13 de set. de 2022

iPhone 14: Apple dificultou aos seus rivais as comunicações por satélite

 A Apple há vários anos que prepara uma transição que acabará por acontecer. Isto é, as comunicações do seu ecossistema acabarão por ser totalmente via satélite. Mas lá chegaremos. Para já, a empresa tornou mais difícil os seus rivais copiarem as comunicações por satélite usadas no iPhone 14.

A funcionalidade de comunicações por satélite do novo iPhone não será tão facilmente copiada. Embora que os seus rivais podem conseguir oferecer serviços mais limitados. Vamos perceber a razão.

Já havíamos no passado revelado que a Apple trabalhava de perto com fornecedores de comunicações por satélite. Na altura não era conhecido o rumo da aproximação da empresa de Tim Cook a outras corporações que detinham redes de satélites.

Com a evolução das tecnologias, os rumores apontavam que o iPhone 13 já poderia comunicar com os satélites na órbita baixa da Terra. Mais tarde, e após a saída da séries 13 de smartphones e a funcionalidade sem aparecer, falou-se no modo SOS quer no próximo Apple Watch, quer no próximo iPhone. E assim aconteceu.

A Apple desenvolveu na série iPhone 14, no Apple Watch 8 e no Apple Watch ultra a capacidade destes usarem a rede de satélites para pedir SOS. Mas as redes de satélites aptas são poucas!

Segundo o que foi publicado pelo SpaceExplored na semana passada, era esperado que a Apple utilizasse 85% da capacidade da Globalstar para o serviço. Agora, um novo relatório refere que o acordo entre a empresa de satélites e a Apple remonta a negociações em 2019.

Comunicações por satélite do iPhone 14

O SOS de Emergência via Satélite do iPhone 14 foi um dos principais anúncios feitos durante o evento Apple da semana passada, e a razão para o nome Far Out e o espaço visual.

Quer a Apple, quer a Globalstar, passaram a ideia que existem dois principais problemas com as comunicações via satélite. Primeiro, a largura de banda é muito baixa, o que leva a uma comunicação demorada a transmitir até mensagens de texto. Segundo, cada satélite só é ouvido por um curto período.

Uma inovação chave é que o modo não depende da transmissão de mensagens de texto completo. Em vez disso, faz uma série de perguntas, e depois codifica as respostas em forma comprimida.

Uma vez que a Apple sabe que informação é recolhida em que ordem, pode comprimir os dados a quase nada. Por exemplo, a primeira pergunta é: Quem precisa de ajuda? As opções são: Eu, Alguém Mais, e Múltiplas Pessoas. O iPhone poderia facilmente enviar um 1, 2, ou 3, com o servidor no final da Apple a transformá-lo de novo no texto completo. Se a funcionalidade fizer cinco perguntas, isto poderia facilmente ser codificado em algo semelhante: 13225 mais a latitude e longitude. Isto torna as comunicações por satélite muito mais fiáveis.

Referiu a Apple na apresentação.


O serviço opera através de satélites Globalstar especificamente concebidos para fornecer serviços a smartphones. Como já foi dito anteriormente, esta empresa será a que está por detrás do sistema de segurança de satélites da Apple. Fundada em 2001, a Globalstar opera uma constelação de 24 satélites em órbita baixa terrestre para fornecer serviços a telemóveis equipados com esta ligação por satélite.

Num ficheiro da SEC divulgado durante o evento "Far Out" da Apple, a Globalstar planeia atribuir à Apple 85% da sua capacidade atual e futura de rede para este serviço.

 

Acordo de exclusividade

Wall Street Journal informa que a capacidade de 85% atribuída à Apple é um acordo contratual, alcançado como resultado de negociações que datam de 2019.

Os executivos da indústria de satélites afirmam que a Apple conseguiu conquistar uma posição de liderança ao abordar empresas de satélites já em 2019. O fabricante do iPhone acabou por conseguir um acordo exclusivo com a Globalstar Inc. para 85% da capacidade da rede da empresa de satélites. Essa decisão impediu os fabricantes de hardware rivais de utilizar a infra-estrutura da Globalstar para lançar serviços concorrentes.

Eles bloquearam isto, e cabe realmente à Apple decidir até onde querem ir.

Disse Tim Farrar, presidente da empresa de consultoria da indústria das telecomunicações TMF Associates, observando que apenas uma ou duas outras empresas têm a combinação certa de satélites já lançados e acesso a ondas de rádio sem fios para chegar efetivamente aos smartphones.

