2 de nov. de 2022

Apple já tem em versão beta o novo design do portal web iCloud

 O iCloud é uma das plataformas mais importantes da Apple e tem vindo a crescer em importância há já alguns anos. Como temos visto, a própria empresa de Cupertino tem melhorado a sua oferta web ao trazer vários serviços para o domínio do browser. Um caso flagrante é o Apple Music. Contudo, o centro nevrálgico é mesmo o iCloud, e a nova versão beta deste serviço web está muito mais interessante.

Este novo design da interface vem mostrar que a Apple quer mesmo dar aos seus utilizadores uma interação muito maior, ao permitir que, em qualquer sistema operativo, através do navegador, seja possível gerir o email, fotos, contactos, dispositivos e muito mais. Vamos conhecer o que há de novo.

Imagem da versão beta do portal web iCloud da Apple

Apple redesenha o portal web iCloud

A Apple trabalha numa nova versão web do iCloud que revolucionará completamente a experiência gráfica atual.

Qualquer utilizador poderá testar esta nova interface indo ao portal beta.icloud.com, em vez do endereço clássico.

Como podemos ver nas imagens em cima, do atual para o futuro design há uma organização logo no aspeto inicial do portal iCloud.

Além disso, e pelas opções que estão a ser disponibilizadas, este sítio, além de modular, irá igualmente ter espaços reorganizáveis, como se fosse um ecrã do iPhone.

O que está disponível na nova interface web iCloud?

A ideia passa por ter pequenos widgets combinados com as principais aplicações do iCloud, permitindo que tenhamos tudo imediatamente num piscar de olhos:

  • Os e-mails mais recentes;
  • Os ficheiros mais recentes guardados no iCloud Drive através da app Ficheiros;
  • As últimas notas modificadas;
  • O calendário.

Também, tal como podemos ver nas imagens partilhadas acima, encontramos um widgetcom os ícones das várias aplicações através dos quais podemos abri-los num ecrã dedicado e muito mais rica em opções.

Além disso, há igualmente um espaço de gestão. Isto é, podemos configurar e gerir as definições das funcionalidades do serviço iCloud+, no sistema de segurança, definições ID Apple, da app Fotografias e mais algumas opções de segurança disponíveis.

É com agrado que vemos estas novidades a chegarem, pois através de qualquer máquina que tenha um browser, podemos ter rapidamente acesso, por exemplo, aos nossos emails, contactos, fotos e até aos nossos dispositivos para os localizar remotamente (podendo seguir a sua localização, apagar o seu conteúdo ou até sinalizar a sua presença, entre muito mais ações).

Fonte: Pplware.












União Europeia quer que o ecossistema Apple se torne numa espécie de Android

 A Apple e a Google estão com frequência associadas a questões de práticas anticoncorrenciais, em diferentes esferas dos seus negócios. A Apple com o seu ecossistema único e relativamente fechado e a Google, por outro lado, com domínio em muitos negócios, ainda que com mais players nos vários segmentos. 

A UE está a trabalhar no Regulamento Mercados Digitais, com novas regras que garantam "mercados abertos" e que ponham fim às práticas desleais das empresas que atuam como controladores de acesso na economia das plataformas em linha. Neste contexto, os planos da UE para a Apple e para o seu ecossistema passam por querer mudar algumas regras, nomeadamente o acesso a aplicações para os vários produtos , quase como numa tentativa de aproximar o ecossistema móvel Apple a uma espécie de Android.

Ilustração iphone 14 Pro Max com iOS 16.2 beta 1

Apple e o seu sistema fechado (que poderá acabar)

O iOS da Apple (e de certa forma todo o seu ecossistema) é bastante controlado pela Apple, para, segundo a empresa, poder oferecer aos utilizadores maior segurança. Para ter acesso a novas aplicações para smartphone, o utilizador do iOS, ao contrário do Android, tem apenas uma forma de o fazer que é através da App Store. 

No caso do Android, sejam os próprios programadores a disponibilizar os APKs de instalação, sejam lojas de terceiros, é possível instalar aplicações fora da loja oficial da Google sem qualquer problema. 

O Regulamento Mercados Digitais vai mudar as regras

Ainda que o regulamento já esteja em vigor desde ontem, as empresas terão tempo para ajustar a sua forma de trabalhar e de oferecer os seus serviços aos utilizadores, da forma que a Comissão Europeia considera mais justa.

Contudo, este novo regulamento leva a concluir que a Apple terá que tornar o seu ecossistema mais aberto, isto é, o acesso à instalação de novas aplicações terá que deixar de ser um exclusivo da App Store, abrindo o sistema ao mercado concorrencial. 

Estas regras serão aplicadas a uma série de plataformas consideradas como "controlador de acesso". Segundo o regulamento, são plataformas digitais que proporcionam um importante ponto de acesso entre os utilizadores profissionais e os consumidores, criando assim pontos de estrangulamento na economia digital. 

No texto da comissão pode ainda ler-se que "para resolver estes problemas, o Regulamento Mercados Digitais definirá uma série de obrigações que os controladores de acesso terão de respeitar, nomeadamente proibindo-lhes adotar determinados comportamentos".

Estas obrigações proporcionarão às empresas a possibilidade de disputar os mercados e competir com os controladores de acesso com base nos méritos dos seus produtos e serviços, dando-lhes mais espaço para inovar.

Entre estas obrigações, a Comissão dá como exemplo:

  • permitir que terceiros inter-operem com os próprios serviços do controlador de acesso em determinadas situações específicas; 
  • permitir o acesso dos seus utilizadores profissionais aos dados que geram quando utilizam a plataforma do controlador de acesso;
  • fornecer às empresas que fazem publicidade nas suas plataformas as ferramentas e as informações necessárias para que os anunciantes e os editores possam efetuar a sua própria verificação independente dos anúncios alojados pelo controlador de acesso;
  • permitir aos seus utilizadores profissionais que promovam as suas ofertas e celebrem contratos com os seus clientes fora da plataforma do controlador de acesso

Além disso, as plataformas dos controladores de acesso deixam de poder:

  • classificar os seus próprios serviços e produtos de forma mais favorável do que os serviços ou produtos análogos oferecidos por terceiros na plataforma do controlador de acesso
  • impedir os consumidores de terem acesso a serviços de empresas fora da plataforma do controlador de acesso
  • impedir os utilizadores de desinstalarem software ou aplicações pré-instaladas se assim o desejarem
  • rastrear os utilizadores finais fora do serviço essencial da plataforma do controlador de acesso para efeitos de publicidade direcionada, sem que aqueles tenham dado o seu consentimento efetivo

Estas regras, vêm mais uma vez obrigar a Apple e outras gigantes, a mudar as regras que criaram para os seus ecossistemas, com a bandeira de que trarão vantagens para os consumidores e para a própria concorrência do setor.

Fonte: Pplware.