16 de mai. de 2023

Apple acusada novamente de publicidade enganosa e obsolescência programada

 Não é a primeira vez que a Apple é investigada pela prática de obsolescência programada dos seus produtos. Agora, na França, a empresa liderada por Tim Cook está a ser investigada por alegadamente estar a vincular os números de série de peças de reparação ao número de série de iPhones, iPads e Macs.

Apple acusada novamente de publicidade enganosa e obsolescência programada

A Apple está a enfrentar uma nova investigação de reguladores na França sobre suposta obsolescência do produto. Conforme relatado pela agência de notícias francesa AFP News e confirmado pela Reuters, a investigação começou em dezembro de 2022 e está relacionada à prática da Apple de vincular os números de série de peças de reparação ao número de série de iPhones, iPads e Macs.

Segundo a AFP News, a investigação foi iniciada depois de uma reclamação da associação "Stop Planned Obsolescence", também apelidada de associação HOP. Na sua reclamação, a associação visa a política de reparação por série da Apple, aleando que a empresa está "a associar os números de série das peças de reposição aos de um smartphone".

À Reuters, um porta-voz do procurador de Paris confirmou a investigação judicial e confirmou que a investigação foi motivada por uma reclamação da associação HOP. "Após uma denúncia, uma investigação foi aberta em dezembro de 2022 sobre práticas de publicidade enganosas e obsolescência programada", disse o promotor.

Mas qual é o problema em concreto?

Segundo é descrito pela HOP, a nova reclamação "visa uma prática cada vez mais difundida [pela Apple]: serialização (também conhecida como "emparelhamento"), que consiste em associar os números de série dos componentes e periféricos de um produto ao do iPhone, em particular, através de microchips."

A associação diz que esta prática afetou recentemente as partes mais frequentemente sujeitas a avarias (ecrãs, bateria, câmara…).

Esta prática permite que o fabricante limite as possibilidades de reparação, especialmente para reparadores não autorizados. Em muitos casos documentados na reclamação, são constatadas avarias nos casos em que o aparelho é reparado com uma peça, mesmo idêntica e original, não autorizada pelo software Apple. 

Eles também podem ser acionados durante uma atualização (como no caso recente de um ecrã sensível ao toque arranjada num iPhone XR inutilizável após a atualização do iOS 16). Enquanto um simples retorno ao iOS15 corrige essa falha, a Apple não o autoriza, preferindo apontar o problema a um “ecrã não original da Apple que causa problema de toque".

Estas práticas violam não só o direito à reparação, mas também o desenvolvimento do recondicionamento de smartphones, na medida em que os dispositivos colocados em circulação podem sofrer avarias atuais ou futuras.

O programa de reparação de autoatendimento da Apple, lançado na França em dezembro passado, exige que os clientes insiram o número de série do iPhone para o qual estão a comprar as peças. O número de série de entrada deve corresponder ao número de série da peça devolvida para obter o crédito da peça devolvida da Apple.

Embora o programa da Apple tenha sido elogiado como um passo na direção certa, é algo que precisa de trabalho adicional.

Fonte: Pplware.

15 de mai. de 2023

Qual a razão da Apple não querer que use AirTags para localizar o seu cão?

 Os AirTags são cada vez mais famosos como dispositivos que ajudam a recuperar objetos perdidos ou roubados. Chaves, bagagens, carros, carteiras, ferramentas, máquinas e até malas com droga e dinheiro. Até aí tudo bem, agora ter uma etiqueta localizadora no seu cão ou gato, isso já é ir contra o que a Apple quer para o uso do dispositivo. Porquê?

Imagem de um cão com um AirTag da Apple

Apple não quer, mas as pessoas usam AirTags nos seus animais

O AirTag, acessório de localização de objetos da Apple, está no mercado desde 2021 e impressionou quando foi apresentado. Tornou-se mais popular depois de algumas polémicas com certos utilizadores que usavam o dispositivo para seguir amantes, esposas, namoradas, pessoas comuns, além de outros cenários maliciosos.

Quando a Apple lançou o AirTag, este foi projetado para ser um pequeno acessório simples destinado a ajudá-lo a localizar objetos fáceis de perder, como chaves, carteiras, bolsas e mochilas, guarda-chuvas, controlos remotos e muito mais.

Se o utilizador tiver um AirTag nestes itens e o perder, poderá usar a aplicação Encontrar (Find My) para ajudar a localizar o item com uma bússola útil que vibra quando o utilizador se aproxima do sítio.

No entanto, a Apple disse inúmeras vezes que o AirTag foi feito apenas para procurar objetos, não pessoas ou mesmo animais de estimação. Para as pessoas, a Apple incentiva a que se use o Apple Watch com a opção Configuração da família. Este sistema permite que os Apple Watch suportados possam ajudar a pessoa que o usa, por exemplo, um menor, um idoso que se possa perder, entre outros cenários "benignos".

 

Empresa de Cupertino quer defender-se em casos mais complicados

Pode ser justo supor que a Apple desencoraja a utilização de AirTags em animais de estimação porque não quer ser responsabilizada se algo de infeliz acontecer. Ao dizer que um AirTag não deve ser utilizado especificamente para este cenário, a Apple deixa de ser responsável por qualquer coisa que possa acontecer quando utiliza um AirTag para localizar animais de estimação.