Mas... então a Huawei não se antecipou ao anúncio da Apple?

A empresa chinesa Huawei de facto bateu a Apple no anúncio da comunicação por satélite já existente num seu equipamento. Isto às portas do evento da empresa de Cupertino.

Era esperado o tal anúncio que a Apple iria fazer trazendo uma funcionalidade de mensagem de texto via satélite, concebida para utilização em emergências em áreas isoladas onde não há cobertura celular disponível. Antes que conseguisse, a Huawei colocava no mercado a informação que esta inovação estará disponível no seu próximo smartphone Mate 50.

Contudo, a empresa oferece apenas comunicações unidirecionais, utilizando satélites GPS chineses, e o telefone não está disponível nos EUA. A Apple pode, portanto, ser capaz de manter a sua exclusividade com esta característica durante algum tempo.

 

E a SpaceX com a rede de satélites Starlink? A Apple também já anda a negociar?

Quanto tempo a Apple manterá a exclusividade é uma grande questão. Espera-se que as comunicações via satélite com smartphones se tornem um grande negócio, e há uma série de empresas a trabalhar nesta área.

Por exemplo, a SpaceX e a T-Mobile estabeleceram uma parceria num serviço algo semelhante, mas isso só está programado para entrar em funcionamento em finais de 2023. A empresa de telefones via satélite Iridium também vê um grande potencial.

Há mais de mil milhões de novos smartphones por ano. Há algo como sete mil milhões de smartphones por ano nos próximos anos. Penso que vai ser um mercado considerável fazer qualquer tipo de ligação a dispositivos como os smartphones, e eu nem sequer o limitaria aos smartphones.

Disse o Chefe Executivo da Iridium, Matt Desch, aos investidores em julho.

Apesar da Starlink ser um potencial novo fornecedor, a verdade é que a Apple está já também em campo. Aliás, foi o próprio Elon Musk a levantar "a lebre".

Tivemos algumas conversas promissoras com a Apple sobre a conectividade Starlink.

Disse Musk num tweet quando questionado se a Apple não teria já tido conversações com a SpaceX para esta nova funcionalidade.

Fonte: Pplware.

Apple Watch Ultra “preocupa” o segmento dos duros? A Garmin já deu uma ferroada!

 É velha a tática de "picar" o concorrente ou adversário quando há uma ameaça concreta, ou velada, ao produto/serviço comercializado. Quem não se lembra do que fez a Apple à IBM? Da campanha "Get a Mac" quando a empresa de Cupertino piscava o olho aos utilizadores Microsoft? Mais tarde, com o iPhone já singrado no mercado, vimos a Samsung, Microsoft, a Intel e várias outras marcas a "gozar" sobre algo... que depois algumas até acabaram por "copiar". Agora foi a vez da Garmin!

Esta é uma das mais preponderantes empresas no ramo dos produtos de consumo baseados na tecnologia GPS. No caso em particular, falamos possivelmente dos smartwatches mais avançados para a prática desportiva. Mas o Ultra da Apple... mexeu com eles!

Imagem Apple Watch Ultra

Apple Watch Ultra já "incomoda" a indústria dos duros?

A Apple apresentou no passado dia 7 deste mês o Apple Watch Ultra. O primeiro smartwatch da empresa para um segmento mais "todo-o-terreno" onde são exigidos mais recursos, mais sensores, mais funcionalidades e, acima de tudo, mais bateria.

A Apple equipou-o com uma caixa em titânio, muito resistente, GPS de dupla frequência e alta precisão, uma bateria com autonomia até 36 horas (podendo ir até às 60 horas), certificação EN13319, que é uma norma técnica de testes para mergulho. Estes testes capacitam o Apple Watch Ultra para poder ser usado em mergulho até 40m.

Além disso, incluiu comunicações via satélite para SOS (via iPhone), sensores de deteção de acidente automóvel, deteção de quedas, sensores para ECG, sensores de temperatura, leitura do oxigénio no sangue, eSIM, sirene com 86 decibéis, estrutura capaz de aguentar temperaturas negativas até -20 °C ou calor escaldante do deserto a 55 °C... e muito mais.

O Apple Watch Ultra é certificado pelos aspetos relevantes MIL-STD-810H, usado para equipamentos militares e popular entre os fabricantes de equipamentos robustos.

