5 de jan. de 2021

Google não atualizará as suas aplicações iOS para evitar a privacidade

 A Apple mudou as regras no que toca à privacidade dos seus utilizadores e no que respeita aos sistemas de rastreio utilizados pelas aplicações no iOS. As regras impõem agora muito mais transparência e informação ao utilizador. Tal ação motivou já grandes críticas por parte do Facebook. Mas poderão haver outras ações de discordância, agora por parte da Google.

Segundo a empresa Media Fast Company, desde que a declaração de privacidade apareceu na App Store, a Google suspendeu a atualização das suas apps para iOS.

Imagem das apps Google na App Store

Google estará a defender-se ou a atacar a Apple?

De forma bem expressiva, a Apple consertou alterações profundas no que toca à transparência da ação das apps face à atividade dos utilizadores.

O iOS 14 trouxe mudanças que dificilmente antevíamos há um ano. Se por um lado abriu mais os sistemas operativos aos programadores de empresas terceiras, por outro apertou mais ainda as regras que protegem a privacidade e a segurança dos clientes e utilizadores Apple.

Como resultado, os grandes players deste jogo da publicidade, como o Facebook e a Google, não terão gostado.

Conforme já vimos, o Facebook chegou mesmo a declarar o seu apoio à EPIC, dona do Fortnite, na batalha contra as “políticas injustas” da Apple. No caso da Google, a estratégia parece ser outra.

 

App Store: Google não atualiza apps para iOS

Além das regras no iOS, a Apple, desde o início de dezembro, convidou todos os programadores de apps para iOS, iPadOS, macOS, tvOS e watchOS a preencher a nova caixa de privacidade quando atualizarem as suas aplicações.

Através desta nova secção no formulário da sua aplicação, são obrigados a publicar que dados são recolhidos para rastrear os movimentos dos utilizadores.

Conforme podemos ver num caso prático, a app Reverso tradutor, dicionário, que está disponível para iPhone, informa que irá recolher os dados relacionados com compras, identificado­res, dados de utilização, diagnósticos, informações de contacto, conteúdo do utilizador, histórico de pesquisa, entre vários outros dados. Assustador realmente!

Claro, quem olhar agora para estas informações, seguramente pensa duas vezes antes de usar a app.

Google estará com receio de informar o que recolhe?

Provavelmente será por causa desta nova secção que a Google estará a evitar atualizar as suas aplicações.

De acordo com uma conclusão de Fast Company, será essa a razão que leva a empresa de Mountain View a não atualizar as suas aplicações tais como Gmail, Google Docs, Google Duo, Google Drive ou YouTube desde 7 de dezembro de 2020.

Este comportamento não está de todo nos hábitos da Google. Aliás, a empresa por vezes atualiza as suas aplicações várias vezes por mês e nunca as deixa mais de um mês sem uma atualização.

Claro que isto poderá ter outra explicação, como as festividades do natal e final do ano. As suas equipas poderão ter tirado férias e não houve produção.

Contudo, ano passado estas atualizações não foram interrompidas nestas festividades. Além disso, desde 7 de dezembro, as aplicações Google no Android têm recebido novas versões. Este é o caso do Google Maps a 14 de dezembro, Gmail que foi atualizado a 16 de dezembro e o YouTube também foi atualizado pouco antes do Natal, a 21 de dezembro.

 

Porquê atualizar as aplicações Android e não as do iOS?

Outro comportamento suspeito é a falta de reação que a Google está a ter face às alterações na loja da Apple. Isto é,  a Google tem sido rápida a atualizar as suas aplicações antes da implementação de novas políticas de privacidade nas apps existentes na App Store.

A empresa sabia muito bem que a partir de 8 de dezembro todas as atualizações só seriam validadas se a categoria “Privacidade” fosse preenchida. É provável que a Google queira evitar a má publicidade que o Facebook recebeu quando os criadores atualizaram a aplicação na App Store.

 

Por quanto tempo as aplicações da Google ficarão sem atualizações?

Não é fácil dizer no momento, mas felizmente não há grandes bugs que exijam o lançamento urgente de uma nova versão. Uma coisa é certa, enquanto nenhuma atualização for publicada, a Google não é obrigada a revelar a sua política de privacidade na App Store.

Fonte: Pplware.

Apple quer carregadores de energia com Nitreto de Gálio

 A Apple está a desenvolver novos carregadores de energia baseados na tecnologia de nitreto de gálio. Esta evolução irá permitir que os carregadores sejam mais compactos e mais leves.

Este passo poderá trazer à ideia o regresso dos carregadores às caixas do iPhone. Mas será que a Apple vai dar este passo atrás?

Imagem adaptador de energia Apple

Novos carregadores Apple, agora em Nitreto de Gálio

Em 2021, a Navitas Semiconductor deverá receber pedidos da Apple para soluções de carregamento rápido baseadas em nitreto de gálio ou tecnologia “GaN”.

Segundo um relatório, a TSMC, parceira de fabrico de chips da Apple, fornecerá adaptadores GaN como parte de uma parceria existente.

Esta notícia sugere que a Apple está a planear versões GaN das suas fontes de alimentação USB-C, permitindo que sejam menores e mais leves, mais eficientes em termos de energia e menos propensas a superaquecer, como acontece atualmente com os seus carregadores, que são baseados em silício.

Nos últimos anos, muitos outros fabricantes, como Anker e Belkin, introduziram carregadores GaN. Não está claro se os primeiros carregadores GaN da Apple estarão prontos este ano.

Imagem carregadores de energia com tecnologia Nitreto de Gálio

A Navitas é a empresa criadora do GaNFast, uma solução de nitreto de gálio encontrada em alguns dos carregadores rápidos mais populares do mundo. O GaNFast foi adotado por várias marcas, como Aukey, Dell, Lenovo e Xiaomi.

Conforme é do conhecimento geral, a Apple não inclui mais as fontes de alimentação na caixa com os modelos de iPhone e Apple Watch que vende. Contudo, continua a vender vários carregadores, incluindo opções de 5W e 12W e 20W, 30W, 61W USB-A e a opção 96W USB-C.

Fonte: Pplware.