22 de abr. de 2022

Apple: Mesmo com as regras do iOS há apps que continuam a seguir utilizadores

 A Apple trouxe o App Tracking Transparency com o iOS 14.5, querendo dar uma maior capacidade aos utilizadores do iPhone de se protegerem e aos seus dados. Na verdade, o ATT tem estado debaixo de fogo, com algumas provas de pouco interesse. 

Um novo estudo apresentado agora vem novamente retirar credibilidade a esta funcionalidade do iOS. Mesmo com todas as regras impostas pela Apple, há apps que continuam a seguir os utilizadores e a retirar dados do iPhone.

Apple iOS iPhone dados estudo

ATT está a ser contornado no iOS

A utilização do App Tracking Transparency veio criar barreiras certamente muito interessantes e importantes para as grandes empresas. Os dados dos utilizadores estão protegidos e cabe a estes decidirem que apps lhes podem aceder e de que forma o fazem.

Esta seria uma boa ideia, mas, na verdade, parece estar a ser facilmente contornada por muitas apps que existem para o iOS. Um novo estudo revelou que mesmo com as medidas da Apple há apps que conseguem continuar a recolher dados dos utilizadores do iPhone.

Apple iOS iPhone dados estudo

Apps do iPhone conseguem retirar dados

Os investigadores analisaram nove apps do iOS que usam código alojado em servidores externos para gerar um identificador de utilizador, mesmo com a recolha de informação bloqueada. Este código parece ser fornecido por uma subsidiária da empresa chinesa Alibaba, e consegue seguir esse identificador em apps. 

Como resultado, e com esse identificador, as empresas de publicidade ainda podem direcionar conteúdo para um utilizador específico. Desta forma, o App Tracking Transparency da Apple, presente no iOS, é facilmente contornado e deixa de fazer sentido.

Apple iOS iPhone dados estudo

Estudo avaliou as apps do sistema da Apple

No total, este estudo comparou 1.759 apps, antes e depois da chegada do App Tracking Transparency com o iOS 14.5. Embora um quarto dessas apps afirme que não recolhem dados do utilizador, 80% destas tem ainda presente pelo menos uma biblioteca dedicada a seguir os utilizadores do iPhone.

Este estudo e estas conclusões voltam a mostras que esta medida da Apple parece estar a conseguir ser contornada. Era algo que se esperava que acontecesse certamente no futuro, dada a importância que estes dados têm e o valor que geram a estar do lado das empresas de publicidade.

Fonte: Pplware.

21 de abr. de 2022

Surpreendentemente a Apple é a maior importadora de desodorizantes do mundo

 Sim, ficou surpreendido com o título. Não, desodorizante não é propriamente tecnológico. Contudo, poderá fazer parte da oferta de produto da maior empresa tecnológica do mundo. Talvez tenha sido assoberbado com muitas interrogações, afinal, Apple e desodorizante, qual será a relação?

Segundo uma descoberta, os produtos da Apple são embalados com uma determinada fragrância. Dados do portal ImportYeti, dedicado aos valores das importações, provam que a empresa de Cupertino de facto compra muito deste produto.

Desodorizante Apple

Uma das curiosidades que o mercado da Apple mostrava ao mundo era a qualidade das embalagens que transportavam os dispositivos da empresa. Os famosos unboxings, que já todos faziam, dos canais de tecnologia até aos mais estranho segmentos da internet, notavam que havia algo de diferente.

O episódio de 29 de março do podcast UnderUnderstood, com dois ex-funcionários da iFixit, investiga a teoria de que os produtos da Apple são embalados com uma fragrância dentro. A ideia era perceber se este novo cheiro característico que os produtos da Apple emanam, seria algo deliberado.

De tal forma é impactante que esta nova política transforma a maior empresa de tecnologia do mundo também na maior importadora de desodorizantes e fragrâncias do planeta.

Os dados encontrados no portal gratuito ImportYeti, que é um serviço web que reúne empresas que importam produtos de todo o mundo, dão um cunho verídico a esta informação, estranha. Este serviço classifica as empresas de acordo com os seus fornecedores, volume de transações, setor e país, entre outras variáveis.

O separador onde podemos ver a Apple mostra uma série dos resultados mais marcantes.

Imagem importações de produtos para a Apple

Principais blocos de importação de produtos pela Apple. No canto inferior esquerdo, a secção correspondente aos desodorizantes e fragrâncias.

Apple usa desodorizantes nas caixas dos seus dispositivos

Conforme a informação partilhada no Podcast, foram encontradas compras do mais variado material tecnológico, como conjuntos de auscultadores com microfone, células de lítio, aparelhos telefónicos, elementos elétricos e outros componentes eletrónicos. Há também máquinas e equipamentos de processamento de dados. Bom, até aqui nada de especial ou fora do que seria esperado numa empresa de produtos eletrónicos de consumo.