O Watch Ultra também é certificado para WR100, o que quer dizer que pode ser usado para mergulho recreativo até 40 metros e desportos aquáticos de alta velocidade.

Além de tudo isto, o novo Ultra tem por trás um ecossistema invejável com um conjunto de ferramentas populares, como o Apple Pay, o Apple Music e uma loja de aplicações que nenhum outro smartwatch premium tem. Mas será que isto chega para "preocupar" a Garmin?

A Garmin tem seguramente dos melhores relógios multidesporto do mundo. Estas características que o Ultra apresenta, muitas delas fazem parte da oferta da Garmin. Mas mesmo assim, a empresa sabe que a Apple tem uma legião de potenciais novos utilizadores que, embora vejam no Apple Watch convencional uma opção para fitness e para o dia a dia, vêm neste outros desafios maiores, alguns onde ainda são do domínio da Garmin.

O software da Garmin não é tão popular e refinado como o da Apple, apesar de ser completo, mas não tem ecossistema, e o Apple Watch tem. Então, nada como "bater" na Apple no ponto mais fraco: a autonomia.

 

Garmin: Medimos a vida útil da bateria em meses. Não Horas

Não há dúvidas que, por exemplo, um Garmin Enduro 2, que ronda os 1600 euros, até tira tinta ao Ultra, ao passar por ele. Mas já tem de passar por ele! Claro, a bateria do Ultra, de 36 horas em modo completo ou 60 horas em modo performance controlada, está ainda muito aquém dos até 34 dias de autonomia do Garmin.

Imagem Garmin Enduro 2 que tem muito mais autonomia que o Apple Watch Ultra

A verdade é que a marca sentiu que está agora na mira da gigante americana líder no segmento dos smartwatches. Como tal, após o lançamento do Apple Watch Ultra, a Garmin, também americana, teve necessidade de reagir.

Num tweet, que promove o seu novo smartwatch Enduro 2, a empresa "goza" da duração da bateria do novo Apple Watch Ultra.

De acordo com as especificações para o Enduro 2, oferece até 34 dias de vida útil da bateria e até 46 dias utilizando uma função de carga solar.

No modo Battery Saver Watch, diz-se que a sua duração de bateria dura até 111 dias ou 550 dias com energia solar. No entanto, no modo GPS, a duração da bateria cai para 110 horas ou 150 horas com solar.

Enquanto o dispositivo Garmin oferece algumas características únicas para os seus utilizadores, o Apple Watch Ultra está certamente a invadir o seu segmento de mercado. Deve a Garmin ficar preocupada?

Fonte: Pplware.



Pré-vendas do iPhone 14 Plus são piores que as do iPhone 13 mini! Estratégia da Apple falhou?

 Apesar de não existirem dados oficiais, os dados de pré-vendas do novo iPhone 14 mostram bem a adesão dos utilizadores a estes modelos.

Os dados apresentados pelo conhecido e confiável analista de mercado Ming-Chi Kuo revelam o cenário que a Apple encontrou. Ao contrário do esperado, as pré-vendas do iPhone 14 Plus são piores que no iPhone 13 Mini, o que poderá indicar que a estratégia da Apple possa ter falhado.

iPhone 14 Plus Kuo pré-vendas estratégia

Pré-vendas do iPhone 14 Plus piores que as do iPhone 13 Mini

A decisão de criar um iPhone mini ficou claramente ultrapassada. Isso levou a mudanças com a chegada do iPhone 14, tendo este smartphone mais pequeno sido substituído por uma versão Plus. Estes dois modelos querem fazer a ponte para os modelos Pro, sendo a oferta para a maioria dos utilizadores.

Ao analisar os primeiros desempenhos de vendas destes novos modelos da Apple, o analista Ming-Chi Kuo foi claro num ponto. Se os modelos de topo estão no que era esperado, os iPhone 14 e 14 Plus parecem estar abaixo do que a empresa deveria ambicionar nesta fase.

O iPhone 14 e 14 Plus vão estar em stock no dia do lançamento, refletindo a procura lenta. Por enquanto, os resultados da pré-venda do iPhone 14 e 14 Plus são piores do que os do iPhone SE 3 e iPhone 13 mini

Ming-Chi Kuo revelou o cenário do primeiro fim de semana

Numa publicação feita na sua conta do Medium, Ming-Chi Kuo detalhou as informações recolhidas e também as suas conclusões. As mais importantes parecem estar associadas aos modelos de entrada da linha iPhone 14 e ao seu desempenho nas pré-vendas. Estas parecem ser piores do que os do iPhone SE de terceira geração e do iPhone 13 mini.

