonte: Pplware