6 de jul. de 2022

iPhones terão 'Modo de Bloqueio' contra spywares no iOS 16


 Os proprietários de dispositivos da Apple terão acesso a um novo recurso de segurança, em breve, que terá a missão de evitar ataques de spyware como o realizado pelo Pegasus, do NSO Group, descoberto no ano passado. A novidade, intitulada “Lockdown Mode”, foi revelada nesta quarta-feira (6).

Direcionado principalmente às pessoas expostas a “algumas das ameaças digitais mais sofisticadas”, o Modo de Bloqueio (em tradução livre) impedirá o acesso a determinadas funções nos aparelhos, quando ativado, dificultando a ação dos arquivos maliciosos. Jornalistas, ativistas, advogados e outros profissionais atacados pelo programa espião israelense estão entre os alvos da ferramenta.

A funcionalidade vai permitir bloquear, por exemplo, a maior parte dos anexos de mensagens, exceto imagens, bem como desabilitará a visualização de links compartilhados. Tecnologias de navegação na internet como a compilação JavaScript just-in-time (JIT) também serão desativadas, exceto nos sites que façam parte de uma lista segura.

O Lockdown Mode da Apple incluirá ainda o bloqueio de convites e solicitações de serviços da Maçã, até mesmo nas ligações do FaceTime, a não ser que o proprietário tenha feito uma chamada ou solicitação anterior ao iniciador. Quando ativada, a função também impedirá que o iPhone seja conectado por cabo a um computador ou acessório.

Quando estreia?

O recurso de segurança estará disponível no iOS 16, iPadOS 16 e macOS Ventura 13, assim que as novas versões dos sistemas operacionais forem lançadas, no segundo semestre deste ano. Usuários inscritos no programa de testes da gigante de Cupertino terão acesso antecipado, ao instalar o beta destes softwares.

No lançamento, a nova ferramenta de segurança poderá ser acessada por todos os usuários nas configurações do dispositivo. Porém, a empresa sugere que apenas as pessoas com maior risco de ataques por spyware façam a ativação do serviço.

A companhia anunciou ainda outras medidas para combater os ataques cibernéticos, como a doação de US$ 10 milhões para organizações que exponham o uso indevido de programas espiões. Já a recompensa para os pesquisadores que descobrirem falhas no novo recurso será de US$ 2 milhões, o dobro do limite pago atualmente.

Fonte: Tecmundo.