Se a procura pelos dois modelos base não melhorar, a Apple poderá reduzir a produção do ‌iPhone 14‌ e do ‌iPhone 14‌ Plus já em novembro. Este movimento é similar ao que aconteceu com o iPhone SE de terceira geração e do iPhone 13 mini, mas neste caso, esta mudança aconteceu apenas no início de 2022.

iPhone 14 Plus Kuo pré-vendas estratégia

A estratégia da Apple estará a falhar novamente?

Outra questão que é importante para Ming-Chi Kuo, tem a ver com a estratégia da Apple para estes 2 modelos de entrada. Ao ter as vendas abaixo do esperado, fica claro que a estratégia de segmentação de produtos da Apple para modelos base falha novamente este ano.

O iPhone 14 Plus é um substituto do iPhone 13 mini. No entanto, os resultados de pré-encomenda para este novo produto foram significativamente inferiores ao esperado, o que significa que a estratégia de segmentação de produtos da Apple para modelos padrão este ano falhou

Já no segmento de topo, a Apple está a ter um resultado interessante. O iPhone 14 Pro e o ‌iPhone 14 Pro‌ Max tiveram resultados de pré-vendas "neutros" e "bons", se comparados com os modelos do ano passado. Tempos de espera de entrega de mais de quatro semanas parecem indicar uma boa procura por estes novos modelos.

Fonte: Pplware.

A Google também já tem widgets para melhorar o ecrã bloqueado do iOS 16

 Apesar de ser um sistema que compete com o Android, a Google não deixa de oferecer as suas apps na proposta da Apple e está agora a dar um passo importante no iOS 16. Quer aproveitar uma das suas novidades e tem já as suas propostas.

Com a chegada dos widgets ao ecrã bloqueado, a gigante das pesquisas acabou por criar as suas propostas, que apresentou agora. Vão estar prontas para o iOS 16 e assim dar informação e acesso direto ao que os utilizadores dos serviços da Google precisam.

Google iOS 16 widgets ecrã bloqueado

Uma das maiores novidades do iOS 16 é o ecrã bloqueado. Este foi melhorado com várias alterações e com muito mais informação. A Apple quer que os utilizadores usem estes widgets para ver o estado do tempo, eventos do calendário, a data, fusos horários, alarmes, nível da bateria, anéis de atividade e muitas outras opções das suas apps preferidas.

Assim, e para oferecer informação dos seus serviços e apps, a Google tem já prontos os seus widgets, que apresentou agora. Estes focam-se, como esperado, no que a gigante das pesquisas já tem nas suas apps, que assim ficam acessíveis de forma mais simples e, principalmente mais diretas.


Com muitos serviços presentes no iOS 16, a Google resolveu criar widgets separados para cada um deles. Assim, e para cada um, temos presente informação de notificações ou simplesmente o acesso direto a algumas funcionalidades específicas de cada uma das apps.

É assim que temos, por exemplo na pesquisa, atalhos diretos para procurar informação, quer seja por texto, por voz ou por imagens (Google Lens). Há também acesso a funcionalidades do Chrome, com novos separadores ou até um atalho para o conhecido jogo do dinossauro.


Claro que o Drive também tem aqui uma presença, com as notificações de ficheiros partilhados e o acesso a estes de forma direta. Já no Maps, a Google dá acesso a informação de trânsito, destinos recorrentes ou horas de saída para os destinos na agenda.

Também o Gmail terá uma presença importante, com o seu widget dedicado ao ecrã bloqueado do iOS 16. Aqui a Google reuniu um lote de informação grande, para o utilizador ter ali toda a informação do seu email. Este poderá ser configurado para várias formas de mostrar os dados do email da Google.



Porque a informação de notícias é essencial, o Google News tem presença nesta nova área do sistema da Apple. A informação ali presente será mostrada em tempo real, com as principais notícias a serem apresentadas, conforme as preferências do utilizador do iPhone.

A Google espera ter estes widgets no iOS 16 já nas próximas semanas. Para que possam ser usados desde o primeiro momento os utilizadores devem ter no iOS 16 as mais recentes versões das apps da gigante das pesquisas, que se encontram já na loja de apps da Google.

Fonte: Pplware.