A Samsung, de facto, tem frigoríficos, lava-louças, equipamentos industriais, peças automóveis e produtos eletrónicos de consumo, entre outros elementos, normais, no seu registo, tal como seria de esperar.

Contudo, no caso da Apple, o que mais chama a atenção é um item chamado "Desodorizantes pessoais, óleos essenciais e outras perfumarias". Claro, esta não é uma sessão que se espera encontrar quando falamos da Apple. Mas isso não termina aqui.

Ao pesquisar um pouco mais fundo, vemos como a Apple é a maior importadora de fragrâncias do mundo com 1.569 remessas desde 2015. Quase o dobro da segunda empresa, a Royal Caribbean Cruises (uma empresa de viagens de cruzeiros).

Imediatamente, os anfitriões do UnderUnderstand perguntam qual a razão da Apple ser a maior importadora de fragrâncias do mundo. Nas pesquisas, os intervenientes encontram uma resposta no Quora dada por Samad Siddiqui, que no seu perfil no LinkedIn indica que trabalha há mais de dez anos na Apple, grande parte desse tempo como Genius.

Sim. Existem engenheiros que desenvolvem a fragrância que o utilizador sente ao abrir a caixa de um produto Apple. É uma essência complexa com elementos muito diferentes e complexos.

Referiu Samad Siddiqui.

Siddiqui elabora ainda mais noutra resposta do Quoraonde aponta para em vez de produtos, lojas como a fonte desse cheiro distinto:

As lojas da Apple não têm uma fragrância específica, mas as embalagens dos produtos têm. Pense em todas as caixas de produtos Apple que são abertas todos os dias em todas as Apple Store.

Este cheiro é uma combinação complexa de três ou quatro aromas diferentes... é o novo cheiro de produto Apple. Penetra na loja e, por vezes, é misturado com o cheiro da madeira nas lojas. É muito distinto. Nunca o cheirei em mais lado nenhum.

Portanto, segundo estas informações, não existe nenhuma fragrância que os empregados da Apple espalhem todas as manhãs nas suas lojas. É um aroma criado para a embalagem, deliberadamente, para que o utilizador o sinta quando abre a caixa. Como resultado, as Lojas Apple têm este perfume.

Fonte: Pplware.

iPhone de 2024 deve ter câmera e sensores sob a tela


 O analista de mercado Ming-Chi Kuo acredita que o primeiro smartphone da Apple com a tela ocupando toda a parte frontal do dispositivo será lançado em dois anos. Segundo o profissional, que costuma ter boas fontes na indústria e é especialista na Maçã, a empresa vai "esconder" sensores e câmera para garantir o maior espaço possível para o conteúdo exibido.

Dessa forma, o dispositivo não teria nem mesmo um furo discreto no centro do painel, além do "notch" usado atualmente.

"Acho que o iPhone de fato com tela inteira virá em 2024. Os iPhones de elite em 2024 vão adotar uma câmera frontal sob a tela, junto com o Face ID debaixo do display. Uma condição de baixa luminosidade prejudica a qualidade da câmera frontal, então o um processador de sinal de imagem  e algoritmos são críticos para melhorias nessa qualidade", afirma o analista.

Demora com razão

A novidade, entretanto, seria exclusiva dos modelos mais avançados da linha — o iPhone 16 Pro e o iPhone 16 Pro Max, caso a nomenclatura e a quantidade de modelos permaneçam as mesmas da geração atual.

Isso porque a companhia precisa resolver questões técnicas, em especial sobre como embutir o reconhecimento facial e a câmera frontal sob a tela e, ao mesmo tempo, não comprometer a qualidade do display ou das fotos.



Bastante criticado pelo desempenho da tecnologia, o primeiro celular a estrear a câmera sob a tela foi o ZTE Axon A20, anunciado no final de 2020. Fabricantes como OppoRealme e Xiaomi já pesquisam ou apresentaram modelos que seguem a mesma tendência.

Fonte: Tecmundo.

Android perdeu 8% da sua quota de mercado, grande parte para o iPhone da Apple

 Tal como acontece noutros segmentos, no mundo tecnológico também existem muitas rivalidades, umas mais saudáveis do que outras. E há alguns exemplos em que a competição já é crónica, como é o caso dos smartphones Android e iPhone.

E de acordo com as mais recentes informações, ao longo de cinco anos, o sistema operativo móvel da Google perdeu 8% da sua participação de mercado, e a maior parte para o rival iPhone da Apple.