Por exemplo, se colocar um AirTag no seu cão e ele fugir acidentalmente do seu jardim, tudo pode acontecer a partir desse momento. Por muito triste que seja, muitos animais de estimação podem ser gravemente feridos por um carro que passe.

Num caso como este, alguém pode ficar furioso por não ter conseguido encontrar o seu cão com o AirTag antes de este ser atropelado e pode tentar culpar e processar a Apple, alegando que o AirTag não funcionou.

Ou talvez o seu cão, ou gato tenha conseguido tirar o laço do AirTag e fugido. Não haveria forma de os localizar com um AirTag, uma vez que este não está no animal, e de repente é demasiado tarde.

Mais uma vez, a Apple afirmou claramente que não o encoraja, mas se o fizer, espere que o seu animal de estimação entre no raio de alcance de um dispositivo Apple na rede Encontrar para que a sua localização possa ser localizada.

 

Rede Encontrar com cerca de mil milhões de dispositivos

Com quase mil milhões de dispositivos na rede Encontrar, identificar um "portador de AirTag" não é muito difícil. Afinal de contas, é muito mais fácil encontrar alguém com um iPhone, iPad ou mesmo um Mac (não são necessários downloads adicionais) do que encontrar alguém com um Tile ou outro produto concorrente de localização de objetos.

Além disso, quando alguém encontra o seu cão ou gato, pode (com sorte) ver o AirTag na coleira (com uma etiqueta normal do animal de estimação, claro). Se estiver familiarizado com a tecnologia, poderá tocar-lhe com o seu próprio iPhone ou até com um dispositivo Android com NFC para o contactar se for colocado em Modo perdido.

Imagem AirTag com smartphone Android

Os AirTags poderão conter uma mensagem com o número de telefone para quem encontrar o objeto ou animal de estimação agarrado ao dispositivo.

E mesmo que o seu animal de estimação tenha medo de outras pessoas, basta passar por outro dispositivo Apple para ver onde ele estava, o que facilita um pouco a sua localização. É, sem dúvida, um bom complemento para as outras necessidades, como um microchip normal e etiquetas para cães ou gatos, para o caso de se perderem acidentalmente.

 

Está a colocar AirTags nos seus animais de estimação?

Se o faz, sabe então que é por sua conta e risco. Isto porque, como referimos, a Apple não quer problemas com pessoas que possam ter uma atitude menos complacente. Nos EUA, como já vimos algumas vezes, as pessoas não querem assumir a responsabilidade quando algo acontece e gostam de colocar a culpa na empresa que fez o produto envolvido. Neste caso, seria a Apple.

É claro que só porque a Apple disse que não se deve fazer isso não significa que as pessoas não tentarão. Afinal de contas, é possível encontrar acessórios AirTag de terceiros que foram concebidos intencionalmente para serem utilizados como ou com a sua actual coleira de cão, ou gato.

Em resumo, deve usar no seu cão ou gato? A Apple diz que não. Mas funciona bem? Sim, funciona. A não ser que ele a coma, como vimos aqui.

Fonte: Pplware.

Apple lança segunda versão RC do iOS 16.5 e iPadOS 16.5

 Não é normal, mas é para isto que a Apple lança a versão RC. Após o lançamento da primeira versão iOS 16.5 Release Candidate na semana passada, a empresa lançou agora uma versão atualizada para programadores e utilizadores beta públicos hoje. Isso implica que estamos a poucos dias da Apple finalmente lançar o iOS 16.5 para o público em geral.

iOS 16.5 chegará amanhã?

O iOS 16.5 RC atualizado estará disponível hoje para programadores e utilizadores beta públicos. À medida que a atualização for lançada na próxima hora, estes utilizadores poderão instalá-la e verão um novo número de compilação, será então o 20F66, conforme podemos ver em developers.apple.com

Tal como referimos já na semana passada, esta atualização inclui alterações no Apple News, a adição de um novo papel de parede “Pride Celebration” e muito mais.

 

O que há de novo na versão RC do iOS 16.5?

Faz agora uma semana que a Apple lançou a primeira versão RC do iOS 16.5, iPadOS 16.5, macOS 13.4, watchOS 9.5 e tvOS 16.5 para programadores. Nesse sentido, a versão agora lançada deveria ser de facto a final e para todos. Mas não, é mais uma RC.

Esta Release Candidate já traz os que será lançado ao público dentro de dias (se não memso amanhã). No entanto, temos decalcado as novidades testadas nas versões beta, como vimos aqui.

Espera-se então que sejam lançadas estas novidades:

  • Novo recurso picture-in-picture quad-box para a aplicação de TV, para transmitir vários eventos desportivos ao mesmo tempo;
  • Novos comandos de gravação de ecrã à Siri, que permitem iniciar ou parar uma gravação de ecrã usando o assistente virtual;

Nesta versão RC a informação refere o seguinte:

  • Um novo papel de parede Celebração Pride para o ecrã bloqueado em honra da cultura e da comunidade LGBTQ+.

  • Resolução de um problema que podia fazer com que o Spotlight deixasse de responder.
  • Resolução de um problema que podia impedir o carregamento de conteúdo em Podcasts no CarPlay.
  • Resolução de um problema que podia provocar a reposição das definições de Tempo de ecrã ou impedir a respetiva sincronização em todos os dispositivos.

Espera-se que na próxima semana a versão final dos vários sistemas operativos cheguem, a todos os dispositivos compatíveis.

Fonte: Pplware.