2 de ago. de 2021

Steve Wozniak, cofundador da Apple, defende 'direito de conserto'


 Um vídeo feito no aplicativo Cameo, que vende mensagens gravadas por celebridades para os seus usuários, está bombando no YouTube. Nele, o cofundador da Apple, Steve Wozniak, defende por quase 10 minutos o direito de fazer consertos, além de destacar como esse hábito afetou a sua vida.

Provocado por um pedido de Louis Rossmann, um consumidor americano famoso por sua luta pela aprovação do “direito de consertar”, Wozniak a princípio disse estar muito ocupado para se envolver com o movimento, mas disse que os consumidores têm direito não só aos manuais de seus produtos, como também a peças de reposição.

Questionado pelo fato de a Apple ser uma das empresas mais restritivas sobre consertos feitos fora da rede autorizada, o colega de Steve Jobs foi enfático: “Jamais teríamos uma Apple se eu não tivesse crescido em um mundo de tecnologia muito aberta", lembrando-se do tempo em que, ao comprar eletrônicos, as pessoas recebiam a descrição dos circuitos. "Código abertototal", resumiu Wozniak.



As gambiarras da Apple

Lembrando-se do tempo em que ele, Jobs e Ronald Wayne começaram a Apple, Wozniak diz que não tinha dinheiro nem para comprar um teletipo de entrada e saída. Para emitir sinais, o engenheiro usava um televisor comum. E reconheceu: “Tudo isso veio do fato de conseguir consertar coisas, modificá-las e manuseá-las”.

Falando especificamente sobre a comunidade que defende uma legislação que proteja o "direito de consertar", Wozniak afirma que a iniciativa não pode ser interrompida. O engenheiro cita o exemplo do computador Apple II, que foi vendido aos consumidores com hardware mais aberto e teve seis milhões de unidades comercializadas.

Finalizando, o primeiro engenheiro e programador da Apple disse que as empresas querem proibir esse direito para ter mais poder e controle sobre tudo. E fez uma indagação: "O computador é seu? Ou é dos fabricantes?".

Fonte: Tecmundo.