Android perde 8% de participação, em parte para o iPhone

De acordo com os dados de um novo relatório da empresa StockApps, o sistema operativo móvel Android perdeu 8% da sua quota de mercado, grande parte para o rival iPhone da Apple. Os detalhes indicam que o poder do sistema da Google caiu nos últimos cinco anos, sendo que em 2018 detinha 77,32% do mercado e em janeiro de 2022 essa percentagem já 'só' era de 69,74%. Assim sendo, o sistema operativo móvel mais popular do mundo perdeu assim um total de 7,58% da sua quota de mercado.

Por outro lado, no que respeita ao iOS do iPhone da Apple, este sistema viu a sua participação aumentar de 19,4% para 25,49%, um incremento de 6,09%. Portanto, grande parte da perda do Android foi parar aos ganhos do iOS. Como seria previsível, se juntarmos os dois sistemas operativos móveis, temos praticamente a totalidade do domínio deste mercado.

Segundo o relatório, atualmente 7 em cada 10 smartphones são Android, enquanto que 2 dos 3 restantes provavelmente estão equipados com o iOS. Por sua vez, o smartphone restante terá integrado outros sistema operativo móvel de outra marca menos expressiva neste segmento.

O relatório diz ainda que, embora o Android seja usado na maior parte dos países, o iOS continua a ter mais expressão no mercado norte-americano. Nas regiões asiáticas e da América do Sul, o sistema da Google está em 81% e 90% dos equipamentos, enquanto que o iOS está em 18% e 10%, respetivamente. Nestes locais, menos de 1% dos smartphones tem outro sistema operativo móvel.

Na América do Norte e na Oceânia, o iOS tem uma participação de 54% em ambos os mercados, o Android tem quase 45% e os restantes menos de 1%. Já na África, o Android está em 84% dos telefones, ao passo que o iOS detém 14% e os restantes sistemas cerca de 2%. Na Europa, o sistema da Google encontra-se em 69,3% dos smartphones contra 30% dos iPhones.

Participe na nossa questão desta semana:



Fonte: Pplware.

20 de abr. de 2022

Apple terá que indemnizar cliente por venda de iPhone sem carregador

 A decisão da Apple em vender o iPhone sem adaptador de corrente foi tomada sob a premissa de diminuir o lixo tecnológico no mundo, levando os utilizadores a reciclar os carregadores que teriam de outros dispositivos. No entanto, esta jogada da Apple continua a gerar controverteria. 

Num caso recente, uma cliente brasileira deverá ser indemnizada em cerca de 1000 € (5 mil reais) pela Apple, por tê-la obrigado a comprar um carregador à parte aquando da compra de um novo iPhone.

Imagem iPhone 11 Pro Max com carregador e earPods Apple

Venda de smartphones com ou sem corredor?

A Apple em 2020 decidiu que os seus smartphones não seriam mais vendidos com carregado, nem com outros acessórios. Na caixa apenas vem o smartphone e o cabo Lightning para USB‑C. 

Esta decisão muito contestada por uns e aplaudida por outros teria como objetivo minimizar o impacto ambiental da empresa, mas como já foi conhecido, retirar o carregador e os EarPods da caixa do iPhone rendeu muito dinheiro à Apple.

Não é a primeira vez que a retirada dos acessórios da caixa do iPhone chega ao tribunal, mas este caso poderá abrir um precedente, perante a lei do Brasil.

Apple terá que indemnizar cliente

Uma cliente levou a Apple a tribunal por ter sido obrigada a comprar um carregador à parte, no momento da compra do iPhone. Neste caso, o juiz que avaliou o caso, deu razão à cliente, com base no artigo 39 do Código do Consumidor (CDC), por "venda casada".

A "venda casada" é uma prática abusiva e proibida no Brasil e é referida porque a cliente alega que para usar o iPhone estava a ser obrigada a comprar o carregador, por não ter nenhuma opção compatível.

No texto da decisão, segundo avança o Tecmundo, pode ler-se:

Trata-se a venda casada por dissimulação ou 'às avessas', de prática comercial abusiva e ilegal, atentando contra o disposto no Código de Defesa do Consumidor. O CDC visa proteger a parte mais fraca da relação contratual, assegurando-a contra práticas e cláusulas abusivas no fornecimento de produtos e serviços

A empresa norte-americana deverá, assim, pagar uma indemnização à cliente no valor de 5 mil reais, cerca de 1000 € à taxa de câmbio atual.

De relembrar que, já há um ano, a Apple foi multada em cerca de 1,9 milhões de dólares pela não inclusão de carregador, sob acusações de que a Apple estaria a enganar os consumidores com a publicidade feita ao dispositivo. Além disso, a empresa foi obrigada pelo Procon-SP em dezembro, a fornecer um carregador para quem comprasse o iPhone e o solicitasse.

Fonte: Pplware.